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PublishNews 21/11/2016
Estamos há 50 anos, distribuindo as melhores editoras, do mercado para as livrarias de todo o Brasil
Presente no mercado há mais de 35 anos, a Vitrola dedica-se à missão de propagar a cultura e o conhecimento através da edição e comercialização de livros.
A Catavento atua no mercado de distribuição de livros para todo o país.
PublishNews, Leonardo Neto, 21/11/2016

Ronald Schild, CEO da MVB, empresa alemã que desenvolveu a tecnologia do Books in Print | © André Fortes / DivulgaçãoDe acordo com dados da GfK, a Saraiva é dona de 25% do mercado varejista de livros no Brasil. Por isso mesmo, se tornou um território estratégico a ser conquistado pelas empresas que querem gerenciar metadados de livros no País. Atualmente, dois grupos polarizam essa disputa. De um lado, a plataforma alemã Books in Print Brasil, desenvolvida pela MVB, empresa coligada à Feira do Livro de Frankfurt em associação com a Câmara Brasileira do Livro (CBL), e, do outro, o MercadoEditorial.Org, iniciativa 100% nacional encabeçada por Eduardo Blucher. Em passagem pelo Brasil, durante a Bienal do Livro de São Paulo, Ronald Schild (na foto ao lado), CEO da MVB, chegou a dizer que vivia o dilema do ovo e da galinha: “livreiros esperam que os editores forneçam seus dados. Os editores, por outro lado, exigem que a plataforma tenha um grande número de livrarias cadastradas antes de fazer o input dos seus dados”. Pelo menos na concorrência pela Saraiva, a empresa alemã saiu na frente e acaba de fechar acordo com a varejista. Clique no Leia Mais e saiba mais sobre essa movimentação.

PublishNews, Leonardo Neto, 21/11/2016

Feira da USP chega à maioridade reunindo 166 editoras | © Marcos Santos / DivulgaçãoComeça nesta terça-feira (22), a 18ª edição da Festa do Livro da USP. Reconhecida como o “décimo terceiro das editoras”, graças ao seu potencial de vendas, a feira vai reunir 166 editoras dos mais diversos segmentos, que ocuparão três galpões que totalizam 3,6 mil m² na Cidade Universitária até a próxima sexta-feira (25). Todos os livros são ofertados com desconto mínimo de 50%. Participam do evento desde grandes grupos como Record e Companhia das Letras, até editoras iniciantes como a hoo, especializada em publicar livros de temática LGBT e de veteranas no mercado, mas estreantes na feira como a Dublinense. Um dos destaques da feira, no entanto, será uma ausência. A Cosac Naify, que atraía uma multidão que formava filas para comprar seus livros, não estará presente no evento. Clique no Leia Mais e veja outros destaques da Feira.

O Globo, Bruno Góes, 20/11/2016

A crise atinge com força o mercado editorial. A Livraria Cultura, uma das maiores do país, está atrasando o pagamento às editoras pelos livros que chegam ao seu estoque, noticiou Lauro Jardim em sua coluna n´O Globo. A Cultura diz "estar negociando prazos mais longos" com as editoras, pois os clientes também estão pedindo mais prazo para pagar.

Valor Econômico, Beth Koike, 21/11/2016

Com um endividamento bancário de cerca de € 1,6 bilhão, o grupo espanhol Prisa, dono do jornal "El País" e comandado por Juan Luis Cebrián, está vendendo seu principal negócio, a editora de livros Santillana Educación. Já está procurando possíveis interessados no Brasil. Uma das companhias sondadas é a Kroton, maior grupo de ensino superior privado do país e que atua em educação básica por meio do sistema de ensino Pitágoras, apurou o Valor Econômico. A Kroton, segundo fontes, analisou o ativo, mas não fez nenhum tipo de proposta. A Santillana não é considerada uma prioridade neste momento para a companhia que, atualmente, tem em andamento uma fusão com a Estácio. Entre os motivos que levaram a Prisa a procurar a líder do setor de ensino superior é porque a Kroton já disse publicamente que tem interesse em investir em educação básica. E também porque, a longo prazo, um dos caminhos para a Kroton diversificar o negócio seria internacionalizar a operação. A Santillana está presente em cerca de 25 países - praticamente toda América Latina, Portugal e Espanha, mas apenas com educação básica e não ensino superior. O Brasil é o principal mercado para a Santillana. Nos nove primeiros meses deste ano, a receita da área de educação da Prisa foi de € 446 milhões, queda de 6% em relação ao mesmo período de 2015. No país, a Santillana é dona da editora de livros didáticos Moderna, uma das duas maiores do mercado nacional. A empresa também tem sistemas de ensino usados por alunos de colégios privados e públicos.

O Glovo, Raphael Montes, 21/11/2016

Em sua coluna para O Globo desta semana, Raphael Montes decidiu falar sobre a primeira edição do LER – Salão Carioca do Livro. O evento começa nesta quinta-feira, dia 24, e vai até domingo, das 10h às 21h, no Boulevard Olímpico, com acesso gratuito ao público e com uma programação incrível em pleno Pier Mauá. “Por muito tempo, me perguntei por que o Rio de Janeiro não possuía qualquer evento forte voltado para a literatura, com debates literários pertinentes, interação com o público jovem, fazendo um movimento de aproximação do leitor com o mundo dos livros. Sem dúvida, a Bienal do Livro cumpriu esse papel por muito tempo, mas a distância física do evento — em geral, no Riocentro —, a periodicidade, o preço dos ingressos e a espetacularização de alguns lançamentos acabaram levando a Bienal do Livro para outros rumos, também válidos e essenciais para o cenário editorial, mas bem diferentes dos povoados pela minha imaginação. Finalmente, o LER parece querer entregar o evento literário que faltava ao Rio de Janeiro. Para isso, contará com espaços destinados a variados públicos, como o Era uma vez, voltado para crianças, com contação de histórias e atividades interativas; o Espaço geek e o Espaço jovem, para a galera antenada que acompanha youtubers e booktubers, e o Café do livro, com bate-papos e debates com autores contemporâneos. Nos espaços Auditório e Talk show literário, acontecerão as palestras mais voltadas a debates do mercado literário, aspectos da produção do livro, principalmente de pequenas e médias editoras. Por fim, alguns espaços inusitados, como o Sebo, para compra, venda e troca de livros usados (uma chance de renovar sua biblioteca), o Jardim literário, com declamação de poesias, e o Espaço de roteiro e dramaturgia com oficinas dedicadas à escrita de roteiro para TV e cinema”. Clique aqui para conferir o texto na íntegra.

PublishNews, Redação, 21/11/2016

A Amazon e o Facebook realizam nesta terça (22), das 14h às 18h, no cinema do Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Álvares Penteado, 112, Centro – São Paulo / SP) um workshop focado em explicar como o Facebook e o Instagram podem ser usados como ferramenta de divulgação de livros para autores independentes. A participação do Facebook contribuirá para que escritores empreendedores consigam adquirir mais conhecimento das ferramentas de marketing disponíveis e, assim, promover seus livros a partir da plataforma. Serão abordados conceitos que vão desde a necessidade de criação de uma página, em que é possível gerenciar relatórios de dados, com informação sobre o seu público, até conteúdo criativo e como fazer anúncios no Facebook e no Instagram. Além disso, o curso também apresentará como funciona o Kindle Direct Publishing (KDP), ferramenta de autopublicação da Amazon. Os interessados devem enviar nome completo e RG para o e-mail kdp-eventos@amazon.com. As vagas são limitadas.

O Estado de S. Paulo, Ansa Flash, 18/11/2016

O músico norte-americano Bob Dylan deverá receber seu prêmio Nobel de Literatura na Suécia no ano que vem, informou a Academia Sueca nesta sexta-feira (18). A secretária permanente da entidade, Sara Danius, informou em entrevista à rádio pública de seu país que o artista fará um show em Estocolmo em 2017 e que essa será "uma ótima ocasião" para render-lhe a homenagem. Na quarta-feira (16), a Academia informou que Dylan não iria receber o prêmio durante a cerimônia oficial do dia 10 de dezembro por ter "compromissos" já assumidos para a data. Com isso, segundo as regras da premiação, ele tem seis meses para "retirar" o prêmio publicamente. Desde que foi anunciado como vencedor, no dia 13 de outubro, o músico não se mostrou muito à vontade com o Nobel. Ele não foi localizado pela Academia por telefone, para fazer a comunicação formal, e só reconheceu a vitória em uma entrevista a um jornal no dia 28 daquele mês. A notícia é de Ansa Flash.

O Estado de S. Paulo, Antonio Gonçalves Filho, 18/11/2016

As mulheres são as grandes vencedoras do prêmio literário da Biblioteca Nacional deste ano, dominando três categorias: conto (Marta Barcellos, por Antes que seque), poesia (Adélia Prado, por Poesia reunida) e romance (Sheyla Smanioto, por Desterro). Coincidentemente, as três autoras foram publicadas pela mesma editora, Record. Os vencedores das nove categorias do Prêmio Literário da Biblioteca Nacional 2016 foram anunciados na última sexta (18) pela Fundação Biblioteca Nacional. Eles vão receber R$ 30 mil (cada categoria) no dia 12 dezembro, em cerimônia a ser realizada na Biblioteca Nacional. Além das autoras citadas, foram também contemplados com o prêmio o escritor Murilo Marcondes de Moura (na categoria ensaio, por O mundo sitiado: a poesia brasileira e a Segunda Guerra Mundial), Douglas Attila Marceklino (categoria ensaio social, por O corpo da Nova República: funerais presidenciais, representação histórica e imaginário político), Eliando Rocha (na categoria literatura infantil, por Roupa de brincar), Érica Bombardi (na categoria literatura juvenil, por Canto do Uirapuru), Raquel Matsushita (categoria projeto gráfico, pela coleção Pedro fugiu de casa) e José Roberto Andrade Féres (pela tradução de O sumiço, publicado pela editora Autêntica). O prêmio da Biblioteca Nacional é realizado anualmente desde 1994. A informação é do Estadão.

“Os pensamentos voam e as palavras vão a pé. Eis o grande drama do escritor.”
Julien Green
Escritor francês (1900-1998)
1.
Harry Potter e a criança amaldiçoada
2.
O homem mais inteligente da história
3.
Não se enrola, não
4.
Diário de um banana - Vai ou racha
5.
Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares
6.
O diário de Larissa Manoela
7.
Rita Lee - uma autobiografia
8.
Novos caminhos, novas escolhas
9.
A garota no trem
10.
Por que fazemos o que fazemos?
 
O Estado de S. Paulo, Fábio Grellet, 19/11/2016

Depois de pedir demissão do Ministério da Cultura e denunciar o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) por pressionar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para que autorizasse a construção de um condomínio com altura acima do permitido em Salvador, o diplomata Marcelo Calero afirmou que não deseja a ninguém “estar diante de uma pressão política, claramente um caso de corrupção” como ele afirma ter estado. “Perco o cargo, mas não perco a cabeça. Esse mundo (do poder em Brasília) é muito diferente, é rotina estar num nível de milhões, a gente vai até perdendo a noção de normalidade das coisas", contou Calero, que disse ter narrado ao presidente Michel Temer (PMDB) no último dia 17 a pressão que sofria. "Ele falou: 'Mas o presidente sou eu, não o Geddel'. Só que eu percebi que a pressão ia continuar, então preferi sair. Já inventaram várias versões, culparam até a Vaquejada (pela saída do Ministério), mas saio de cabeça erguida porque sei exatamente o que aconteceu", afirmou.

O Estado de S. Paulo, Andreza Matais e Mariana Diegas, 18/11/2016

O novo ministro da Cultura, Roberto Freire (PPS-SP), disse que vai adotar no comando da pasta o mesmo tom de diálogo que vem sendo mantido pelo governo do presidente Michel Temer. Ele disse que vai analisar todas as medidas tomadas por seu antecessor, Marcelo Calero, que deixou o cargo na última sexta-feira (18), e pode manter várias delas. “Antes, tudo o que estivesse lá não iria continuar. Agora é diferente, porque estou pegando um ministério que já é parte deste atual governo”, disse. Freire chegou a ser convidado para assumir a pasta assim que Temer assumiu o governo em definitivo, mas a nomeação não foi à frente diante da discussão sobre a redução de ministérios na Esplanada. A pasta da Cultura foi agregada à da Educação, o que gerou protestos do meio artístico. A vaga, então, ficou com o indicado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB). “Temer me telefonou hoje e disse que estava renovando o convite que tinha feito lá atrás”, contou Freire. “O governo Temer é de ponderação, de diálogo. Eu entrarei no mesmo diapasão”.

O Globo, Cleo Guimarães, coluna Gente Boa, 19/11/2016

A coluna Gente Boa, d´O Globo, adiantou que a Lava-Jato vai ser tema de um livro escrito por Carlos Graieb e Ana Maria Santos. Os bastidores da Operação vão ser contados, de forma romanceada, sob o ponto de vista da Polícia Federal. “É o ângulo mais interessante para observar a Lava-Jato. O mais quente e dinâmico”, diz Carlos Andreazza, da editora Record, que publicará o livro.

O Estado de S. Paulo, Ubiratan Brasil e Guilherme Sobota, Babel, 18/11/2016

Romancista premiada, autora de seis romances e textos para jovens, Maria José Silveira vai lançar seu primeiro livro de contos. Felizes poucos contém 11 histórias curtas que tratam de diversos momentos dos 21 anos de ditadura militar no Brasil e já pode ser adquirido em edição digital – a impressa é sob demanda e pode ser adquirida pelo e-mail serra.dourada.jaragua@gmail.com. O preço é R$ 30, além do valor do frete. A informação é da coluna da Babel.

O Estado de S. Paulo, Ubiratan Brasil e Guilherme Sobota, Babel, 18/11/2016

Autora de romances de época, Babi A. Sette assinou contrato com a Verus, do Grupo Record, para lançar dois livros a partir do ano que vem. No segundo semestre de 2017, deverá ser lançado Não me esqueças e, no início de 2018, deverá chegar às prateleiras o new adult Senhorita Aurora. A obra Não me esqueças é uma releitura do clássico A Bela e a Fera com cenários da antiga Europa.

O Globo, Redação, 19/11/2016

Divulgado no último dia 11, o Prêmio Jabuti 2016 causou surpresa, pelo menos na categoria “Contos e Crônicas”. Ainda pouco conhecida, a escritora gaúcha Natalia Borges Polesso, de 35 anos, derrotou nomes como Rubem Fonseca, Luis Fernando Verissimo, Luiz Eduardo Soares e Antonio Carlos Viana. Nem mesmo a própria autora, que foi recompensada por seu segundo livro de contos, Amora (Não Editora), imaginava que iria vencer. “Conhecendo o trabalho das escritoras e dos escritores que figuravam entre os finalistas, pensei que ali entre os dez já estava a minha imensa alegria e comemoração”, conta Natalia, em entrevista por e-mail ao jornal O Globo. “Quando saiu o resultado demorei alguns minutos para entender”. Natalia publicou a sua primeira coletânea de contos, Recortes para álbum de fotografias sem gente (Modelo de Nuvem), em 2013 — um projeto inaugural e “um tanto cru em termos de técnica”, como ela mesmo define, que juntava vários recortes em prosa poética. Depois de um livro de poemas (Coração na corda), veio Amora, uma obra mais pensada. A ideia era trabalhar com protagonistas lésbicas, falando sobre relações de afeto, mas não de maneira erótica. Para conferir a entrevista completa clique aqui.

O Globo, Arnaldo Bloch, 20/11/2016

Quando analisada fora do âmbito da psiquiatria ou mesmo da psicanálise, a loucura, livre dos grilhões da ciência, é um estado mental e sociocultural muito mais comum e “generoso” do que se imagina, e independe de um diagnóstico médico. Partindo da meshugá — termo que designa a loucura judaica dentro do próprio imaginário do povo de Moisés, e todas as crenças e falácias que vêm junto —, o mineiro e judeu Jacques Fux, de 39 anos (vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura em 2013 pelo livro Antiterapias) reúne, em novo trabalho, uma galeria de personagens vistos como loucos. Não pela obra que legaram, em geral grandiosa, mas por suas condutas na vida pessoal. Em vez de julgá-los ou simplesmente juntar obra e relatos, Fux, numa mistura de biografia, ficção e exercício pseudoterapêutico, desgarra-se de si próprio para “entrar” na cabeça dessas torturadas figuras da História. Nesse trem de loucos reunidos em Meshugá — Um romance sobre a loucura (Editora José Olympio) viajam figuras como Woody Allen com os motivos mais íntimos de sua escandalosa vida familiar; Bobby Fischer, o gênio americano do xadrez, com a gênese ancestral de sua paranoia furiosa; as torturas psicológicas sofridas por Ron Jeremy, o judeu baixinho, barrigudo e narigudo que revolucionou a indústria pornô com seu falo gigantesco e infalível, e o paradoxo de sua solidão; a pensadora Sarah Kofman com a memória de suas duas mães. Estudioso de matemática, esportes e literatura, meio discípulo do Portnoy de Philip Roth (um de seus livros se chama “Brochadas: confissões sexuais de um jovem escritor”) e viajante compulsivo, Fux mostra um pouco de seu rebuliço intelectual em entrevista ao O Globo, em que especula sobre o caráter da loucura contemporânea: um mundo em que o outro é cada vez mais o louco que o eu tem em si, e teme encarar. Isso na era em que se deveria estar celebrando o triunfo da razão. A entrevista completa você confere clicando aqui.

O Globo, Leonardo Cazes, 20/11/2016

O navegador Amyr Klink não gosta de histórias de sucesso. O homem que atravessou o Atlântico Sul num barco a remo, encarou o inverno antártico e fez a circunavegação polar pelo caminho mais difícil — as duas primeiras missões, sozinho — prefere aquelas que terminaram em fracassos retumbantes. Para ele, aprender com o sucesso é óbvio, mas as lições dos fracassos são muito mais enriquecedoras. No livro Não há tempo a perder (Foz / Tordesilhas), em depoimento à editora Isa Pessoa, Klink revê sua trajetória e revela fracassos e frustrações de seus audaciosos projetos, que deram origem às obras Cem dias entre céu e mar, Paratii e Mar sem fim (todas da Companhia das Letras). Das páginas de Não há tempo a perder emerge um navegador meticuloso, atento a todos os detalhes, obsessivo no planejamento de suas travessias, do rascunho da embarcação na prancheta até o dia de entrar na água. Ao mesmo tempo, suas histórias são atravessadas por obstáculos imprevistos, alguns decisivos para o destino dos empreendimentos.

O Globo, Guilherme Amado, 20/11/2016

Um Pedro II alto e louro aproveita a anual "fala do trono" para anunciar ao povo a chegada da futura mulher, a napolitana Teresa Cristina, e expressar preocupação com as finanças e o ensino no Brasil. Embora temas atuais, a cena é de janeiro de 1843 e Histórias da gente brasileira — Império (LeYa), em que a historiadora Mary Del Priore escreve sobre o cotidiano do brasileiro ao longo da História. Sai esta semana. A informação é da coluna de Lauro Jardim.

O Estado de S. Paulo, Ubiratan Brasil e Guilherme Sobota, Babel, 18/11/2016

Em março de 2017, a editora Iluminuras lançará dois novos livros de Sérgio Medeiros: A idolatria poética ou a febre de imagens, com poemas em prosa apresentados pelo crítico e professor norte-americano Malcom McNee, que tem se dedicado ao estudo da sua poesia; e As emas do General Stroessner, com três peças contra as ditaduras latino-americanas apresentadas pelo professor Fábio de Souza Andrade, especialista em Samuel Beckett. Os dois livros sairão juntos porque o primeiro anuncia o segundo e ambos adotam o diálogo como forma de expressão – o primeiro é mais imagético e o segundo, satírico ao mostrar o encontro de dois generais, o brasileiro Emílio Garrastazu Médici e o paraguaio Alfredo Stroessner, no meio de uma ponte ainda não inaugurada. Lá, são acossados por estranhas aves que querem lhes comer os olhos e também as insígnias. A informação é da coluna da Babel.

O Globo, Leonardo Cazes, 19/11/2016

“Aos dezesseis anos, matei meu professor de Lógica. Invocando a legítima defesa — e qual defesa seria mais legítima? —, logrei ser absolvido por cinco votos contra dois e fui morar sob uma ponte do Sena, embora nunca tenha estado em Paris”. A abertura do romance A lua vem da Ásia, de Campos de Carvalho, é um cruzado no queixo do leitor e, 60 anos após seu lançamento, mantém a mesma força. Depois de passar duas décadas fora de catálogo, o livro ganha nova edição pela Autêntica. A editora vai relançar todas as obras do escritor mineiro, que teria feito 100 anos no dia 1º deste mês. Narrado em primeira pessoa, A lua vem da Ásia traz as memórias de Astrogildo, um homem que vive num misto de hotel de luxo, campo de concentração e hospício — dependendo do dia. O local é habitado por personagens tão curiosos quanto o próprio protagonista, que foi coveiro na Bolívia e comerciante de diamantes falsos no Congo, entre outras coisas. Recheado de frases desconcertantes, o romance é uma costura sofisticada de nonsense, surrealismo e humor. Características também presentes nos romances Vaca do nariz sutil, de 1961, A chuva imóvel, de 1963, e O púcaro búlgaro, de 1964.

 
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