Datas comemorativas sempre impactam a lista, e, embora nessa semana a lista infantojuvenil tenha vendido mais que na semana anterior, na comparação com o mesmo período do ano anterior, apresentou uma queda de quase 45% no total das vendas. Em 2015, a lista infantojuvenil desse período (primeira lista logo após o Dia das crianças) teve um total de vendas de 46.197. Em 2016, no mesmo período, o total foi de 25.979 exemplares. Foi o pior resultado desde 2012, quando a lista infantojuvenil da semana registrou 16.196 exemplares no total. Apesar da queda, o livro mais vendido da semana continua sendo um infantojuvenil: O diário de Larissa Manoela (HarperCollins Brasil), que subiu o número de vendas da última semana, saindo de 5.022 para 6.866. O livro já vendeu 126.812 exemplares em 2016 e está na vice-liderança da lista anual infantojuvenil. Em primeiro lugar, com menos de 4 mil exemplares de diferença, está AuthenticGames (Astral Cultural) com 130.522 exemplares vendidos. O destaque dessa semana foi a editora Gente que colocou dois lançamentos nos lugares mais altos. Na lista de negócios, Incansáveis vendeu 1.302 exemplares e foi direto para o primeiro lugar. Em autoajuda, Fator de enriquecimento, de Paulo Vieira, ficou na vice-liderança com 2.461. Paulo Vieira também é autor do best-seller O poder da ação (Gente) que, nessa semana, ficou em oitavo na lista de autoajuda, com 1.072. O poder da ação já vendeu 82.450 exemplares em 2016 e está em quarto lugar na lista anual de autoajuda. Clique no Leia Mais e veja outros destaques da lista de mais vendidos.

A maior feira de livros do mundo acontece na Alemanha na próxima semana e o PublishNews é orgulhosamente um dos parceiros de mídia. É difícil descrever com fidelidade o gigantismo da Feira do Livro de Frankfurt, e a grande verdade é que só entende quem já foi e viu. Além das reuniões de negócios de tradicionalmente meia hora, o evento frankfurtiano traz uma quantidade quase infinita de seminários, palestras, lançamentos, coquetéis e outros eventos profissionais. Para ter uma ideia do volume de atividades, basta olhar o Calendário de Eventos no site da Feira. Diante de tantas opções, é até difícil escolher o que fazer. Por isso resolvi usar minha coluna para indicar um evento específico, que para mim é o melhor de Frankfurt. Trata-se do International Supply Chain Seminar, organizado pela EDItEUR, que já está em sua 38a. edição e acontece na tarde da terça-feira, 18/10, antes da abertura da Feira. Clique no Leia Mais para descobrir outras dicas de Carlo Carrenho.

Dizem que os amantes de livros nunca vão para cama sozinhos... Ou simplesmente não vão para cama... Essa é a proposta do Book Night, que vai agitar a região próxima da estação central de Frankfurt na noite do último sábado (22) da feira. A partir das 18h, bares e restaurantes que ficam entre as ruas Niddastraße e Münchener Straße, próximas da Frankfurt Bahnhof, receberão uma programação especial para os participantes da Feira. O restaurante Chez IMA, que fica dentro do 25hours Hotel by Levi´s (Niddastraße, 58), vai oferecer uma culinária fusion oriental e muito funk e soul com o DJ Sherm. O eatDOORI (Kaiserstraße, 55) terá um menu especial para feira e o Club Michel´s (Münchener Straße, 12) preparou um cardápio especial com pratos típicos dos Flandres e da Holanda, os homenageados desta edição da feira, e no Plank (Elbestraße, 15), os visitantes terão um drink surpresa. A programação completa do Book Night estará disponível em um livreto que poderá ser encontrado nos portões de entrada da feira.

Presente há algumas semanas na lista de mais vendidos, o livro Princesa das águas, de Paula Pimenta, será lançado em Portugal. A editora Presença comprou os direitos dos três livros da autora, publicados no Brasil pela Galera Record e que integram a série Princesas: Cinderela pop e Princesa adormecida. Nestas obras, Paula dá um olhar contemporâneo e adolescente aos clássicos contos de fadas. Nas tramas, por exemplo, Cinderela é uma DJ e a Pequena Sereia é uma nadadora prestes a disputar os Jogos Olímpicos.

Psiquiatra, psicanalista e autor de mais de 30 livros, Flávio Gikovate morreu, aos 73 anos, na última quinta-feira. Ele estava internado em um hospital de São Paulo para tratar de um câncer. A doença tinha sido descoberta em março passado. Assuntos como sexo, amor e vida conjugal eram temas recorrentes em seus livros. No seu último livro – Para ser feliz no amor (MG / Summus), Gikovate voltou a esses temas para analisar os aspectos que prejudicam os relacionamentos, como ciúmes, medo e vontade de mudar o parceiro. Um dos projetos do psiquiatra – No divã do Gikovate – reunia centenas de pessoas no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura, em SP, para debater temas relacionados à psicanálise. Os encontros iam ao ar na Rádio CBN.

Acontece neste sábado (15), entre 10h e 18h, a quarta edição Feira de Livros sobre Resistência. Além de sessões de autógrafos com autores como Audálio Dantas, Paulo Moreira Leite, Palmério Dória, José Paulo Florenzano e Adriano Digo, livros sobre o tema estarão à venda com descontos de até 35%. Com o objetivo de ampliar a divulgação da produção literária de obras com foco na resistência a regimes autoritários tanto no Brasil quanto no exterior e na defesa dos direitos humanos, a feira vai reunir editoras como Fundação Perseu Abramo, Expressão Popular, Boitempo, Fundação Maurício Grabois, Alameda, Geração, IIEP, Intermeios, Cortez, Grupo Autêntica, Alfaomega, Editora Unesp e Record. O evento acontece no Memorial da Resistência (Largo General Osório, 66 – Luz – São Paulo / SP), com entrada franca.

Neste sábado (15), das 17h às 20h, o escritor Marcelo Rubens Paiva (foto) e o músico Clemente Nascimento estarão na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915, Pinheiros - São Paulo / SP) para lançar e autografar o livro Meninos em fúria – o começo do fim (Alfaguara). Um livro que se lê como um romance, mas onde tudo é estritamente real, que fala não só do movimento punk e da sublevação da periferia, mas também da abertura política brasileira, da fúria e do desencanto dos anos 1980. O evento é gratuito.

A autora e ilustradora Eva Furnari estará na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915, Pinheiros – São Paulo / SP) neste sábado (15) para autografar seu novo livro infantil Drufs. As crianças que aparecerem na loja serão convidados a participar da Oficina de Dedoches (fantoches de dedos, inspirados nos personagens do livro), e produzir e personalizar seus próprios fantoche. A atividade começa às 15h e terá duração de meia hora. Na sequência, a partir das 15h30, Eva Furnari estará de prontidão para conhecer os fãs por meio de uma sessão de autógrafos e de fotos.

Logo mais, às 20h, o Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195 – São Paulo / SP) recebe mais uma edição do Sarau da Margem, que propõe um encontro entre poetas, artistas e anônimos no qual ocorrem conversas, leitores, intervenções e improvisos sobre assuntos como intolerância e potencialidades. Na edição de hoje, estarão presentes as cantoras Xênia França e Lurdez da Luz e a dramaturga e diretora Cláudia Shapira. A mediação fica por conta da atriz e slammer Roberta Estrela D'Alva. O encontro é gratuito e acontece na Praça da Unidade.

A premiada autora finlandesa Rosa Liksom está de passagem pelo Brasil e tem em sua agenda um evento marcado para logo mais. Além de escritora, Rosa também é artista plástica e fotógrafa e atualmente está com duas exibições em Santos, no litoral paulista, uma de fotos e outra de pinturas. Nesta sexta-feira (14), às 18h30, Rosa Liksom dará um Workshop de arte e logo em seguida participará de um bate-papo sobre Literatura e os seus livros na livraria Realejo Livros (Av. Mal. Deodoro, 2 - Santos / SP). Mais conhecida por seu trabalho como escritora, tendo seus livros traduzidos em mais de 20 idiomas e ainda inédita no Brasil, Liksom aproveita sua vinda ao Brasil para encontrar alguma editora disposta a lançar seu principal livro, Cabine nº 6. O evento em Santos é gratuito. Por aqui, ela é representada pela Vikings of Brazil.

Terra do Papai Noel, de lindas mulheres loiras, paraíso democrático, igualitário, rico: é assim que se costuma pensar sobre a Escandinávia. Até que ponto essas afirmações são verdadeiras? Em Os escandinavos (Contexto, 240 pp, R$ 45), do diplomata brasileiro Paulo Guimarães, casado com uma nórdica e com vivência nos países escandinavos, empresta para o leitor brasileiro seu olhar de quem conhece de dentro essa cultura. Os nórdicos possuem uma herança cultural comum – feita de lendas, costumes, religiosidade luterana, vocação marítima e da experiência dos rigores do clima – que confere certa uniformidade. Mas ela é temperada por variações locais. A verdade é que, vistos de mais perto, os escandinavos não são todos iguais. Há uma diversidade de tipos físicos, de idiomas e de hábitos culturais por trás da unidade histórica e climática.

Discussões contemporâneas sobre trabalho escravo: teoria e pesquisa (Mauad X, 480 pp, R$ 68,80), é fruto do trabalho desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo (GPTEC), e organizado por Ricardo Rezende Figueira, Adonia Antunes Prado e Edna Maria Galvão. Os tópicos abordados nos diversos textos produzidos pelo grupo, divididos em seis seções temáticas, vão dos aspectos jurídicos da definição brasileira de trabalho forçado, passando pelos migrantes bolivianos escravizados no Brasil, pela especificidade do trabalho escravo nas áreas rurais, à questão da terceirização, entre muitos outros aspectos importantes para o entendimento desse que é o mais terrível efeito colateral do capitalismo. Um livro fundamental para qualquer pessoa que se interesse por entender o porquê de, em pleno século XXI, ainda haver no mundo 21 milhões de homens, mulheres e crianças submetidos ao suplício da escravidão.

A última catástrofe (FGV, 344 pp, R$ 49), livro do professor e pesquisador Henry Rousso, enfrenta com maestria suspeitas e objeções, abertas ou veladas, que a história do tempo presente vem despertando, mostrando que a questão da contemporaneidade não é nova. A história do tempo presente é uma história como as outras? Quais são os marcos cronológicos que a delimitam? Como a história do tempo presente pode lidar com as demandas memoriais e garantir seu compromisso com as regras do ofício do historiador? Por que a história dos períodos recentes que enfrentou tantas resistências vem conquistando uma grande visibilidade tanto na esfera universitária quanto no espaço público? Henry busca responder a essas questões tomando as seguintes diretrizes: 'a história já não se caracteriza por tradições a respeitar, por heranças a transmitir, por mortos a celebrar, mas antes, por problemas a gerir mediante um constante trabalho de crítica’.

A revolução americana já seria das mais importantes da história mundial apenas pelo que representa para o estabelecimento e difusão dos valores da liberdade individual e do Estado de Direito. No entanto, comparada às revoluções francesa e russa, é de longe a menos conhecida no Brasil. O grande experimento (Record, 238 pp, R$ 39,90), escrito pelo brasileiro Marcel Novaes, muda tal estado das coisas ao apresentar, de forma acessível e com bom humor, o fascinante desenrolar da criação dos EUA. Mais do que relativamente a qualquer outra nação, o que os EUA são hoje pode ser entendido, com saborosa clareza, a partir da compreensão do período de luta até a declaração de independência, em 1776, e dos anos de guerra para consolidá­-la.

A história do Brasil para quem tem pressa (Valentina, 200 pp, R$ 29,90), de Marcos Costa, faz uma digressão sobre a história do país para tentar compreender o tempo presente e responder a algumas questões essenciais como: Por que, do ponto de vista político, o Brasil ainda é um país muito frágil?; Por que a nossa imensa riqueza natural não se reverte em um estado de bem-estar social universal?; O que estava por trás da viagem que trouxe Cabral ao Brasil?; Por que fomos a última nação do mundo ocidental a abolir de forma oficial o trabalho escravo?. Além de responder a essas perguntas, Marcos Costa trata também de outros temas essenciais da nossa história: os verdadeiros milagres brasileiros -- a cana-de-açúcar, o café e o ouro; a abdicação de D. Pedro I; a Guerra do Paraguai; o papel de D. Pedro II e da Princesa Isabel no cenário da futura República; a República do Café com Leite; a Inconfidência Mineira; a Revolução de 1930; o Estado Novo; a morte de Getúlio; a ascensão de JK; Jango e o golpe militar de 1964; o milagre econômico; o movimento das Diretas Já; FHC e o Plano Real; Lula e o PT no poder.