Caso não consiga visualizar corretamente esta mensagem, clique aqui.
PublishNews 19/12/2016
Estamos há 50 anos, distribuindo as melhores editoras, do mercado para as livrarias de todo o Brasil
Presente no mercado há mais de 35 anos, a Vitrola dedica-se à missão de propagar a cultura e o conhecimento através da edição e comercialização de livros.
A Catavento atua no mercado de distribuição de livros para todo o país.
PublishNews, Leonardo Neto, 19/12/2016

Mansur Bassit deve deixar a CBL para ser secretário da Economia da Cultura do MinC | © Décio FigueiredoMansur Bassit, que em março de 2011 assumiu a direção da Câmara Brasileira do Livro (CBL), será o novo secretário de Economia da Cultura do Ministério da Cultura (MinC). As costuras para a sua ida para o MinC se deram na semana passada e tiveram o aval da entidade. A fé é que Mansur no MinC seja um aliado importante da indústria do livro nesse momento de crise. “O convite foi feito no início da semana passada. Tivemos três dias de conversas e concluímos que seria muito bom para ele e para o setor também”, confirmou Luís Antonio Torelli, presidente da CBL. Torelli adiantou ao PublishNews que não está definido ainda como fica a reorganização da entidade com a saída de Mansur, mas deu sinais de que optará pelo aproveitamento do pessoal que já compõe a equipe da CBL. “Ainda não discutimos isso e eu quero a opinião de todos. O bom é que temos pessoas que são muito conhecedoras do mercado e da própria CBL. Podemos alinhar algo internamente”, disse Torelli, que está no fim do seu mandato e já tornou pública a sua candidatura à reeleição para o biênio 2017 – 2019. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra desta nota.

O Estado de S. Paulo, Guilherme Sobota, 16/12/2016

A Amazon vai comprar o estoque remanescente da Cosac Naify - cerca de 230 mil exemplares que permanecem no estoque em Barueri serão adquiridos pela varejista, praticamente encerrando o problema que a editora tinha sobre a destinação final dos livros restantes desde que anunciou seu fechamento em novembro de 2015. A negociação foi concluída nesta semana. Desde o início deste ano, a Amazon tinha exclusividade para adquirir os livros da Cosac e vendê-los em seu site - foram cerca de um milhão de exemplares vendidos em doze meses de 1,2 mil títulos que a editora tinha em catálogo. As informações foram confirmadas pela direção da Cosac Naify e pela Amazon. Agora, restam cerca de 600 títulos no estoque em Barueri. O acordo final já foi selado - nenhuma das empresas fala em cifras totais - e agora está em processo a efetivação da venda e o acerto dos detalhes da operação, o que deve acontecer nesta semana. A Cosac Naify vai então apurar todas as informações e passar à fase final de encerramento da empresa, que começou no final do ano passado após uma decisão de Charles Cosac.

Exame, com Estadão Conteúdo, 16/12/2016

Nem Jojo Moyes, nem padre Marcelo Rossi, tampouco o novo Harry Potter. Duramente afetado pela crise econômica brasileira, o mercado editorial não teve um fenômeno de vendas em 2016, como acontecera em 2015 com os livros de colorir, e termina o ano sem um final feliz. De janeiro a novembro, a queda no volume de livros vendidos foi de 13,21%, e no faturamento, de 4,78%. A comparação da lista dos best-sellers de 2016 e 2015 do PublishNews é bastante ilustrativa: de Jardim secreto (Sextante), o campeão de 2015, foram vendidos 719.626 exemplares no ano, mais do que a soma dos dois primeiros lugares de 2016, Como eu era antes de você (Intrínseca) e Ruah (Principium), do padre Marcelo Rossi. A diferença no desempenho do religioso, autor cujos números superam 12 milhões, também é significativa: esse ano, foram 225.229 livros com Ruah; em 2015, 446.653 com Philia, que ficara em terceiro lugar no ranking. “O mercado editorial não é algo separado do resto da economia. Mas eu não esperava uma queda tão expressiva no número de exemplares, é isso o que mais chama a atenção. É algo que vem de 2015, só que os livros de colorir compensaram. É uma falácia essa crença de que os livros são um lugar de escape em momentos de crise”, comentou Marcos da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).

O Estado de S. Paulo, Babel, Ubiratan Brasil e Guilherme Sobota, 16/12/2016

Os editores brasileiros participaram de 375 reuniões na última Feira do Livro de Guadalajara, no fim de novembro, de acordo com o balanço da Câmara Brasileira do Livro. Os negócios ficaram em torno de US$ 300 mil, realizados durante ou previstos para os próximos 12 meses. Foram US$30 mil a mais do que em 2015. A homenagem da FIL neste ano foi para a América Latina. A região é o foco da Brazilian Publishers (parceria da CBL com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Apex-Brasil) para os próximos anos.

PublishNews, Redação, 19/12/2016

A coluna Painel das Letras, da Folha de S.Paulo, adiantou, na sua edição de sábado passado, os finalistas do Prêmio Kindle de Literatura, realizado pela Amazon em parceria com a Nova Fronteira. Os finalistas são: Alma, de Raquel Favaro; Beira de rio, de Rodrigo Vrech; Curral de pedras, de Jards Nobre; Glitter, de Bruno Ribeiro; Jangadas, de Márcio Noal; Machamba, de Gisele Mirabai; Minha sombra cabe ali, de Leon Idris Azevedo; Noite, de Noberto Santos; O lado oculto do medo, de Barbara Nonato; e Os últimos passos do enforcado, de Edson Soares. O vencedor terá seu livro publicado pela Nova Fronteira em versão impressa e em audiolivro pela Audible e receberá um prêmio em dinheiro no valor de R$ 20 mil. O vencedor será apresentado ao público no dia 17 de janeiro.

PublishNews, Redação, 16/12/2016

O jornal Cândido, editado pela Biblioteca Pública do Paraná, selecionou 15 autores (entre 18 e 30 anos), nascidos ou radicados no Paraná, para participar de uma coletânea de contos que será publicada no primeiro semestre de 2017, com tiragem de 1 mil exemplares por meio do selo Biblioteca Paraná, que já editou mais de 20 títulos. Os selecionados são: Andressa Barichello, Bolivar Escobar, Bruno Cobalchini Mattos, Bruno Vicentini, David Ehrlich, Gabriel Protski, Guy Fausto, Kayo Augustos, João Paulo Marcowicz, Luís Felipe Ferrari, Mateus Ribeirete, Marco Aurélio de Souza, Marceli Mengarda, Murilo Lopes e Wilame Prado.

Zero Hora, Reginaldo Pujol Filho, 17/12/2016

Faz uns 10 anos: a Ana me tirou no amigo secreto e queria dar um livro. Consultou a Carla, que sugeriu um autor português desconhecido, um tal Gonçalo M. Tavares que, dizia ela, era a minha cara. A Ana topou a aposta, me deu O Senhor Henri e desatou minha paixão pela obra do Gonçalo. Anos depois, fui aluno dele em Lisboa e em 2014 ajudei a organizar sua primeira vinda a Porto Alegre para um curso. Por que conto isso? É que tudo se deu na Palavraria, livraria de Porto Alegre que, dizem, fechará no final do ano. Há dias repetidamente lembro do verso do Vinícius, "é preciso inventar de novo o amor". Até que ponto nossa cidade se turvou, que parece inviável existir um espaço como a Palavraria? Sei que sempre alguém paga a conta, mas um lado meu sofre ao ver que a paixão por livros que move a Carla, o Heron e o Carlos não basta. É preciso gestão. Livrarias, futebol, política, cultura, só se fala em gestão. A vida não é mais para amadores. "É preciso lotear o nosso amor", respondeu Tom Jobim, desiludido, a Vinícius e Toquinho. Outras odes ao CEO: que pequenas livrarias não podem competir com a Amazon ou megastores; que na Amazon tudo está a um clique; que a linda (e é mesmo) Livraria Cultura no centro do Rio tem quatro andares e centenas de milhares de títulos. Ah, mal do século 21. Realmente precisamos encontrar todos os livros num só lugar? Ter acesso instantâneo a tudo o tempo todo?

O Globo, Afonso Borges, 13/12/2016

O Brasil que dá certo despontou. O Brasil que afasta a palavra beligerância do vocabulário. Que faz os contrários se unirem, à revelia da cor das camisas. O Brasil que contamina, enche de orgulho, nos faz sublimar o real. Que reinventa as regras, de forma ordenada, inteligente. O Brasil que reage aos acontecimentos trazendo soluções. Esta é a revelação por trás da notícia da reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, iniciativa do Governo de São Paulo, Grupo Itaú, Grupo Globo, e EDP – Energia de Portugal, capitaneada pela Fundação Roberto Marinho. Menos de um ano depois do incêndio, o anúncio da reconstrução vem provar que, sim, o Brasil é viável. Que pessoas quando decidem se unir em propósitos, podem simplificar, resolver, atuar e gerar resultados. Por trás do esforço gigantesco de um conjunto de profissionais de todas as áreas, surge o projeto de um novo Museu, adaptado às novas tecnologias, às novas ideias, ao novo mundo. Um projeto que traz à luz a importância da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura. A tal Lei Rouanet, tão exposta de forma equivocada, hoje. Foi com ela, e através dela, que todo o projeto foi elaborado. A reconstrução de um Museu é uma boa notícia, sim. Mas a reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, da forma que foi articulada, com as pessoas envolvidas, não é só uma boa notícia - vai além. Nos traz, enfim, esperança. Esperança de que, se fizemos este, poderemos, daqui para frente, fazer mais.

“Não há desgraça no mundo, por maior que seja, que um livro não ajude a suportar.”
Stendhal
Romancista francês (1783-1842)
1.
Harry Potter e a criança amaldiçoada
2.
O homem mais inteligente da história
3.
Rita Lee - uma autobiografia
4.
Humano demais
5.
Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares
6.
Por que fazemos o que fazemos?
7.
O diário de Larissa Manoela
8.
Diário de um banana - Vai ou racha
9.
Não se enrola, não
10.
Como eu era antes de você
 
O Estado de S. Paulo, Babel, Ubiratan Brasil e Guilherme Sobota, 16/12/2016

As biografias nacionais prometem ser o forte dos lançamentos no próximo ano, antevê a coluna Babel. Além da preparada por Lilia Moritz Schwarcz sobre Lima Barreto, a Companhia das Letras prevê também para o primeiro semestre (provavelmente fevereiro) Pai do prazer, filho da dor, primeiro volume da história do samba, em pesquisa de Lira Neto. Também aguardado é Diários da Presidência Vol.3, em que Fernando Henrique Cardoso relembra seus últimos anos como principal mandatário do País e transição para o governo Lula. A previsão é para março. No mês anterior, será relançada Clarice, grande sucesso de Benjamin Moser sobre Clarice Lispector e cuja primeira edição saiu pela Cosac Naify. Finalmente, talvez não fique para 2017, mas Mario Magalhães mantém uma apurada pesquisa sobre o político e jornalista Carlos Lacerda, biografia que promete ser uma das melhores de qualquer ano.

O Estado de S. Paulo, Sonia Racy, 17/12/2016

Em sua coluna, Sonia Racy adiantou que a Companhia das Letras vai publicar, em fevereiro, o novo livro de Chimamanda Ngozi Adichie, Como educar crianças feministas. A autora nigeriana virou ícone do movimento feminista mundial nos últimos anos.

O Estado de S. Paulo, Babel, Ubiratan Brasil e Guilherme Sobota, 16/12/2016

Um dos livros mais esperados do ano deverá chegar às livrarias logo em fevereiro: O ruído do tempo, de Julian Barnes. Ele parte da autobiografia terceirizada e de histórias bem documentadas sobre o compositor russo Dmitri Shostakovich para especular sobre o que se passava na cabeça do polêmico compositor: Barnes é craque ao abordar ficcionalmente temas ainda não tratados por historiadores, como em O papagaio de Flaubert e Arthur & George. Livro sai pela Rocco e as informações são da coluna Babel.

O Estado de S. Paulo, Sonia Racy, 15/12/2016

A Planeta vai publicar, em fevereiro, O Último Testamento – livro de memórias do papa emérito Bento 16, que trata do “lobby gay” dentro do Vaticano. As informações são da coluna Direto da Fonte, assinada por Sonia Racy, no Estadão.

O Globo, Ana Cláudia Guimarães, 15/12/2016

Segundo noticiou o coleguinha Ancelmo Gois em sua coluna, a editora Record lança, em janeiro, o livro Baladas proibidas, que conta a história de Gabriel Godoy - aquele jovem que nasceu em uma família humilde e alcançou status e riqueza ao se tornar um dos maiores traficantes de ecstasy da capital paulista. Foi escrito pelo próprio Godoy e pelo jornalista Bolívar Torres. O livro acompanha a trajetória meteórica de Godoy, desde a infância no interior do estado até a ascensão, o tempo passado na prisão, onde profissionalizou sua atuação no mercado das drogas, e a decisão de abandonar o tráfico. Hoje, Godoy é empresário do ramo imobiliário. Baladas proibidas já teve seus direitos de exibição vendidos para o cinema.

O Estado de S. Paulo, Sonia Racy, 16/12/2016

A Rocco coloca no ar nos próximos dias, pelo selo de entretenimento Fábrica231, uma websérie sobre o amor, escrita em forma de tirinhas. Com textos de Chris Melo e ilustrações de Lais Soares, O bom do amor vai falar de relacionamento. As informações são de Sonia Racy

O Globo, Bolívar Torres, 15/12/2016

O ano é 1992. Depois de mais uma briga com Caio Fernando Abreu, Hilda Hilst juntou as cartas que havia recebido do amigo desde o final da década de 1960, decidida a destruí-las. Como para oficializar o rompimento, ignorou o valor histórico e afetivo da correspondência, e só não a queimou porque seu namorado na época, o jovem poeta Antônio Nahud Júnior, resolveu intervir. Nahud guardou as cartas e, em 2010, seis anos após a morte de Hilda e 14 após a de Caio, vendeu-as para a jornalista Paula Dip. A autora, que em 2009 retratou a sua própria amizade e correspondência com o escritor gaúcho no livro Para sempre teu, Caio F. (Record), emocionou-se ao ler o material inédito. As missivas mais antigas mostravam um Caio diferente daquele que ela conhecera, já consagrado e com uma obra construída. O escritor que trocava suas primeiras cartas com Hilda era, ao contrário, um jovem saído da adolescência, inseguro sobre o seu futuro e sua arte. Além de uma fonte preciosa sobre sua formação, contudo, também havia ali a história de amizade de dois autores importantes da literatura brasileira, que Paula transformou no coração de seu recém-lançado Numa hora assim escura — A paixão literária de Caio Fernando Abreu e Hilda Hilst (José Olympio, 160pp, R$ 59,90). No livro, a jornalista contextualiza a relação tumultuada e apresenta, pela primeira vez, o conteúdo salvo por Nahud Júnior.

O Globo, Leonardo Cazes, 19/12/2016

No dia 3 de novembro de 1947, o jornalista, crítico e escritor mineiro Otto Lara Resende estava inquieto. Acabara de ler o livro de contos O ex-mágico, obra de estreia do seu amigo e conterrâneo Murilo Rubião. Morando no Rio e impactado pelos textos, Lara Resende escreveu uma longa carta para o amigo que continuava em Belo Horizonte. Começava assim: “Recebi seu livro hoje. E hoje mesmo já o li todo. Acabo de fechá-lo nesse momento. Parei a manhã me deliciando com ele, enquanto a chuva cai lá fora, disposta a não parar mais. Minha intenção é escrever um artigo sobre seu livro. Se tivesse máquina aqui, faria agora mesmo esse artigo que estive coçando os dedos”, escreve o então jovem jornalista. Contudo, ele não precisou de máquina e, à mão, produziu um belo ensaio à queima-roupa sobre O ex-mágico. Essa foi apenas a segunda carta trocada entre os dois escritores. Toda essa correspondência, que permanecia inédita, vem a público em Mares interiores: correspondência de Murilo Rubião e Otto Lara Resende (Autêntica/Editora da UFMG), acompanhada de iconografia e notas, que sai neste fim de 2016, ainda no ano em que Rubião completaria 100 anos. As missivas, que vão de 1945 a 1991, permitem um mergulho na intimidade dos autores e acompanham as mudanças nas vidas de cada um. Os documentos estavam guardados nos arquivos pessoais dos escritores, o de Rubião na Universidade Federal de Minas Gerais, e o de Lara Resende no Instituto Moreira Salles (IMS), no Rio de Janeiro.

O Estado de S. Paulo, Antonio Gonçalves Filho, 17/12/2016

Mauro Restiffe é um caso singular na fotografia contemporânea brasileira. Estudou cinema na Faap, mas nunca assinou as imagens de um filme. Por outro lado, produz fotos que parecem fotogramas de uma produção cinematográfica. Restiffe adora cinema, em especial Béla Tarr, o diretor de O Cavalo de Turim. Infelizmente, essa parceria não vai se firmar. Tarr anunciou sua aposentadoria há cinco anos. Restiffe, nascido em São José do Rio Pardo há 46 anos, estudou artes e fotografia em Nova York. Expôs pela primeira vez há 22 anos, no Mês Internacional da Fotografia, e, desde então, tem recebido elogios de críticos estrangeiros como Dan Cameron, um dos primeiros a notar o procedimento “cinematográfico” do autor e sua preferência pelo preto e branco como forma de “buscar uma imagem em sua essência”. Pois seu primeiro livro, simplesmente chamado Mauro Restiffe (Cobogó, 272 pp, R$ 140), é todo em preto e branco. Dedicado a Charles Cosac, seu coordenador editorial, trata-se de uma obra que o fotógrafo define como “a compilação de uma prática, de 1994 a 2016”. Nela, ele “embaralha” tudo para criar uma narrativa autônoma, independente de um discurso literário ou crítico. Tanto que o livro não traz textos. Vem apenas com um encarte com o título e o ano em que foram produzidas as fotos.

O Estado de S. Paulo, Sonia Racy, 17/12/2016

Eleito prefeito de Curitiba, Rafael Greca não perde tempo. Segundo noticiou Sonia Racy em sua coluna no Estadão, nesta segunda, quando será diplomado na Prefeitura, lança um livro sobre a história da cidade, Curitiba – Luz dos Pinhais. Produzida com recursos obtidos via Lei Rouanet, a obra será distribuída às escolas municipais.

O Globo, Emiliano Urbim, 18/12/2016

Aos 11 anos de idade, Raffaela Fustagno não era a única aluna do colégio Santo Inácio, em Botafogo, que fugia da Educação Física. Mas era a única a correr para a biblioteca. O vício teve início com a leitura de Olhai os lírios do campo, de Erico Verissimo — que a professora apostou que ela não leria — e seguiu por contos e romances para jovens, que ela amava em silêncio. Na era pós- Harry Potter e Crepúsculo, o que sustenta o mercado editorial é a literatura para jovens (de todas as idades). O gênero young adult domina as listas de mais vendidos, seus autores são celebridades e não falta gente para falar do assunto. Até quem comenta obras de nomes como John Green ou Talitha Rebouças se destaca: são os booktubers, que falam de livros no YouTube, mas também por escrito em seus sites. Neste novo continente, Raffa cavou seu espaço. Fã do filão young adult e rata das bienais do livro de Rio e São Paulo (ela tira férias para ir aos eventos), começou com um blog de resenhas e vídeos, A menina que comprava livros (trocadilho com o best-seller A menina que roubava livros). Desde 2014, virou uma verdadeira lit-girl, promovendo o concorrido Evento da Menina, que reúne autores com seus público —o próximo será no dia 4 de fevereiro, na Fnac, no Barra Shopping. Agora, ela lança O livro da menina (Babilônia), onde costura casos, listas, serviço e páginas interativas em torno de sua paixão por livros. O amor inclui cinema, TV e suas estrelas: stalker assumida, de esperar horas por um autógrafo, Raffa narra em trechos divertidos seus encontros e desencontros com autores e atores como Johnny Depp e Ricardo Darín.

Uol, Aline Torres, 18/12/2016

Nina Fritsche, 10 anos, é uma menina calma e doce. Gosta de ler antes de dormir para acalmar os sonhos. Lê todas as noites. Ela diz que o gosto pela leitura vem desde que era pequeninha. O hábito se tornou tão forte, que Nina ganhou o prêmio da Biblioteca Pública de Santa Catarina, situada no Centro de Florianópolis, como a jovem que mais leu livros neste ano. Ao todo, foram 97 obras lidas. E ela ainda se gaba de que, nessa conta, ainda poderiam entrar as dezenas de livros que ela retirou no Colégio Aplicação, onde estuda, e os outros tantos que os pais deram de presente. "Eu já li metade dos livros infantis da biblioteca da minha escola", conta Nina, que também escreve suas próprias historinhas. Pelas estatísticas, a estudante leu neste ano o que muitos brasileiros não leram durante toda a vida. Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, 74% da população não toca em um livro desde setembro e 30% nunca comprou um livro em toda a sua vida.

 
©2001-2024 por Carrenho Editorial Ltda. Todos os direitos reservados.
Rua Henrique Schaumann, 1108 A, CEP 05413-011 Pinheiros, São Paulo -SP
O conteúdo deste site não pode ser publicado, transmitido, reescrito ou redistribuído sem autorização prévia.