O presidente Temer assinou, na última quarta-feira (19), um decreto que praticamente refunda o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), dando a ele, inclusive, um novo nome: Programa Nacional do Livro e do Material Didático. Entre as principais mudanças, o PNLD passará a comprar não só livros didáticos, mas também livros de literatura e "outros materiais", abrindo a possibilidade para a compra de outras coisas que não só livros. Além disso, o programa passa a atender, além dos alunos das escolas públicas, aqueles que estudam em escolas conveniadas ao Poder Público, além de professores de Educação Infantil. O que seria uma boa notícia, já que pode aumentar o número de exemplares vendidos, preocupa editores ouvidos pelo PublishNews. É que não há sinalização de aumentos significativos no orçamento que, em 2017, foi de R$ 1,7 bilhão. Além dessas mudanças, outras muito importantes que afetam o processo de avaliação das obras entrarão em curso já para o PNLD 2019 cujo edital deverá ser publicado no início da próxima semana. O PublishNews ouviu especialistas e editores da área e explica cada uma dessas mudanças na íntegra desta matéria que pode ser acessada clicando no Leia Mais.

Em comunicado emitido na última quarta-feira (19), Livraria Cultura anuncia que "adquiriu" a totalidade da Fnac no Brasil. Com isso, assume as operações das 12 lojas da rede francesa espalhadas por sete estados brasileiros, além da plataforma de e-commerce da Fnac. Também por comunicado, a sede da Fnac na França confirma a venda. “A Cultura é um player importante de longa data no varejo de produtos editoriais no Brasil, com uma rede de 18 lojas e com uma oferta de e-commerce já bem conhecida”, disse a Fnac em nota. As duas empresas sustentam que a "fusão" (termo usado no comunicado em inglês) entre os dois grupos criará valores e sinergia, “compartilhando culturas similares e o comprometimento com a promoção da cultura no Brasil e permitirá que a Livraria Cultura diversifique seus negócios adicionando novas linhas dos produtos e serviços”. Clique no Leia Mais e entenda melhor o caso.

A Saraiva levará para Flip, que já começa na próxima quarta-feira, uma série de ações para promover não só a leitura, mas também as suas plataformas de audiolivros e de e-books. Uma delas chama a atenção. É que a livraria vai colocar promotores nos postos de gasolina posicionados ao longo do trajeto da saída da cidade distribuindo vouchers que dão direito a um mês grátis de acesso à plataforma de audiolivros da casa. Além disso, espalhará pela cidade mini-bibliotecas dentro das quais estarão livros de autores já homenageados pela festa. A varejista prepara também uma série de mesas que vão reunir editores, como Mariana Rolier; jornalistas, como Simone Magno e Paulo Werneck e escritores como Raphael Montes (na foto ao lado) e André Gordirro. Para ter mais detalhes da programação, clique no Leia Mais.

Em uma parceria inédita, as editoras independentes Hedra, Nós, Edith e Demônio Negro garantiram seu espaço na Flip 2017. No centro de Paraty elas serão responsáveis pela Casa Paratodos (Rua Coronel José Luiz, 237), local que prevê em sua programação encontros, debates, lançamentos e performances artísticas que começam já no dia 27 com o lançamento de Descalço nos trópicos sobre pedras portuguesas (Nós), de Thiago Camelo, às 11h. No mesmo dia haverá ainda às 16h30, lançamento de Crônicas do crack (Hedra), de Luís Marra, e às 19h, um bate-papo sobre As verdades e mentiras da ficção, com Robson Viturino e Felipe Munhoz (Nós), e mediação de Paula Fábrio. A Casa terá ainda encontros com alguns dos nomes da programação principal da Flip como Scholastique Mukasonga (na foto ao lado), Carol Rodrigues e Luaty Beirão. A programação completa você confere clicando aqui.

A Editora Nobel está com uma vaga aberta para assistente de arte / diagramação para atuar em Alphaville. Pede-se experiência em diagramação, superior completo ou cursando na área de design ou editorial, conhecimento dos programas do pacote Adobe e Office e disponibilidade para início imediato. O contratado será responsável por diagramar livros adultos e infantis, fazer adaptações em capas e auxiliar no gerenciamento dos processos. Os interessados devem enviar currículo para o e-mail vivianvalli@editoranobel.com.br.

O escritor João Paulo Cuenca é o convidado deste mês do bate-papo Segundas Intenções, na Biblioteca de São Paulo (Av. Cruzeiro do Sul, 2.630 – São Paulo / SP). Durante o evento, o público terá a oportunidade de conhecer um pouco mais da vida e da obra de Cuenca, que é autor de quatro romances e uma antologia de crônicas, tendo sido seu primeiro título, Corpo presente (Companhia das Letras), lançado em 2003. Há mais de dez anos Cuenca também contribui com crônicas semanais para jornais brasileiros. Em 2014 escreveu e dirigiu seu primeiro longa-metragem, A morte de J. P. Cuenca, baseado em seu mais recente romance Descobri que estava morto (Tusquets / Planeta), publicado em 2016 e que retrata a morte do ator de maneira real e literária. O encontro acontece neste sábado (22), às 11h, é gratuito e será mediado pelo jornalista e escritor Manuel da Costa Pinto. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail agenda@bsp.org.br ou no balcão do espaço até o dia 21 de julho.

Neste sábado (22), a Unibes Cultural (Rua Oscar Freire, 2500 – São Paulo / SP) realiza das 14h às 17h, a 5ª edição da Semana do Livro Nacional. Quando se fala de literatura nacional, para muitos, apenas grandes clássicos vem em mente e para desmistificar essa visão e mostrar a quantidade de conteúdo de qualidade que é produzida no Brasil, a escritora Mari Scotti organiza em São Paulo a Semana do Livro Nacional, projeto idealizado por Josy Stoque. O evento reúne diversos nomes da literatura brasileira contemporânea e oferece ao público uma programação com várias atividades. Autores como Babi Dewet, Samanta Holtz, Larissa Siriani, Denise Flaibam, Lari Azevedo, Eduardo Lages, Renan Carvalho, Marcelo Siqueira, Ricardo Valverde e Nohane Carvalho, são alguns dos confirmados da edição. A novidade fica por conta da presença de influenciadores como Djenifer Dias do blog Acidamente Sensível, Grazi Max do canal De Boca Cheia e Guilherme Cepeda do site Burn Book.

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Esta nota foi atualizada no dia 21 de julho, às 11h50.

A Associação dos Amigos da Biblioteca Pública do Paraná (AABIPPAR), que desenvolve projetos em benefício da BPP, abriu as inscrições para o curso de Preservação de obras gerais (livros de capa flexível, com costura e folha solta). Os cinco encontros acontecem de 5 de agosto a 2 de setembro, sempre aos sábados, das 9h às 18h, na BPP (Rua Cândido Lopes, 133 - Curitiba / PR) e as inscrições seguem até o dia 3 de agosto. A taxa de inscrição é de R$ 500 para associados da AABIPPAR e R$ 600 não associados. O curso será ministrado por Bety de Luna, especialista em conservação de bens culturais móveis. Informações e inscrições pelo telefone (41) 3221-4955 ou pelo e-mail amigosdabppr@gmail.com.

Com o objetivo de premiar e reconhecer os destaques no mercado brasileiro e os trabalhos que desenvolvem na área social, econômica e cultural do país, será entregue, na próxima segunda (24), às 19h, no Clube Sírio Libanês (Av. Indianópolis, 1192, Ibirapuera – São Paulo / SP), o Prêmio Excelência Qualidade Brasil. Na categoria Profissional do ano, a vencedora foi a escritora ítalo-brasileira Isa Colli, que foi escolhida por contribuir com a cultura e literatura infantil brasileira. Através de seus livros são abordados temas importantes como sustentabilidade, proteção ao meio ambiente, respeito pelo próximo e tolerância às diferenças. A autora que virá ao Brasil receber o prêmio completa: “Me sinto muito honrada pelo meu trabalho ser reconhecido nessa magnitude e através da minha obra poder contribuir pelo aprendizado das crianças e a valorização à vida humana”, comentou a homenageada.

A condição atual da esquerda é igual a de um homem perdido na floresta: é preciso encontrar uma saída. É a partir dessa constatação que o filósofo Ruy Fausto empreende um rigoroso balanço crítico da experiência histórica da esquerda, com foco no Brasil, mas sem perder de vista o contexto internacional. Soma-se ao esforço crítico a tentativa de propor elementos para reconstruir um projeto ao mesmo tempo democrático, anticapitalista, antipopulista e com consciência ecológica. Ao analisar a experiência brasileira, o autor constata uma sucessão de derrota dos principais projetos ligados a ideários de esquerda. Caminhos da esquerda (Companhia das Letras, 208 pp, R$ 39,90) tem como base um texto publicado na revista Piauí, em outubro de 2016, e que provocou extenso debate com interlocutores de todos os espectros políticos – prova da solidez da reflexão de Ruy Fausto, e da necessidade de discussão pública qualificada em tempos marcados pela intolerância e pela fragilização da institucionalidade democrática.

Distribuição igualitária de bens e renda, extinção da divisão de classes, economia planificada, garantia de acesso a todos os direitos básicos controlados por um governo feito pelo e para o povo. Essas são ideias centrais do Socialismo e que em sua teoria buscam uma reforma de vida justa para todas as pessoas. Mas quando socialismo, política e interesses financeiros se encontram, a prática não é bem assim. Os erros fatais do socialismo (Faro Editorial, 240 pp, R$ 39,90), do pensador político Friedrich A. Hayek, apresenta um exame fundamental e crítico das ideias centrais do socialismo. Ele argumenta que o socialismo, desde as suas origens, foi confundido com algo embasado em fundamentos científicos e factuais, e mesmo lógicos, mas que seus repetidos fracassos nas diferentes aplicações práticas, foram resultado direto desse equívoco conceitual.

Com a Lava Jato indo de vento em popa, crimes associados ao exercício da função pública, ao processo eleitoral e ao exercício do mandato eletivo estão “quentes” nos debates públicos. A sociedade brasileira se indigna contra a corrupção, mas falta consistência nas propostas de reformas legais e institucionais capazes de assegurar mais eficiência do sistema penal, no controle do financiamento de campanha, dentre outros problemas. Recorrendo à experiência estrangeira, os autores da coletânea Crime e política (FGV, 437 pp, R$ 59), editada por Alaor Leite e Adriano Teixeira, tratam dos aspectos penais e tributários da corrupção, da criminalização autônoma de enriquecimento ilícito e do financiamento irregular de campanhas eleitorais, entre outros temas. A obra, portanto, tem como objetivo ampliar o conhecimento do leitor sobre o repertório de ferramentas jurídicas e posturas institucionais voltadas a enfrentar práticas ilegais e abusivas que desafiam cotidianamente nossas democracias.

Publicado originalmente em 1960, Getúlio Vargas, meu pai (Objetiva / Companhia das Letras, 560 pp, R$ 69,90) narra a vida do político gaúcho entre 1923 até 1937 por sua filha e principal confidente. Anos depois, Alzira se dedicou a escrever uma continuação, que não terminou. Esses escritos, até então inéditos, estão na segunda parte deste livro e são um material valioso - descrevem episódios como a morte de Getulinho, irmão mais novo de Alzira; o rompimento do Brasil com o Eixo; ou o grave acidente de automóvel sofrido por Getúlio em 1942. E aos leitores que se debruçarem sobre esses inestimáveis relatos, não restarão dúvidas: Alzira é também uma grande personagem da história do Brasil. Mulher de opinião forte e politicamente influente, o amor incondicional de Alzira pelo pai dita o tom destas narrativas.