A espiã, de Paulo Coelho, publicada pela Paralela, selo do grupo Companhia das Letras, estreou na lista de ficção, em sexto lugar, com 1.634 exemplares vendidos. O livro é a ficção nacional mais vendida na semana, ficando atrás apenas dos best-sellers da série O orfanato da Srta. Peregrine e da autora Jojo Moyes. No ranking das editoras, o Grupo Companhia das Letras ficou em primeiro lugar com 14 títulos, sendo quatro estreantes na lista. Além do lançamento de Paulo Coelho, tivemos Fora da curva (Portfolio-Penguin), Viva a língua brasileira (Companhia das Letras) e O mundo assombrado pelos demônios (Companhia de Bolso). Com isso, Sextante caiu para o segundo lugar, com 12, e Record e Planeta empataram com nove. Embora a Intrínseca esteja no quarto lugar, com oito títulos, ela arrasa no topo da lista de ficção, colocando quatro dos seus títulos entre os cinco mais vendidos. Clique no Leia Mais e veja outros destaques da lista de mais vendidos dessa semana.

Não é preciso falar sobre a comoção nas mídias sociais com o caso da possível destruição de livros remanescentes em estoque na Cosac Naify. Aliás, o que não causa comoção nas mídias sociais hoje em dia?!... Uma das ideias que surgiu foi a de doar todos os livros. Afinal, seria uma atitude nobre que, mais do que manter viva a qualidade editorial da Cosac, daria acesso ao conteúdo a muita gente. Quando essas ideias surgem, ainda mais na internet, a tendência prevalecente é desconsiderar a realidade. No caso, vê-se isso claramente. Em muitos comentários e posts que li, era como se estivesse escrito: “Ah, esses facínoras que trabalham como editores, não veem o desserviço que prestam com uma atitude desprezível como essa!...” E dá-lhe indiciamento no mundo virtual pelo “crime de usura” representado pela atividade empreendedora... “Essa sanha capitalista dos editores, eles não aprendem!”... Falarei mais a respeito dessa imagem distorcida dos editores dentre alguns incautos em futuro artigo. O fato é que qualquer ideia passível de execução no mundo real padece de um problema: seu custo. Clique no Leia Mais e entenda quais as dificuldades para que isso se concretize.

Muito se falou ontem sobre a polêmica a respeito da possibilidade de que os livros da Cosac Naify venham a ser picotados no final do ano. Li bastante do que foi postado nas redes sociais, com as mais diversas visões e os mais variados sentimentos. Escrevo este texto, para compartilhar a minha visão como alguém que defende a superioridade do conteúdo em relação ao formato, que enxerga no digital uma possibilidade grande de disseminação de conhecimento e que, como empreendedor, sabe da difícil batalha para equilibrar todo dia paixão (pela causa) e razão (pelos custos). Isto para que fique claro sob qual ótica escrevo. A partir disso e sem jamais desmerecer a importância do livro físico como agente catalizador da disseminação e promoção do conhecimento, da literatura e da leitura, destaco quatro pontos relevantes sobre o caso. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra desta coluna.

A Sextante prepara alguns lançamentos que vão do popular à autoajuda para o mês de outubro. Saindo pelo selo Estação Brasil, a editora lança Rogéria: uma mulher e mais um pouco, do autor Márcio Paschoal, que reconstrói a trajetória da “travesti da família brasileira”, como ela mesma se intitula e 101 canções que tocaram o Brasil, do jornalista Nelson Motta que lista as canções que em sua concepção foram essenciais para a criação da identidade musical brasileira. Para quem gosta de livros de negócios e quer investir em novos empreendimentos, a Sextante lança Empreendedores inteligentes enriquecem mais, de Gustavo Cerbasi, que dá conselhos financeiros para quem já tem ou quer começar o próprio negócio. Augusto Cury também lança seu sexto livro pela editora, a ficção O homem mais inteligente da história, uma trama sobre transformação pessoal, onde o personagem Dr. Marco Polo desenvolve uma teoria inédita sobre o funcionamento da mente e a gestão da emoção e decide analisar a inteligência de Cristo à luz das ciências humanas. Para fechar, um livro para os apaixonados por música: The Beatles, de Steve Turner, é um guia completo que traz todas as letras e histórias por trás de cada canção da banda que fez história.

A Escola do Livro oferece o workshop O processo de venda de direitos para o exterior. O curso é uma parceria da Escola do Livro com o Brazilian Publishers que visa proporcionar aos profissionais do livro, conhecimentos acerca do sistema de vendas de direitos autorais de livros brasileiros para outros países. O workshop que tem como público-alvo editores e autores interessados em trabalhar seus livros no exterior e interessados no mercado do livro em geral aprenderão desde como escolher o livro a ser promovido no exterior, até a negociação e a conclusão do contrato. O curso, que será conduzido por Camila Leme, gerente de Direitos Estrangeiros da Companhia das Letras, acontece no dia 29 de setembro, às 19h, na Câmara Brasileira do Livro (CBL - Rua Cristiano Viana, 91 – São Paulo / SP).

A Sophia Editorial oferece o curso A tradução de A a Z: como ser um profissional da área. Conduzido pela professora Damiana Rosa de Oliveira, o curso pretende dar aos participantes noções básicas sobre os vários tipos de tradução, as etapas do processo e o que é preciso para iniciar uma carreira na área. Além disso, o workshop dará dicas de como se preparar para o mercado, como montar o currículo, quanto cobrar pelo trabalho feito e como crescer na profissão. O curso acontece no dia 22 de outubro, das 9h30 às 16h30, na sede da Associação Cultural Saudável Mente (Rua Sud Mennucci, 133, Vila Mariana – São Paulo / SP). A inscrição custa R$ 250 e, nesse valor, estão inclusos apostila e certificado. Mais informações pelo e-mail sophiaeditorial@uol.com.br.

O Prêmio São Paulo de Literatura 2016, um dos mais importantes do gênero no país, dará aos leitores a oportunidade de conversar pessoalmente com alguns dos seus finalistas. Nos dias 1º, 8 e 9 de outubro, estão marcados encontros nos quais o público poderá conhecer as obras finalistas, trocar experiências sobre o cenário editorial brasileiro e compartilhar ideias sobre literatura. Dezesseis dos 20 finalistas do prêmio participarão dos encontros que acontecerão sempre às 11h nas Bibliotecas São Paulo (Av. Cruzeiro do Sul, 2630, Santana - São Paulo / SP) e Villa Lobos (Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 2001, Alto de Pinheiros - São Paulo / SP). O primeiro deles terá a participação das as autoras Julián Fuks, Paula Fábrio e Isabela Noronha. No segundo, no dia 8, é a vez dos autores Santana Filho, Noemi Jaffe, Marcelo Maluf, Tomas Rosenfeld e Alex Sens participarem de um bate-papo com os leitores. E, para finalizar, no domingo (9), João Almino, Raimundo Carrero, Robertson Frizero, Júlia Dantas e Tércia Montenegro contam um pouco mais sobre seus trabalhos. A cerimônia de entrega dos prêmios e troféus acontece no dia 10 de outubro, às 20h, na Biblioteca Parque Villa-Lobos. Os eventos são gratuitos.

No próximo mês, entre os dias 17 e 21, a Editus, Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) (Rodovia Jorge Amado, km 16, Bairro Salobrinho - Ilhéus / BA) realiza sua 4ª Feira Universitária do Livro. A feira abre oportunidade para editoras participarem, gratuitamente, do evento enviando livros relacionados às áreas de interesses dos cursos da universidade para comercialização. Para isso, as editoras interessadas devem enviar um e-mail, até o dia 30 de setembro, para livraria@uesc.br com a listagem, em Excel, informando os títulos, quantidades e valor unitário. Cada editora poderá encaminhar até 40 exemplares. A Editora pode enviar também os materiais promocionais da instituição e publicações para divulgação. Não será cobrada taxa de adesão, somente os custos com fretes de remessa e devolução serão por conta da editora.

Um raro encontro reunirá escritores e realizadores indígenas durante três dias no Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149 – São Paulo / SP). De 28 a 30 de setembro, artistas representando 11 etnias de 11 estados brasileiros e pesquisadores participam de um ciclo de trocas de conhecimento no evento Mekukradjá – Círculo de Saberes de Escritores e Realizadores Indígenas. Os temas das sessões de conversa irão abordar a oralidade, a escrita, a imagem, a atualização da cultura oral dos indígenas para o uso de novos instrumentos audiovisuais e tecnológicos; os critérios para a escolha dos temas abordados nos livros e filmes e o papel das ações políticas para a reeducação da sociedade brasileira sobre a cultura dos índios. O evento é gratuito. Para saber a programação completa clique aqui.

Para celebrar o Setembro Azul, mês da cultura surda, o Grupo êBA!, de contação de histórias bilíngue (português e Libras), apresenta o espetáculo Contos de brincar, neste domingo (25), às 15h, na Casa das Rosas (Av. Paulista, 37, próximo à Estação Brigadeiro do Metrô – São Paulo / SP). A tarde de atividades terá histórias e brincadeiras, feitas a partir de gestos e ritmos corporais, vibrações e recursos visuais, para aqueles que ouvem e não ouvem. O grupo êBA, formado em 2012 pelas contadoras de histórias Amanda Lioli, Brunna Talita e Li Albano, estuda a cultura popular da infância e a cultura surda.

O Parque Arqueológico e Ambiental de São de João Marcos, localizado na cidade de Rio Claro, no Rio, conquistou o prêmio Todos por um Brasil de Leitores, concedido pelo Ministério da Cultura. Os recursos angariados pelo prêmio servirão para viabilizar a segunda edição do Concurso Literário Contos de São João Marcos, que será realizada ainda neste ano. O concurso busca histórias ambientadas em São João Marcos. Podem participar contos nos gêneros aventura, comédia, drama, ficção científica, mistério, policial, romance, suspense ou terror, com um mínimo de três e máximo de oito laudas. O objetivo da iniciativa é incentivar a produção literária fluminense com a publicação de uma coletânea homônima de dez contos de ficção tendo a antiga cidade como cenário. Além da obra publicada, os autores premiados terão tarde de autógrafos no Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos para o lançamento do livro, certificado de premiação e exemplares da coletânea. As inscrições se encerram em 23 de outubro e para participar, é só preencher a ficha de inscrição e o termo de autorização para publicação disponíveis no site do concurso.

Ambientado no ano de 1941, o novo romance da premiada autora de Expurgo e As vacas de Stalin, Sofi Oksanen (que abriu a última edição da Feira do Livro de Frankfurt), Quando as pombas desaparecem (Record, 350 pp, R$ 54,90 – Trad.: Pasi Loman e Lilia Loman), conta a história dos primos Roland e Edgar que lutam contra a violenta ocupação soviética na Estônia. Enquanto isso, Juudit, a jovem esposa de Edgar, se vê entre os dois lados do combate, assistindo, desconcertada, ao júbilo da população com a chegada do Exército nazista. Enquanto ela duvida das intenções dos alemães e do futuro do próprio casamento, Roland luta pela independência do país e pelo povo estoniano. E Edgar se mostra bastante adaptável, sempre disposto a esconder o passado para ficar do lado vitorioso. A guerra pertences aos heróis… e aos traidores.

Em seu novo livro, A gente vai se separar (Tinta Negra, 112 pp, R$ 31,50), Ana Letícia Leal constrói um relato contundente e singular sobre a trajetória da perda. Um livro que é, ao mesmo tempo, um diário de preparação para o luto e uma missiva dedicada a alguém que não chegará a lê-la. Uma narrativa sobre o declínio do corpo e a fragilidade da vida, mas, também, um elogio à arte de narrar e ao seu poder de resistência e de reinvenção. Em fragmentos enumerados como uma contagem regressiva, a autora empresta sua enorme habilidade literária à construção de um quebra-cabeça tão aflitivo quanto lírico. Os detalhes do tratamento e as habilidades perdidas dia a dia se enovelam às lembranças. Com isso, a personagem vigorosa do passado vai se imiscuindo na figura da mãe que adoece – e desaparece – um pouco mais a cada instante.

Placebo junkies (Fábrica 231, 304 pp, R$ 39,50), do ex-agente da CIA, J. C. Carleson, conta a história de Audie, uma jovem como qualquer outra, que encontrou uma forma incomum de descolar uns trocados: ela serve de cobaia para a indústria farmacêutica. Neste irreverente romance, J.C. Carleson, mergulha no universo pouco conhecido, mas muito impressionante, dos voluntários em série de testes farmacológicos. Doses cavalares de humor negro disputam espaço na trama com o drama de jovens que vivem no limite. No caso de Audie, ela precisa juntar dinheiro para oferecer a Dylan, seu namorado que tem uma doença terminal, uma festa de aniversário de 18 anos inesquecível. “Não há ganho sem dor”, ela repete, em meio aos efeitos colaterais das substâncias e procedimentos a que está sujeita e aos esquemas para lidar com eles.

Grana (Intrínseca, 336 pp, R$ 49,90 – Trad.: Vera Ribeiro), romance da escritora americana Cynthia D'Aprix Sweeney, é uma história engraçada e perspicaz sobre quatro irmãos adultos e o destino do dinheiro que moldou a vida e as escolhas de toda a família. Leo Plumb estava bêbado e drogado quando fugiu sorrateiramente da festa de casamento do primo, levando uma das garçonetes a tiracolo. No calor do momento, dirigindo para longe dalí, os dois sofrem um acidente de carro com graves consequências. Para fazer com que seus problemas desaparecessem, Leo precisou usar o dinheiro de uma conta da família, um dinheiro sagrado: o pé-de-meia que garantiria o futuro dos irmãos Plumb. Ansiosos para receberem sua parte e horrorizados ao descobrirem que a mãe permitiu que Leo torrasse aquela grana, eles marcam um encontro para deliberar quando e como o dinheiro será restituído. Reunidos novamente, como nunca estiveram, os irmãos terão que superar antigos ressentimentos e as escolhas erradas que fizeram na vida. Uma análise inteligente e afetuosa de como a expectativa desempenha um papel central em nossas vidas, A grana tem o ingrediente mais explosivo de qualquer boa briga de família: dinheiro.

A bordo de um Ford Cortina, os jovens londrinos Beck, Harry e Leon deixam a cidade com uma mala cheia de dinheiro. Estão fugindo de namorados ciumentos, empregos vazios, maníacos violentos e traficantes descontentes. Mas, sobretudo, estão carregando a esperança de escapar do tédio inesgotável da vida no sudeste de Londres - o lugar que sempre chamaram de casa. À medida que voltamos na história desses personagens, para o momento em que ainda não haviam partido, vemos seus dias divididos entre confiança e aversão à própria existência, solidão e desejo, uma ambição desesperada e a assustadora perspectiva de não alcançar objetivo algum. Em Os tijolos nas paredes das casas (Casa da Palavra, 336, R$ 44,90), a poeta Kate Tempest explora a vida contemporânea das cidades através das lentes poderosas de um microscópio moral, dando-nos irresistíveis histórias de vidas obscuras e mostrando-nos como as melhores intenções nem sempre levam a decisões acertadas.