Um e-mail enviado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) encheu muitos editores de esperanças. A mensagem fala sobre um possível renascimento do PNAIC (Programa Nacional Alfabetização na Idade Certa), que na sua última edição, em 2013, comprou mais de 10 milhões de exemplares, beneficiando 8 milhões de alunos e totalizando um investimento de R$ 38,2 milhões só na aquisição de livros. Em agosto do ano passado, em uma reunião com editores e representantes de entidades do livro, o então secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC) disse que havia uma chance pequena, de 30%, de o programa sair do papel. Àquela altura, as obras já tinham sido avaliadas, selecionadas e até arroladas no Diário Oficial da União. Com a demora (o resultado do programa saiu em novembro de 2014), muitos editores já davam esta edição do PNAIC como morto. No entanto, o e-mail, que começou a ser enviado aos editores nesta quinta-feira (29), diz que há uma “previsão de aquisição dos materiais aprovados para o PNLD PNAIC” e pede que os editores verifiquem a sua situação e atualização de dados no sistema de compras governamentais, o SICAF. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra desta nota.

Na lista de ficção dessa semana, três autores emplacaram quatro títulos cada: Ransom Riggs, Jojo Moyes e Audrey Carlan. Apesar desse empate, o primeiro lugar da lista ficou com Riggs e o seu Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares (LeYa), com 3.073 exemplares vendidos. Os outros dois livros da série -- Cidade dos etéreos e Biblioteca das almas, publicados pela Intrínseca -- ficaram em quarto e quinto lugares, respectivamente. Além desses que já são sucesso há alguns meses, nessa semana estreou na lista Contos peculiares (Intrínseca), que vendeu 782 e ocupa a 15ª posição. Jojo Moyes também não deixou por menos, além dos best-sellers Como eu era antes de você (2º lugar na lista), Depois de você (3º) e A última carta de amor (9º), também emplacou o novo título Nada mais a perder (18º), todos da Intrínseca. Com isso, a Intrínseca emplacou nove títulos na lista de ficção e ficou em segundo lugar no ranking geral das editoras. Para completar a lista de mais vendidos da lista de ficção, Audrey Carlan, com a série A garota do calendário (Verus / Record), também emplacou quatro títulos que venderam juntos 3.552 exemplares. Clique no Leia Mais e veja outros destaques da lista de mais vendidos dessa semana.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) começou, nesta quinta-feira (29), o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 330.817, que trata da extensão da imunidade tributária, garantida pela Constituição Federal a livros, jornais, periódicos e ao papel de impressão, aos livros eletrônicos. Na sessão inicial, foram ouvidos o advogado da empresa recorrida, Elfez Edição Comércio e Serviços Ltda., os advogados do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), da Associação Nacional dos Editores de Revistas (ANER) e a Procuradoria da Fazenda Nacional. O relator, ministro Dias Toffoli, antecipou que seu voto, a ser lido na próxima sessão, será favorável à extensão aos livros digitais da imunidade já garantida pela Constituição Federal aos livros impressos. Clique no Leia Mais e saiba como foi a primeira sessão do julgamento.

Semana passada (entre 19 e 24) aconteceu no Rio de Janeiro o XV Encontro da Abralic – Associação Brasileira de Literatura Comparada, no campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O Itaú Cultural contribuiu para a realização de várias mesas e pela presença de visitantes nacionais e internacionais. Aliás, a galeria de ilustres participantes no evento é muito significativa, tanto da área acadêmica como de escritores, como se pode ver na fanpage do evento no Facebook. A mesa da qual participei, na tarde do dia 22, centrou-se precisamente no programa Conexões Itaú Cultural: Literatura Brasileira no Exterior, do qual sou um dos curadores, juntamente com o prof. João Cezar, e contou com a presença do escritor Luiz Rufatto, da prof. Laura Erber (UNIRIO) e foi mediada pela prof. Rita Palmeira (Conexões Itaú Cultural). [Nota do editor: a partir da sua participação no evento, Felipe Lindoso fala uma possível "República Mundial das Letras" e conclui: sem os tradutores, o livro não viaja; sem editores, não se atualiza e permanece. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra da coluna].

A Globo Livros prepara a edição brasileira do livro de Virginia Vallejo, jornalista colombiana que foi amante de Pablo Escobar entre os anos de 1983 e 1987. Sob o título Amando a Pablo, odiando a Escobar, a obra releva histórias dos bastidores do cartel e segredos de um dos maiores narcotraficantes de todos os tempos. Morto em 1993, aos 44 anos de idade, Escobar se tornou um dos homens mais ricos do mundo devido ao comércio de cocaína nos Estados Unidos e outros países. Com grande repercussão mundial após o lançamento em 2007, as histórias contadas por Vallejo renderão um longa produzido pelo francês Luc Besson e protagonizado pelo casal Penélope Cruz e Javier Bardem. As gravações devem começar no início de 2017. Instigantes até hoje para o público, as façanhas de Escobar estão no ar na série Narcos, produzida e transmitida pela Netflix, cuja 2ª temporada estreou no dia 2 de setembro.

Depois de terem vindo ao Brasil para vários eventos como a Bienal Internacional do Livro e um bate-papo no Blogs de Letras, as autoras Jen Sterling e Tarryn Fisher fecharam novos contratos com a Faro Editorial. Fuck love, de Tarryn, e Dear heart, I hate you, de Jenn, tratam de um tema comum: os desencontros nos relacionamentos amorosos. Segundo Pedro Almeida, publisher da Faro e colunista do PublishNews, as autoras ficaram felizes com o novo negócio já que “uma a cada três perguntas que receberam de seus leitores foi sobre a publicação em português de novos livros”. As obras têm lançamento previsto para o segundo semestre de 2017.

Autor de seis best-sellers internacionais como O código Da Vinci, Inferno, O símbolo perdido e Anjos e Demônios, Dan Brown prepara mais um livro para o ano que vem. No novo romance de nome Origem, Brown entrelaça códigos, ciência, religião, história, arte e arquitetura e coloca o simbologista Robert Langdon, da Universidade de Harvard, em mais um interessante mistério que ele terá que resolver. Lá fora o livro já tem data de lançamento definida, dia 26 de setembro de 2017, já no Brasil, a Sextante, que publicou outros livros do autor, não confirmou que publicará o novo título.

Com mais de 140 mil livros vendidos, Frederico Elboni, autor de Um sorriso ou dois e Meu universo particular, protagoniza a nova campanha da Editora Benvirá (Somos) nas estações de metrô de São Paulo. O autor do blog Entenda os homens lançou recentemente o livro Só a gente sabe o que sente (168 pp R$ 24,90), que atualmente é destaque em painéis com realidade aumentada nas estações: Palmeiras Barra Funda, Brigadeiro, Consolação, Paraíso, Santa Cruz, Tatuapé e Trianon-MASP. Para interagir com o painel é necessário baixar o aplicativo Zappar, posicionar a câmera e descobrir a surpresa.

A Elsevier, editora especializada na área técnico-científica, anunciou parceria com a Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) para a produção de materiais especializados, em formato impresso e digital, para a sua base de associados. O acordo visa à ampliação de portfólio de lançamentos na área de atuação da ABM, que atua no intercâmbio de conhecimento técnico-científico. Quanto ao lançamento de livros, a parceria também beneficia autores brasileiros e associados da ABM que poderão ter um alcance de público maior, agregando valor aos seus currículos. Os primeiros lançamentos chegam em 2017 e contarão com o selo de qualidade da ABM.

Depois de anunciar a criação de um selo jurídico, a Trevisan Editora expande seu portfólio e, agora, também atua na publicação de livros sob demanda para instituições que querem conteúdos personalizados. O modelo, que funciona bem para consultores e palestrantes, poderá ter suas novas edições personalizadas com a inserção do logo da empresa na capa do livro e texto institucional, se for do interesse do cliente. A tiragem também poderá ser definida de acordo com a necessidade, parte da estratégia para evitar o encalhe e o gasto com impressões grandiosas. Os livros serão entregues diretamente para as empresas trabalharem na sua rede de relacionamento, com colaboradores e clientes.

Inspirado no prólogo do livro Gracias por el fuego, do uruguaio Mario Benedetti (1920-2009), o espetáculo Naturaleza muerta, do Grupo XIX de Teatro, estreia no dia 8 de outubro, às 20h, no Armazém XIX (Rua Mário Costa, 13 – Vila Maria Zélia – São Paulo / SP). Ambientada em um restaurante fora do país, quatro mulheres se encontram enclausuradas em um local decadente sem que se saiba por qual motivo, simplesmente não saem pela porta da frente. Na obra de Benedetti, 15 uruguaios, parte deles desconhecidos entre si, jantam num restaurante latino na 5ª Avenida, em Nova York. Enquanto conversam, valorizam a cultura europeia e norte-americana sempre aliada em detrimento da sua própria cultura e de seus desconhecidos vizinhos latinos. A temporada vai até o dia 30 de outubro, com sessões gratuitas aos sábados, domingos e segundas-feiras, às 20h.

Em Sombras da água (Companhia das Letras, 160 pp, R$ 44,90), o autor moçambicano Mia Couto retoma a história de Mulheres de cinzas, romance histórico encenado à época em que o Sul de Moçambique era governado por Ngungunyane, o último grande líder do Estado de Gaza, em fins do século XIX. Ferido, o sargento português Germano de Melo é levado ao único hospital de Gaza, sob os cuidados de Imani, sua amada e responsável pelo tiro que lhe esfacelou as mãos, do pai e do irmão da garota africana e de uma amiga italiana. Nesta jornada, eles encontrarão outros percalços e personagens memoráveis — característicos das obras de Mia Couto. Alternando as vozes de Imani e Germano, o escritor apresenta duas visões de mundo diferentes, porém inevitavelmente envolvidas nesta trama.

Pequeno mundo antigo (Carambaia, 460 pp, R$99,90 – Trad.: Ivone Benedetti), considerada a obra-prima do escritor italiano Antonio Fogazzaro (1842-1911), tem os habitantes de Valsolda no centro de narrativa que explora as transformações vividas pelos habitantes da região no período das guerras nacionalistas contra os austríacos. No primeiro plano do romance, de 1895, está a história do amor proibido entre Franco Maironi, jovem católico de ideias liberais, membro de uma família nobre importante da região, e Luisa Rigey, plebeia e agnóstica. Os dois lutam para se casar, enfrentando a oposição da avó do rapaz, a marquesa Orsola. O livro os acompanha fatos ocorridos entre 1848, quando a península Itálica ainda vivia os efeitos da derrota de sua primeira tentativa de independência do domínio austríaco, e 1859, data do início da segunda guerra, que resultaria na criação do reino da Itália, em 1861. Fogazzaro revela ao leitor as entranhas dessa província no norte da Península Itálica, descrevendo os dialetos, modos, gestos, paisagens, hábitos e histórias de vida de seus moradores, que entram aos poucos no texto.

Diário de um ladrão de oxigênio (Intrínseca, 160 pp, R$ 29,90 – Trad.: Alexandre Martins), escrito por alguém que preferiu se manter no anonimato, traz a confissão de um homem paranoico, dependente de álcool, drogas e de abusar emocionalmente de suas parceiras que um dia leva o troco. E é exatamente o que acontece. Com um texto direto, engraçado e extremamente realista, o narrador que divaga sobre a própria tragédia em busca de expiação fala na verdade de qualquer um de nós, de tudo o que fazemos e a que nos sujeitamos para suprir vazios que nem mesmo entendemos. Quem já que viveu um relacionamento conhece pelo menos um lado desse jogo. Considerado um "F. Scott Fitzgerald para a geração iPad", o autor misterioso, presume-se, tem origem britânica e publicou por conta própria seu livro em Amsterdã, onde morava à época. Com os pedidos das livrarias da capital holandesa aumentando cada vez mais, ele começou a levar exemplares a estabelecimentos de outras cidades, como a Shakespeare & Co, em Paris.

O livro Eu estou aqui (Fábrica 231 / Rocco, 288 pp, R$ 34,50 – Trad.: Marcos Marcionilo), da professora e escritora francesa Clélie Avit, é uma emocionante história de amor e superação que tem início quando Thibault, ainda se recuperando de um divórcio que levou embora suas esperanças, entra por acaso no quarto errado do hospital onde fora visitar o irmão. No leito, uma mulher dorme e ele encontra uma paz que há muito não sentia. Em coma há cinco meses, Elsa sofreu um acidente numa escalada, e a família já não acredita em sua recuperação. Mas, tomado por um sentimento que ele mal consegue definir, Thibault passa a visitá-la sempre que possível e, a cada dia, aumenta sua certeza de que está apaixonado por Elsa e de que ela ouve cada uma de suas palavras. Uma declaração de amor à vida e aos pequenos gestos que são capazes de transformá-la.

Depois da trilogia Rock Star, escrita por S. C. Stephens, comporta pelos livros Intenso demais, Complicado demais e Perigoso demais, a autora lança Rock Star (Valentina, 512 pp, R$ 54,90), que mostra a visão do guitarrista Kellan Kyle sobre os fatos e tramas presentes em Intenso demais. O único lugar onde Kellan Kyle sempre se sentiu em casa foi no centro de um palco. Tocando guitarra num bar escuro, ele consegue esquecer o passado. Nos últimos tempos a sua vida se resume em três coisas: música, seus companheiros de banda e intensos encontros sexuais. Até que uma mulher muda tudo. Kiera é o tipo de garota que Kellan jamais deveria desejar, ela é inteligente, doce, e também a namorada do seu melhor amigo. Convencido de que nunca conseguirá merecer o amor dela, ele esconde a sua crescente atração, até que Kiera oferece a Kellan algumas pistas de que os sentimentos dele podem ser correspondidos. Agora, não importam as consequências, Kellan tem uma certeza: não vai deixar Kiera escapar sem lutar por ela. Em Intenso Demais, Kiera contou sua história.