“Fernando Sabino e Rubem Braga autografaram a minha primeira carteira de trabalho”, conta orgulhoso Paulo Rocco numa animada conversa que teve com o PublishNews poucos dias depois de saber que ganhará, nesta quarta-feira (29), o Prêmio Especial Avena PublishNews de Contribuição ao Mercado Editorial. A assinatura foi dada em 1967, quando ele foi contratado pela dupla para integrar o time da editora Sabiá da qual Sabino e Braga eram sócios. Rocco ficou na Sabiá até 1975, quando decidiu partir para carreira solo e formar a sua própria editora. Nesses 50 anos, o editor não só testemunhou, como protagonizou muitas transformações na indústria do mercado livreiro. Uma delas foi a internacionalização do mercado editorial brasileiro. “Isso começou com Alfredo Machado e Sérgio Lacerda. Hoje, os editores brasileiros são muito credenciados internacionalmente”, comentou. O nome de Paulo Rocco estará sempre associado à palavra “sorte”. Não só porque os dois primeiros títulos publicados pela Rocco alcançaram as listas dos mais vendidos da época, mas também por ter revelado Paulo Coelho como escritor, por ter fechado contrato com J.K. Rowling para publicar no Brasil a saga do bruxinho Harry Potter, ou por ter assinado contrato com um certo Robert Galbraith, mesmo sem saber que se tratava de J.K. Rowling. “Não tem sorte. Tem intuição. Isso faz parte do nosso trabalho”, rebate. “Me chamam de midas, mas isso não é bem verdade. É resultado de um esforço”, decreta. Logo depois de um happy hour, Brian Murray, CEO da HarperCollins Publishers, que está em visita ao Brasil, fará uma breve fala que será sucedida por uma mesa de debates com profissionais de vendas e de marketing. Clique no Leia Mais, conheça mais sobre a história de Rocco e saiba mais detalhes de como será o evento de amanhã.

Quem me conhece sabe da minha paixão por Print On Demand (POD), também conhecida em terras lusotupiniquins por impressão por demanda. Desde que me envolvi com POD, ao gerenciar a Singular Digital em 2011, tenho acompanhado de perto este nicho muito particular da impressão de livros. A Singular Digital, aliás, era um belo projeto que não vingou não pela falta de mercado e demanda, mas talvez pelo mesmo motivo que outras tentativas de impressão por demanda no Brasil falharam: é preciso um longo período de aprendizado e de investimentos para se chegar a um processo minimamente ótimo e lucrativo de impressão um a um. POD exige investimento e tempo para que a curva de aprendizado aconteça. Certa vez, conversei com um executivo da Repro, maior gráfica da Índia e parceira da Ingram. Perguntei quantos livros eles tinham que imprimir para entregar apenas um no início da produção em POD. “Trinta”, ele me respondeu. Perguntei então quanto tempo demorou para se imprimir certo um exemplar na primeira tentativa. “Um pouco mais de um ano”, ele disse. Desenvolver uma solução de POD, portanto, é um grande desafio. E talvez por isso este modelo me atrai. Tanto que fiquei muito feliz quando a BookPartners me chamou para participar como consultor de seu projeto de impressão por demanda, a OnDBooks. Clique no Leia Mais para ler a coluna na íntegra.

Após a decisão do Superior Tribunal Federal (STF) concluída no dia 08 de março muitos artigos foram publicados comentando a conclusão do RE 330817, que reconheceu a imunidade dos livros em formato digital, e também dos “suportes utilizados exclusivamente para fixa-los”. Porém, pouco foi dito sobre a decisão relativa à imunidade de componentes eletrônicos destinados a integrar unidades didáticas, que é bastante específica. O STF reconheceu nesta decisão que pequenos componentes eletrônicos que acompanham material didático de curso de montagem de computadores também são imunes. A conclusão é acertada, uma vez que admite que certos componentes são essenciais ao aprendizado, e havendo uma relação acessória com o conteúdo do livro, estes elementos podem ser entendidos como imune também. Existem vários tipos de publicações que dispõem de recursos com finalidade lúdica, didática, em que estes elementos têm finalidade exclusiva de ilustrar ou complementar o conteúdo da obra e nada significam sem o objeto principal que é o livro. Em linhas gerais, portanto, a decisão do STF é bastante positiva, demonstra um forte intuito de adaptar a legislação à realidade do dia a dia e acompanhar a evolução tecnológica. Sabemos que as normas dificilmente acompanharão a velocidade em que as tecnologias se transformam e estarão sempre aquém dos desafios do mercado, portanto, a decisão é bem importante, mas há muito ainda a avançar para acompanhar os novos modelos de negócios que já estão surgindo. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra deste artigo.

A Amazon anunciou na semana passada, o lançamento de sua loja infantil, com mais de 25 mil títulos em português e mais de 100 mil títulos importados. A loja traz muitas facilidades para os consumidores, como pesquisa de livros por idade, personagem, série ou autor preferido. Além da loja, a rede convidou a A Taba, consultoria especializada em livros infantojuvenis, para realizar uma curadoria, permitindo aos consumidores buscarem livros de acordo com o tipo de leitura (sozinha ou acompanhada) e autonomia (iniciante, autônomo ou experiente) ou por experiência desejada (“Rir e se Divertir”, ‘Viajar para Mundos Fantásticos”, “Conversar Sobre Assuntos Difíceis” e outras). Para celebrar o lançamento, a Amazon fará uma promoção especial até esta quarta-feira (29) com mais de 25 mil livros com descontos de até 70%. Além disso, a cada dois livros adquiridos, os consumidores ganharão um livro infantil da Cosac Naify entre uma seleção de 20 títulos.

No mês em que a UNESCO comemora o dia mundial da poesia, a PUC-Rio, por meio da Cátedra UNESCO de Leitura, com apoio do Instituto de Estudos Avançados em Humanidades, homenageia o poeta Ferreira Gullar, com a exibição do filme A Arte existe porque a vida não basta, hoje (28), no auditório do RDC da PUC-Rio (Rua Marquês de São Vicente, 225, Gávea - Rio de Janeiro / RJ), em duas sessões: às 12hs e às 20hs. O documentário celebra a vida e a obra do poeta, artista plástico e crítico maranhense, autor do emblemático Poema Sujo. Dirigido por Zelito Viana e Gabriela Gastal, o longa percorre as diferentes facetas do poeta e possui trilha sonora de Adriana Calcanhoto, Paulinho da Viola e outros artistas da MPB, que musicaram poemas de Gullar.

Com o mote Movidos por histórias, a Amazon lançou sua primeira campanha publicitária para promover o Kindle no Brasil. No filmete, a empresa brinca com a polêmica do projeto Cidade Linda, do atual prefeito João Dória, de São Paulo. Uma das primeiras ações do alcaide foi apagar, com tinta cinza, os coloridos grafittis da Avenida 23 de Maio. Ironizando a ação, a Amazon diz na peça "A gente cobriu o cinza de histórias", enquanto trechos de livros são projetados sobre os muros gris. O vídeo estreou ontem (27) e está sendo veiculado nas redes sociais, sites e portais.

“Nem todo pai é roqueiro, mas com certeza todo pai é pop”. Essa é uma afirmação do escritor Marcos Piangers, convidado do Sempre um Papo para lançar seus dois volumes de O Papai é Pop (Belas Letras), que reúne crônicas divertidas e emocionantes sobre a paternidade. Nos textos, ele relata sua experiência de pai jovem que lida com aprendizados e situações únicas de suas duas filhas. O primeiro livro vendeu mais de 100 mil exemplares, teve e-book traduzido para o inglês (Dad is cool) e direitos vendidos para Espanha e Portugal. O evento acontece logo mais, às 19h30, no auditório da Cemig (Rua Alvarenga Peixoto, 1.200 Santo Agostinho – Belo Horizonte / MG), e amanhã (29), em Sete Lagoas, no auditório da Unifemm (Av. Marechal Castelo Branco, 2.765 – Bairro Santo Antônio – Sete Lagoas / MG). Ambos com entrada gratuita.

Nesta noite, as atrizes Dora Pellegrino e Márcia Rosado estreiam o espetáculo Lispector com minhas queridas. O evento é uma performance literária estruturada a partir de trechos de várias cartas escritas por Clarice para suas irmãs, descobertas nos arquivos secretos de Elisa Lispector por sua sobrinha neta em 2008, após sua morte. Com isso, o público pode ter acesso não só à intimidade de Clarice, como produz-se uma viagem - através de seu olhar basicamente desde a Europa aos EUA - sobre o Brasil e o mundo antes, durante e depois da Segunda Guerra Mundial. No espetáculo, as duas atrizes dão vida a uma simulação de Clarice e suas irmãs ao interpretarem - ao sabor da música erudita e popular que a encantavam - comentários sobre literatura, teatro e fundamentalmente filmes e encontros com pessoas que causaram influencias na sua vida. A apresentação começa às 20h30, na Sala G do Spa Maria Bonita Ipanema (Rua Prudente de Morais, 729 - Ipanema, Rio de Janeiro - RJ) com ingressos a R$ 40.

O médico Everaldo Chrispim lança logo mais, às 19h, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa (Praça da Liberdade, 21, Funcionários – Belo Horizonte / MG), o livro Como se tudo brilhasse (Ramalhete). O livro é um conjunto de contos que têm como ponto comum a surpresa diante da realidade, e de como as aparências são capazes de nos confundir e mascarar objetivos que, muitas vezes, são os grandes motivadores das nossas atividades. Everaldo já publicou os livros de contos O sopro do vento; e A tabua dos desejos, além do romance Uma viagem ao acaso.

Retrato do artista quando jovem (Nova Fronteira, 336 pp, R$ 39,90 – Trad.: José Geraldo Vieira) é uma das obras literárias mais importantes do século XX. O primeiro romance do autor James Joyce narra a história do jovem católico irlandês Stephen Dedalus, que rejeita a religião e os laços patrióticos para se desenvolver sem restrições como artista. Fortemente autobiográfico, o livro foi publicado pela primeira vez em 1916 e revolucionou a literatura por seu estilo inventivo, uma das marcas da escrita de Joyce. A obra ainda é considerada um dos textos fundadores do Modernismo e precursor de Ulisses, obra-prima que o autor lançaria anos depois. A nova edição de Retrato do artista quando jovem publicada pela Nova Fronteira faz parte da coleção Clássicos de Ouro, que resgata importantes obras de seu catálogo.

Ao longo dos anos, Jean Taylor deixou de contar muitas coisas sobre o terrível crime que o marido era suspeito de ter cometido. Ela estava muito ocupada sendo a esposa perfeita, permanecendo ao lado do homem com quem casara enquanto convivia com os olhares acusadores e as ameaças anônimas. No entanto, após um acidente cheio de enigmas, o marido está morto, e Jean não precisa mais representar esse papel. Não há mais motivo para ficar calada. As pessoas querem ouvir o que ela tem a dizer, querem saber como era viver com aquele homem. E ela pode contar para eles que havia alguns segredos. Afinal, segredos são a matéria que contamina (ou preserva) todo casamento. Narrado das perspectivas de Jean Taylor, a viúva; do detetive Bob Sparkes, chefe da investigação cuja carreira é posta em xeque pelo caso, e da repórter Kate Waters, a mais habilidosa dos jornalistas que estão atrás da verdade, A viúva (Intrínseca, 304 pp, R$ 44,90) romance de Fiona Barton é um tributo aos profissionais que nunca deixam uma história, ou um caso, escapar, mesmo que ela já esteja encerrada.

Narrada por quatro personagens diferentes, a trama de O livro dos espelhos (Record, 322 pp, R$ 39,90 – Trad.: Roberto Muggiati), do autor romeno E. O. Chirovici, começa na voz de Peter Katz, um agente literário que recebe por e-mail o trecho de um manuscrito intitulado O livro dos espelhos. O autor se chama Richard Flynn e, no texto, relembra um período de seus dias na faculdade, no fim dos anos 1980. Na segunda parte, lemos o manuscrito de Flynn, que narra a relação entre ele, uma amiga da faculdade e Joseph Wieder, um renomado psicólogo. Wieder foi brutalmente assassinado naquela época; um crime que ficou famoso, mas jamais foi solucionado. O trecho enviado para Katz termina exatamente nas horas anteriores ao assassinato. Curioso e convencido de que o manuscrito vai enfim revelar o assassino – e garantir um contrato milionário com uma editora – Katz vai atrás de Flynn, mas ele está em coma, à beira da morte, num hospital. E ninguém sabe onde está o restante do original. O agente então contrata John Keller, um repórter investigativo, para desenterrar o caso e reconstituir o crime.

Livie, a mais centrada das irmãs Cleary, segurou as pontas após a morte dos pais num acidente em que Kacey, a mais velha, foi a única sobrevivente, e cuidou da irmã quando ela caiu em depressão. Aos poucos, Kacey superou seus traumas e encontrou a felicidade, enquanto Livie se dedicava aos estudos. Agora, no segundo do livro da série de sucesso Ten tiny breaths, K. A. Tucker joga o foco de sua envolvente narrativa sobre a caçula. Em Uma pequena mentira (Fábrica 231 / Rocco, 352 pp, R$ 49,90), Livie acaba de ingressar na tradicional Universidade de Princeton e está pronta para viver as emoções típicas de uma caloura, o que inclui frequentar as festas no campus, fazer novos amigos e encontrar um namorado bacana com quem possa tecer planos para o futuro. Ela só não esperava se envolver justamente com um cara como Ashton Henley, o capitão do time de remo com fama de garanhão. Com medo de ser apenas mais uma na lista de conquistas de Ashton, Livie tenta agir com a razão, como sempre fez. Mas até que ponto vale a pena dominar seus sentimentos por medo de se machucar?