Passada a Flip, é hora de medir a sua força nas vendas de livros. Lázaro Ramos, um dos grandes destaques da Festa, viu seu livro – Na minha pele (Companhia das Letras) – subir na lista novamente e fechou a semana da Flip na terceira posição da Lista Geral, com 4.176 exemplares vendidos. Em Ficção, Scholastique Mukasonga (na foto ao lado) estreou na lista com seus dois livros: A mulher de pés descalços, na 14ª posição, e Nossa Senhora do Nilo, na 20ª. Bom ressaltar que os dois títulos foram publicados pela Nós. O feito marca não só a estreia da autora ruandesa como a da editora na lista dos mais vendidos do PublishNews. Lima Barreto – triste visionário (Companhia das Letras), a biografia de Lilia Schwarcz sobre Lima Barreto já não é novidade na lista, mas apareceu ocupando a nona posição da Lista de Não Ficção. O biografado foi homenageado e a biógrafa abriu a Flip nesse ano. Mas a lista não ficou restrita aos autores e aos livros da Flip. Milagres (Globo), livro escrito pelo jornalista Rodrigo Alvarez para comemorar os 300 anos de aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida, estreou na lista fazendo um estardalhaço. Ocupa a segunda posição da Lista Geral, com 4.442 exemplares, perdendo apenas para Sapiens (L&PM), que ganhou novo fôlego na semana passada depois que Yuval Noah Harari, o autor, participou do programa Conversa com Bial, da TV Globo. Mudança radical no Ranking Geral das Editoras. O Grupo Companhia das Letras disparou e veio parar na primeira posição na semana ao emplacar 14 títulos. Sextante, que estava na liderança até a semana passada, ficou na segunda, com 12. A Planeta completa o pódio, com oito. Na corrida pelo Prêmio Avena PublishNews 2017, a Sextante continua na liderança, com 62 títulos.

Aconteceu nesta quinta-feira (03) a posse da nova diretoria da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). A chapa eleita é encabeçada por Wander Soares e tem no seu conselho diretor Marisa de Almeida Borba e Daniele Cajueiro. Em seu discurso de posse, Wander, que substitui Isis Valéria, declarou: “Tornar o Brasil um país de leitores é obrigação de todos nós. Não fugiremos disso em nossa gestão à frente da Fundação e concentramos nossos esforços para levar a leitura a todo Brasil". Wander Soares é economista e administrador, foi durante 15 anos diretor da editora Ática e 15 anos diretor da editora Saraiva. Atualmente é da coordenação nacional do Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE – não confundir com o Programa Nacional Biblioteca na Escola). É conselheiro do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola) e já foi presidente da Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros).

A língua portuguesa do Brasil é um dos melhores cartões de visita para expressar a nossa diversidade cultural. Nos livros, na fala e na música comunicamos identidades, ideias, estilos e valores. Assim, temos muito a oferecer e um papel de inquestionável destaque na promoção do idioma. Com foco na realização de eventos que favoreçam a divulgação desse capital, a Comissão de Promoção de Conteúdo em Língua Portuguesa (CPCLP) atua, no âmbito da Câmara Brasileira do Livro (CBL), nessa direção. Com esse propósito, foi criada, na Flip 2017, a mesa Intercâmbios da Língua Portuguesa, uma parceria entre o Sesc São Paulo, CBL e Ministério das Relações Exteriores, para conversar sobre diferenças culturais e históricas entre os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), abordando possibilidades de trocas culturais e negócios. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra deste artigo.

Em abril passado, a Universo dos Livros anunciou a compra da Hoo, editora criada por Juliana Albuquerque e Marcio Coelho para se dedicar à publicação de livros de temática LGBT. Na ocasião da compra, Luis Matos, sócio-diretor da Universo, informou que Juliana permanecia no cargo de diretora do selo. Agora, após fase inicial de transição, Juliana se desliga da Hoo, que passa a ser gerida por Rayanna Pereira, nos quadros da Universo há três anos. Luis garantiu que essa mudança não altera a linha editorial, nem os planos iniciais da Universo, incluindo o de colocar no mercado um título por mês a partir de agosto e, a partir de 2018, dois lançamentos mensais, com tiragens médias acima dos oito mil exemplares para cada título. “Nossa estratégia inicial é trazer o público jovem para o selo”, explica Luis. Visando isso, o primeiro lançamento e que já está em pré-venda é Não conte nosso segredo, da autora Julie Anne Peters. O livro retrata de maneira bastante realista as reações que um adolescente tem que enfrentar ao se assumir homossexual. Outra novidade da Hoo é o novo livro da dupla de autoras Cristina Lauren (na foto ao lado) intitulado no original como Autoboyography. Segundo a Universo, as duas autoras, que já que publicaram pela casa Mentiroso: selvagem irresistível, já venderam 250 mil exemplares no País. Esse será o primeiro romance com temática LGBT que a dupla escreve. Está no prelo da Hoo ainda o romance Strong enough, de Melanie Harlow; A MPB saiu do armário, de Larissa Ibúmi Moreira, e a reedição de Diário de P. Landucci, lançado pela Hoo, em dezembro de 2016.

Carol Wolter (na foto ao lado), autora brasileira radicada na Alemanha que lançou seu primeiro romance, Vênus Sobre a Concha, há pouco mais de três meses, foi a vencedora do evento realizado pela Amazon no último sábado na Casa Santa Rita da Cassia, uma das casas da programação paralela à Flip. Foram 13 autores, que tiveram três minutos para apresentar a ideia de um livro para um júri composto por André Palme, Cassius Medauar, Mariana Rolier, Raquel Cozer e Simone Paulino. O vencedor foi escolhido como a ideia mais publicável. Segundo os próprios jurados, o que contou muito na decisão, além do tema do livro – o romance conta sobre uma protagonista feminina que enfrenta o dilema entre viver um amor e a obrigação moral de denunciá-lo por fraude na empresa onde trabalha – foi o planejamento realizado pela autora e o engajamento que já possui, com ações de marketing e relacionamento já realizadas, como por exemplo vídeos com influenciadores e página do livro no Skoob, além das redes sociais. O próximo passo, segundo a autora, é iniciar conversas com editoras que tenham interesse na publicação em papel da obra, que faz parte de uma trilogia com outros dois livros a serem lançados entre 2017 e 2018. O e-book está disponível na Amazon. Está listado como o e-book número um na categoria ficção contemporânea e na quarta posição dos e-books eróticos.

A Casa Educação abriu a primeira turma do MBA em Book Publishing na modalidade EAD ao vivo. Com apoio do PublishNews, o curso contará com os mesmos coordenadores e professores do modelo presencial e possibilita a participação de alunos de todas as partes do país. O curso foi elaborado para falar sobre as profundas transformações que o mercado editorial vem sofrendo nos últimos anos. O aumento dos livros digitais, da autopublicação e das redes sociais alterou, em definitivo, o modelo econômico das editoras. As aulas acontecerão a partir de janeiro de 2018, sempre às terças e quintas, das 19h às 22h. Para mais informações é só mandar um e-mail para contato@casaeducacao.com.br.

Neste sábado (5), no Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 100 – São Paulo / SP), acontece uma Aula pública em defesa do livro e da biblioteca. O ato será em defesa do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca da cidade de São Paulo. Os organizadores alertam que o decreto 57.792 de 21 de julho, ameaça o Plano quando determinou que o conselho municipal do PMLLLB passará a ser escolhido pelo secretário municipal de Cultura, e não mais por meio de eleições diretas, afastando a participação popular da gestão das políticas públicas da cidade. Como garantir a transparência do processo de fiscalização se os responsáveis serão indicados por quem deve ser fiscalizado? É o que será discutido no encontro. O evento começa às 14h, seguido pelo início das mini-aulas, às 14h30, um debate, às 16h e o encerramento, às 17h.

Com sequência de encontros que começou em maio e segue até setembro, a Festa Literária das Periferias (Flup) chega a sua 6ª edição propondo um diálogo com a ideia de Revoluções. Como parte da programação, a Flup Pensa recebe neste sábado (5), o autor espanhol Javier Montes para um bate-papo com o público, o evento faz parte do ciclo Narrativas Curtas, que teve seu início na Flip:Flup. Em sua obra mais recente Varados en Río, Javier Montes resgata a história de quatro grandes escritores que passaram o exílio no Rio de Janeiro: o argentino Manuel Puig; a espanhola Rosa Chacel; a norte-americana Elizabeth Bishop e o austríaco Stefan Zweig. O encontro acontece no Território inventivo (Rua Benedito Hipólito, 1, Praça XI – Rio de Janeiro / RJ), às 17h.

O escritor e orientador cultural Plínio Camillo inicia no próximo dia 15, no Espaço Cultura Kazuá (Rua Ana Cintra, 26, Campos Elíseos – São Paulo / SP), a Escangalhar – Oficina da palavra em construção. Na prática, os encontros serão divididos em três momentos nos quais farão leitura e discussão de contos, produzirão textos e depois farão a leitura e discussão dos textos produzidos. Além disso, os participantes terão acesso às técnicas, estruturas e textos clássicos do gênero conto e vão realizar reflexões acerca dos elementos linguísticos que colaborem com o desenvolvimento de uma linguagem mais eficiente na escrita literária. As inscrições são gratuitas, estão abertas até o dia 9 de agosto e podem ser realizadas acessando o site da Editora Kazuá ou pelo e-mail comunicacao@editorakazua.com.br. Os contos produzidos na Oficina serão publicados, ao final do processo, em um livro editado pela Kazuá.

A amizade entre Jorge Amado e José Saramago teve início quando os dois já tinham idade mais avançada e consolidada carreira literária, porém o vínculo tardio não impediu que os escritores formassem um laço forte, estendido as suas companheiras, Zélia e Pilar. Com o mar por meio - Uma amizade em cartas (Companhia das Letras, 119 pp, R$ 59,90) reúne a correspondência entre os dois mestres — e os dois casais, muitas vezes —, entre os anos de 1992 e 1998. São cartas, bilhetes, cartões e faxes com uma rica troca de ideias sobre questões tanto da vida íntima como da conjuntura contemporânea, sobretudo a cena literária. Eles debatem com humor sobre prêmios e associações de escritores, com especulações divertidas sobre quem seria, por exemplo, o próximo a ser contemplado com o Nobel ou o Camões. Com um projeto gráfico especial, ilustrado com fac-símiles das missivas e belíssimas fotos do acervo pessoal dos autores, Com o mar por meio aproxima os leitores do universo particular dos dois amigos.

Originalmente lançado em 1982, A hora do lobisomem (Suma de Letras / Companhia das Letras, 152 pp, R$ 44,90) é o segundo livro da Biblioteca Stephen King lançado pela Suma. Com o objetivo de resgatar obras clássicas do autor, as obras deste selo são confeccionadas em capa dura, além de terem conteúdo extra. A história se passa na cidade de Tarker-s Mill, a cada vez que a lua cheia brilha sobre a cidade surgem novas cenas de terror inimaginável. O primeiro grito veio de um trabalhador da ferrovia isolado pela neve, enquanto as presas do monstro dilaceravam sua garganta. No mês seguinte, um grito de êxtase e agonia veio de uma mulher atacada no próprio quarto. Quem será o próximo? Quando a lua cresce no céu, um terror paralisante toma os moradores da cidade. Uivos quase humanos ecoam no vento. E por todo lado as pegadas de um monstro cuja fome nunca é saciada. O livro é um clássico de Stephen King, com as ilustrações originais de Bernie Wrightson.

Messias de Duna (Aleph, 272 pp, R$ 49,90 – Trad.: Maria do Carmo Zanini), a continuação do clássico da literatura Duna, de Frank Herbert, recebeu uma nova edição: com tradução revisada, novo projeto gráfico, capa dura e um glossário inédito. Na trama, 12 anos se passaram desde a ascensão de Paul ao trono. Arrakis tornou-se o centro do Imperium, a partir de onde os fremen se propagaram a fim de levar sua filosofia e sua forma de governar aos planetas por eles conquistados. Os inevitáveis conflitos gerados por esta expansão fazem com que importantes facções contrárias ao imperador reúnam forças para detê-lo. Uma disputa nos bastidores do poder está prestes a começar. Conspiradores tramam contra a atual ordem do Imperium. Conseguirão eles acabar com o reinado de Muad'Dib e com a guerra santa que os fremen travam em seu nome? Ao lado das trilogias Fundação, de Isaac Asimov, e O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, a série Duna é considerada uma das maiores obras de fantasia e ficção científica.

A arte de fazer artes (Sesi-SP, 296 pp, R$ 46) é um livro que reflete sobre o valor da literatura infantil e juvenil e a relevância que ela tem para a formação de leitores. Ou seja, é uma obra voltada para todos os profissionais envolvidos com o livro e leitura, mas não só para eles. Com uma linguagem acessível e didática, Gloria Pondé, uma das pioneiras no estudo da literatura infantojuvenil brasileira, reúne neste livro toda a sua experiência de magistério e teoria literária e apresenta uma reflexão crítica sobre a produção de livros para crianças e jovens. Pondé discorre sobre a qualidade da literatura infantil brasileira, principalmente na criatividade dos textos, utiliza exemplos dos maiores nomes da literatura infantil brasileira e mostra como funciona a aprendizagem das crianças pela literatura. Pondé conclui, entre outros pontos, que escrever pra crianças não é qualquer coisa e que exige do adulto se fazer entender também pela criança.