Harry Potter e a criança amaldiçoada (Rocco) teve a façanha de interromper a queda nas vendas de livros em livrarias e supermercados brasileiros. A conclusão está no 11º Painel das Vendas de Livros do Brasil realizado pela Nielsen a pedido do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). O novo livro da saga representou 2,31% dos exemplares vendidos no período ou 3,40% do faturamento. O lançamento trouxe a reboque outros 109 títulos (entre livros nacionais e importados) relacionados à série. Em comparação a 2015, as vendas destes títulos quadruplicaram em termos de volume o que ocasionou um crescimento de 374% no faturamento apurado com as vendas destes títulos especificamente. Isso, claro, teve reflexos nas vendas gerais das livrarias. No 11º período, que compreende o intervalo entre 10 de outubro e 6 de novembro, o Painel apurou a venda de 2.677.910 exemplares o que redundou em um faturamento de R$ 99.769.731,88. Com relação ao período anterior, houve uma estabilizada, com ligeira queda de 0,82% no volume e de 1,73% no faturamento. Isso representa uma freada na queda que o varejo vinha apresentando. Voltando um pouco mais na linha do tempo, o Painel demonstrou que houve uma queda importante entre o 9º e o 10º, de 6,94%, no volume, e de 10,59%, no faturamento. Clique no Leia Mais e veja mais alguns números do Painel.

Na próxima quarta-feira (14), das 18h30 às 22h, o PublishNews e o Books in Print vão realizar um happy hour para encerrar o ano com chave de ouro. A turma toda do livro estará reunida na Casa Educação (Rua Paulistânia, 551 – São Paulo / SP) pra uma cerveja e um papo com os colegas editores, livreiros e demais profissionais que compõem a cadeia do livro. No evento, o Books in Print, empresa alemã de gerenciamento de metadados que desembarcou no Brasil nesse ano, vai apresentar uma novidade e a equipe inteira do PublishNews estará lá para aquele abraço de fim de ano. Para que a gente possa organizar tudo e não faltar nada, pedimos que confirmem presença aqui.

O Capitão Pelino é um dos bons personagens de A Nova Califórnia, conto de Lima Barreto, autor homenageado com justeza na próxima edição da Festa Literária de Paraty (Flip). Nessa história, ao meu ver, ele representa, de forma paradigmática e sintética, muito da atitude de uma parte da academia e dos críticos literários brasileiros para com novos autores e as novas formas de literatura. Pois esse Capitão Pelino era “mestre-escola e redator da Gazeta de Tubiacanga, órgão local e filiado ao partido situacionista” e, ainda nas mesmas palavras do narrador, “era sábio, era gramático”. E continua: “ninguém escrevia em Tubiacanga que não levasse bordoada do Capitão Pelino, ele não deixava de dizer: ‘Não há dúvida! O homem tem talento, mas escreve: ‘um outro’, ‘de resto’...’ E contraía os lábios como se tivesse engolido alguma cousa amarga”. Assim, “toda a vila de Tubiacanga acostumou-se a respeitar o solene Pelino, que corrigia e emendava as maiores glórias nacionais. Um sábio...”. Sobre Flamel, um recém-chegado e possível desafiador na sua categoria de único sábio local, se manifestava: “vocês hão de ver, dizia ele, quem é esse tipo... Um caloteiro, um aventureiro ou talvez um ladrão fugido do Rio”. Como melhor descrever a postura de muitos que, por deterem diploma ou título de doutor e se verem também como pesquisadores, saem a bancar-se uma espécie de real Capitão Pelino? É difícil. E a arte da literatura está nisso, em situações e personagens da ficção que dizem o muito e o tanto que a realidade nos apresenta todo o dia. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra desta coluna.

No último novembro, a superstar brasileira do rock, Rita Lee, lançou sua autobiografia. Meios de comunicação a rodo acharam por bem dar destaque à seguinte declaração da cantora e compositora: “envelhecer não é para maricas”. Bateu na boca do estômago. As pessoas podem dizer que não foi intenção dela ofender os gays, que ela jamais faria isso etc. Gente, a intenção é o que menos importa aqui. O que interessa mesmo é a gente discutir por que não podemos, não devemos nem precisamos usar a palavra maricas como sinônimo de fraqueza. É assim que os preconceitos se consolidam. Por isso, insisto: o que a Rita Lee quis dizer não nos interessa. O que é importa é o que ela, de fato, disse. E é aí que entra o papel do editor. Seja do jornal, da revista ou do livro, o editor de conteúdo tem responsabilidade enorme sobre o que publica. Porque não tem muito jeito, o editor é o gatekeeper dos conteúdos que disponibiliza pro seu público. E a difícil (e, às vezes, ingrata) tarefa de decidir o que publicar fica em nossas mãos. Essa decisão passa por vários fatores: linha editorial, posicionamento político, resultado financeiro – que, em geral, tem um peso enorme –, entre outros. Clique no Leia Mais e veja a íntegra deste artigo.

Estão abertas até a próxima segunda-feira (12), as inscrições para o Prêmio Off Flip de Literatura, que oferecerá aos vencedores R$ 30 mil, além de estadia em Paraty, passeio de escuna e cota de livros. Os textos serão avaliados por escritores de expressão no cenário literário brasileiro e o sarau de premiação acontecerá no Centro Cultural Sesc Paraty, durante a Flip (26 a 30/07). Os contos e poemas selecionados serão publicados em coletânea a ser lançada durante a FLIP em e-book, com download gratuito aos leitores. O vencedor no gênero infantojuvenil assinará contrato de edição com o Selo Off Flip e terá sua obra publicada em livro ilustrado, com lançamento também durante a FLIP. Os vencedores serão conhecidos em 10 de abril de 2017 e entre os primeiros colocados será escolhido um autor que cumprirá residência em Paraty para desenvolver um projeto literário por um período de 30 dias (esse autor receberá bolsa no valor de R$ 5 mil e terá despesas pagas com transporte, estadia e alimentação). O regulamento pode ser lido pelo site do Off Flip.

No último domingo (04), a cidade de São Paulo elegeu os membros da sociedade civil que vão compor o conselho do seu Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca (PMLLLB SP) no período de 2016 a 2018. Os 180 votantes elegeram oito titulares e três suplentes. Para representar o mercado do livro, foi eleito o editor Haroldo Ceravolo (Alameda Editorial). Para representar as bibliotecas, Eliana Toscano de Araújo; a área de educação, Luciana Santoni; as bibliotecas comunitárias, Mara Esteves Costa; as pessoas com deficiência física, Naziberto Lopes de Oliveira; os centros de pesquisa, universidades e faculdades, Paulo Daniel Elias Farah e para representar os coletivos culturais relacionados à leitura e literatura, foram eleitos Paulo Rams e Regina Tieko Furuya Pacheco. Os suplentes são: Djalma Lopes Goes, João Luiz Marques e Julia Alves dos Santos. O PMLLLB foi instituído pela Lei nº 168/10, de 18 de dezembro de 2015 e tem como objetivo assegurar a todos os cidadãos paulistanos o acesso ao livro, à leitura e à literatura. Entre as funções do conselho estão: opinar e fiscalizar a utilização de recursos para a implementação do PMLLLB e promover discussões sobre o plano. A posse dos membros do conselho ainda não tem data marcada.

O SescTV presta homenagem a Ferreira Gullar, um dos mais importantes poetas da literatura brasileira, exibindo dois programas de seu acervo com a participação do escritor. Registrado José Ribamar Ferreira, Gullar nasceu em São Luís, no Maranhão, e ocupava, desde dezembro de 2014, a cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras. O poeta morreu no último dia 4, aos 86 anos de idade, vítima de pneumonia. Nesta quinta-feira (8), à meia noite, vai ao ar o episódio Tertúlia - Encontros da Literatura: Fernando Pessoa, por Ferreira Gullar, no qual o homenageado traça o perfil do poeta português, considerado um dos nomes mais relevantes da literatura portuguesa e mundial. Com direção de Albert Klinke, o programa será reapresentado na sexta (9), às 19h. Também na sexta, à meia noite, com reprise no sábado (10), às 20h30, vai ao ar o episódio Poesia, a Inútil Essencial, da série Super Libris. Gullar fala o que pensava sobre poesia; comenta sobre o verso livre, sem metrificação, que não obedece a regras da poesia tradicional; sobre o nascimento da poesia; sobre a Academia Brasileira de Letras; e sobre a imortalidade e a morte. “Eu tenho consciência da minha existência, mas na hora que ela se apagar, não existirei mais”, acreditava.

Um dos principais espaços culturais da cidade de São Paulo, a Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos (Avenida Paulista, 37 – São Paulo / SP) comemora seu 12º aniversário com atividades especiais para o público no evento Paulista Poética, marcado para acontecer nos dias 9 e 10 de dezembro. Desde a sua inauguração, mais de 100 mil pessoas por ano participaram das atividades oferecidas que vão desde saraus até exposições. Com programação gratuita, o museu-casa é considerado pelo público como um dos espaços mais admirados da cidade. Dentro da programação musical estão previstas apresentações do cantor e compositor Moraes Moreira; Péricles Cavalcanti e ainda apresentação do Coral da Casa das Rosas. Além disso, as crianças poderão se divertir com Paulo Farah na contação de história Saci e outras histórias, participar do Pegue Livro, projeto que incentiva a leitura por meio de doações de livros, e a exibição do filme Quanto vale ou é por quilo?, de Sergio Bianchi, que faz uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social. Confira a programação completa clicando aqui.

Para comemorar os seus 70 anos, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) reestruturou o seu site que acaba de entrar no ar com uma nova versão. Prometendo ser mais moderno, dinâmico e interativo, o novo site tem integração com as redes sociais da entidade e é responsivo, se adaptando melhor aos dispositivos móveis. Para conferir as novidades, acesse o site da CBL.

A Livraria Unesp Móvel, instalada em um caminhão, retorna ao Guarujá, cidade que visita há alguns anos. A loja funcionará na Praça dos Expedicionários, de 9 a 21 de dezembro, oferecendo descontos de 30% nos livros da Editora Unesp e 10% nos das demais editoras. Neste circuito, o book-truck participa ainda do 1º Festival Internacional de Literatura do Guarujá (Flig), que acontece de 9 a 16 de dezembro, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura do Guarujá. A livraria carrega cerca de 6 mil volumes de gêneros variados, que incluem, além de livros acadêmicos, paradidáticos, infantojuvenis, best-sellers e autoajuda.

Com sua grande diversidade de fauna e flora, rios caudalosos e matas impenetráveis, o território brasileiro sempre foi visto com fascínio pelos cientistas estrangeiros. Suas jornadas pelo país tiveram como resultado não apenas a descoberta e o conhecimento de novas espécies, mas também saborosos relatos sobre o Brasil e seus habitantes. Auguste de Saint-Hilaire esteve no país entre 1816 e 1822 para obter informações sobre o Novo Mundo e encontrar a melhor forma de explorar seus recursos naturais. Durante sua viagem, o botânico recolheu cerca de 30 mil amostras de mais de 6 mil espécies vegetais, que descreveu e catalogou em seus cadernos de campo. Para celebrar os 200 anos dessa expedição, a Biblioteca Nacional (Av. Rio Branco, 219 – Salão de Obras Raras – 3º andar – Rio de Janeiro / RJ) prepara uma exposição na qual o visitante poderá revisitar o Brasil encontrado pelo botânico por meio de textos e imagens deixados por ele. Saint-Hilaire e as paisagens brasileiras entra em cartaz nesta sexta-feira (9) e vai até o dia 28 de fevereiro, com visitação entre 10h e 18h. A entrada é livre.

Dartana (Fábrica 231 / Rocco, 784 pp, R$ 59,50), novo livro do escritor e roteirista André Vianco, apresenta um mundo retalhado entre vida e morte, fé e descrença, mitologias e mentiras. No romance, o primeiro de uma trilogia, Dartana é um planeta castigado por uma maldição da qual somente as feiticeiras escapam. Quando um novo deus da guerra surge, os jovens Jeliath e Dabynne marcham junto das feiticeiras e dos soldados para o Combatheon, uma outra dimensão e uma arena onde um combate épico define a sorte de vários mundos. A chegada em Combatheon não é como o imaginado, e agora Jeliath e seus amigos têm que lutar para sobreviver antes de pensar em salvar seu mundo. Esbanjando criatividade e domínio narrativo, André Vianco constrói uma obra surpreendente em que deuses guerreiros, feiticeiras, soldados e construtores se unem para forjar um novo mundo.

Com a adaptação para o cinema com estreia prevista para a próxima semana, o livro Esquadrão Rogue (Aleph, 352 pp, R$ 44,90 – Trad.: Alex Mandarino) conta mais uma aventura do universo de Star Wars. Dois anos e meio depois dos acontecimentos de O Retorno de Jedi, resquícios das forças imperiais isoladas, mas ainda poderosas, se espalham pela galáxia. Esses postos avançados ameaçam a paz ao tentar derrubar a Nova República e restabelecer uma tirania violenta e opressora do lado sombrio. Para combatê-los, surge uma nova geração de pilotos de X-wing. Seguindo os passos da equipe que destruiu a Estrela da Morte, os novos pilotos encaram um desafio ainda mais perigoso e desafiador que o de seus predecessores. Mas seu líder, o lendário piloto Wedge Antilles, sabe a dura verdade: mesmo sendo o melhor esquadrão da galáxia, as missões que os Rogues enfrentarão são praticamente suicidas. Em uma das melhores aventuras de Star Wars, que inspirou games e quadrinhos estrelados pelo esquadrão, Michael A. Stackpole presenteia o leitor com conflitos pessoais, tramas políticas e batalhas espaciais impressionantes.

E se universos paralelos existissem e pudessem se comunicar? E se, ao contrário do que se imagina deles quererem destruir e dominar o cosmos, seres inteligentes e fenomenais estivessem tentando ajudar o ser humano contra uma ameaça real? Em Simulacro da escuridão (Pandorga, 422 pp, R$ 34,90), escrito pelo filósofo Mateus Davi, esses acontecimentos são o pano de fundo para a construção de uma história de ficção científica. No livro, cientistas de todo o mundo, acometidos por casos de sonambulismo, recolhem informações sigilosas de agências espaciais e as enviam, via satélite, para um local isolado no espaço. Logo após o episódio, seres de um mundo paralelo contatam os humanos para oferecer ajuda no combate da aproximação de um asteroide que causará a extinção da humanidade. Nesta obra, o autor estimula o debate filosófico de maneira simples e descomplicada, além de colocar em pauta questões que fazem parte dos pilares da sociedade humana moderna como democracia, o sistema prisional e político, e os dilemas causados por choques culturais que podem desencadear até mesmo uma guerra.

Muita gente acredita que no futuro haverá robôs humanoides, carros voadores e até a possibilidade de teletransporte. O livro Um passeio no jardim da vingança (Talentos da Literatura Brasileira / Novo Século, 301 pp, R$ 34,90), do juiz do trabalho Daniel Nonohay, estes são apenas sonhos distantes. As grandes cidades estão divididas entre zonas vigiadas e periferias. As drogas, controladas e distribuídas por laboratórios, estão por todos os lados, além de implantes cibernéticos que aumentam a memória das pessoas. O livro conta a história de Ramiro, um advogado de meia-idade, drogado, rico e sem objetivos, que tenta dar algum sentido a sua vida, após quase ser morto. Em meio à luta para retomar o controle do seu escritório, que havia abandonado aos sócios, descobre um segredo que poderá destruir a todos os que o rodeiam e coloca a sua vida em risco. Um passeio no jardim da vingança é um caleidoscópio de anti-heróis em um mundo onde a tecnologia aumentou dramaticamente as nossas potencialidades, mas não nos tornou livres da própria natureza humana.

Cinco anos após o lançamento do primeiro livro no Brasil, a série Os legados de Lorien chega ao fim. O livro Eu sou o Número Quatro iniciou a saga e ganhou uma adaptação para os cinemas. Agora Unidos somos um (Intrínseca, 352 pp, R$ 39,90 – Trad.: Viviane Diniz) traz o desfecho da história em uma narrativa perfeita para os que gostam de ação e ficção científica. A guerra entre a Garde e os mogadorianos, que por tanto tempo ocorreu em segredo, tornou-se um conflito global. Agora, os humanos não só precisam lidar com a realidade de que alienígenas existem, mas também que terráqueos estão começando a manifestar poderes sobrenaturais. Além de adolescentes espalhados por todo o mundo que desenvolveram Legados, a Garde também vai poder contar com o reforço do Exército dos Estados Unidos, que conseguiu reunir uma equipe livre de agentes de infiltrados. Depois de perder as pessoas que mais amava nesse conflito, o Número Quatro não parece disposto a permitir que haja mais vítimas. E com um incrível poder recém-descoberto, John pode ser a arma mais forte contra os mogadorianos.