Fundada em 2009, a Bookess foi pioneira na autopublicação no Brasil. A plataforma – que hoje reúne 22 mil títulos disponíveis para vendas tanto no digital quanto no impresso, via impressão por demanda, e 40 mil clientes cadastrados – acaba de ser comprada pela SBS. Não é a primeira vez que as duas empresas se aproximam. Em 2013, criaram uma joint-venture cuja meta era a internacionalização da plataforma, principalmente para os mercados da América Latina. A previsão inicial era que o piloto durasse cerca de um ano e meio e que, depois disso, aconteceria a fusão das duas empresas. A parceria acabou não levantando voo e a fusão foi deixada de lado e só agora retomada. A compra foi feita pela Hub, a editora da holding SBS que agora detém 49% das ações da Bookess. Os outros 51% foram comprados por Celso Fonseca, que passa a responder pelas operações da Bookess.

Há duas décadas que eu participo de bienais. E, nesse período, ouvi toda sorte de críticas ao formato do evento. Lembro das primeiras que minha memória permite, no final dos anos 1990, em que se dizia que o modelo estava gasto, alguns decretando o fim do evento, etc. Críticas são excelentes e ajudam o mercado, organizadores e participantes a repensarem o evento. Eu sempre faço as minhas, em aspectos diversos. Neste ano, não houve a distribuição do vale-livro aos estudantes e a prefeitura reduziu o número de estudantes de escolas públicas no evento. Somente isso já seria suficiente para termos um público menor e menos vendas. Ainda assim, o resultado de público teve queda de apenas 5% em relação ao ano anterior. Mas, o que atrai as pessoas ao evento? Mais do que possibilidade de encontrar bons descontos, é servir de palco para encontros entre pessoas que gostam de literatura. Além dos encontros oficiais, havia outros movimentos muito interessantes acontecendo. Eram os autores que autografavam, sem grande divulgação, nas mesas de suas próprias casas editoriais. E foram centenas deles. Se tivesse de destacar o que achei mais importante nessa bienal eu diria que foi isso. Esses encontros particulares entre autores, blogueiros e leitores são uma coisa sensacional. São neles que se criam laços entre leitores e as obras, onde os autores bebem de uma fonte ótima, conhecendo para quem escreve e o que seus textos provocam nas pessoas, algo que nenhuma outra feira literária consegue fazer com tanta expressão em quantidade de dias, espaço e autores. Sei que há muita coisa que pode ser melhorada, mas a Bienal desse ano se tornou o evento de Literatura mais importante que as festas literárias, pois aproximou de vez leitores e autores como nenhum outro.

A organização do The Man Booker Prize anunciou os seis finalistas da sua edição de 2016. Dos 13 semifinalistas anunciados em julho, seis continuam no páreo: Paul Beatty, Deborah Levy, Graeme Macrae Burnet, Ottessa Moshfegh, David Szalay e Madeleine Thien (na foto ao lado). Pela apuração do PublishNews, nenhum deles tem livros publicados no Brasil. Cada um dos finalistas ganha um prêmio de 2,5 mil libras. O vencedor, que levará para casa 50 mil libras, será conhecido no dia 25 de outubro. Por falar no Man Booker Prize, o braço internacional do prêmio – The Man Booker International Prize, que permite a inscrição de trabalhos escritos em qualquer língua desde que já traduzidos para o inglês e publicados no Reino Unido – está com inscrições abertas para a sua edição de 2017. Interessados em submeter seus trabalhos têm até o dia 7 de outubro. Na edição passada, vencida pela coreana Han Kang, o brasileiro Raduan Nassar e o angolano José Eduardo Agualusa estavam entre os semifinalistas. Mais informações, clique aqui. Clique no Leia Mais e veja as obras com as quais cada um dos finalistas concorre.

A Trevisan Editora, que publica livros sobre diversos assuntos relacionados ao mundo corporativo, acaba de lançar o selo Jurídicos Trevisan, que vai reunir livros que tratam de temas relacionados ao Direito, dando especial ênfase a temas como perícias, lei anticorrupção, compliance, prevenção à lavagem de dinheiro, entre outros que são contemplados em concursos públicos, faculdades e cursos de aperfeiçoamento profissional. O primeiro livro do novo selo é O trust e o Direito brasileiro, do advogado Eduardo Salomão Neto doutor e livre-docente em Direito Comercial pela Faculdade de Direito da USP. A obra aborda o surgimento do trust, sua evolução, utilidade e a forma como está presente no Brasil atualmente.

A Editora do Brasil se prepara para lançar o livro Algo que domina el mundo, do argentino Franco Vaccarini, que conta a história de Rodolfo. Seu pai morreu em um acidente de avião e sua mãe está internada em um hospital psiquiátrico. Um dia de primavera, ele conhece Federica e começa a viver uma nova etapa em que a esperança e laços afetivos o ajudam a reconstruir seu passado e seu presente. O autor já teve dois livros infantis publicado no Brasil – Cabeça oca, cabeça seca, pela SESI-SP, e O fantástico mundo dos piratas, pela Ciranda Cultural –, mas esse livro da Editora do Brasil deverá ser o primeiro juvenil do autor no País. Em português, o título, que ganhou tradução de Heloisa Jahn, se chamará Uma coisa que domina mundo. O livro, que sai pela série Toda Prosa, deve chegar às livrarias ainda este mês.

Conteúdos pensados originalmente para o YouTube e que depois viram livro, a gente já conhece. Mas a história aqui é outra. O guia London, London, publicado pela Faro com a promessa de apresentar a capital britânica por meio do seu metrô, vai virar uma série para a web. O material foi gravado no início do ano e está em plena edição. Rodrigo Rodrigues, autor do livro e apresentador de TV, negociou os direitos com a FreemantleMedia, detentora mundial de programas como Idol e The X-Factor. A série conta com 25 episódios baseados nas estações mais famosas do metrô londrino e deve estrear na rede ainda em 2016. Logo logo, London, London, que já vai para a terceira edição, ganhará um irmão de peso: Paris, Paris, com lançamento para o mês que vem, também pela Faro.

Procurando expandir seu mercado de varejo, a Amazon pretende abrir até o próximo ano, dezenas de novas lojas temporárias em shoppings centers americanos. O plano da empresa é alcançar diretamente os consumidores através de uma variedade de pontos de acesso. O site americano Business Insider apurou que no final do ano passado, a Amazon tinha somente seis pop-up stores nos EUA, mas até o final desse ano esse número pode ser superior a 30 e pode chegar a 100 no ano que vem. A Amazon também lançou às escondidas um novo site dedicado às suas lojas pop-up, que estão espalhadas em 12 estados americanos incluindo Nova York, Texas e Califórnia. Por aqui, a Amazon instalou uma pop-up store em um shopping de São Paulo no fim do ano passado com o objetivo de popularizar o seu Kindle.

Carla Bitelli, que reúne dez anos de experiência na indústria do livro, conduz o 1º Workshop para Autores de Literatura Juvenil. No encontro, a editora apresentará pontos essenciais levantados ao longo de sua carreira como editora de livros juvenis; depois, os autores participantes apresentarão seus projetos literários e receberão dicas para aprimorar seus enredos. Para participar, os autores devem preencher o formulário e esperar a aprovação. O encontro acontece na Casa Educação (Rua Paulistânia, 551 - São Paulo / SP), no dia 24 de setembro, das 9h às 13h. O investimento é de R$ 590.

Desde a última quarta-feira (7), a Estação Sé do Metrô de São Paulo (Praça da Sé, Sé – São Paulo / SP) recebe a 1ª Bienal do Livro Popular. O evento que vai até o dia 6 de outubro, acontece das 9h às 21h, no mezanino no interior da estação e reúne mais de 10 mil exemplares vendidos ao preço fixo de R$ 3 (ou quatro livros por R$ 10). Entre os títulos disponíveis estão livros infantis, romances, ficção, livros técnicos, de gastronomia, música, turismo e muitos outros.

Pelo segundo ano consecutivo, o ônibus-biblioteca vermelho do projeto Livros nas Praças, vai estacionar em Osasco (Rua João Arnus, 28 - Jardim Aliança, Osasco – São Paulo / SP) e emprestar livros gratuitamente até o dia 17 de setembro. A biblioteca sobre rodas conta com um acervo de dois mil títulos infantis, juvenis e adultos e livros adaptados para deficientes visuais como livros em braile para crianças e adultos, audiobooks e em fonte ampliada para pessoas com baixa visão. Todo o material é emprestado gratuitamente aos leitores. O ônibus-biblioteca funciona das 9h às 16h.

A tradutora de poesia e literatura hispano-americana e autora de The Oxford book of latin american poetry, Josely Vianna Baptista coloca na web Na tela rútila das pálpebras, publicação digital que traça um panorama da história e das paisagens dos Campos Gerais do Paraná. Contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2013-2014, tem formato de uma revista eletrônica, com textos históricos e literários, ensaios fotográficos, desenhos e arte digital. Na tela rútila das pálpebras é um projeto multidisciplinar, de pesquisa iconográfica, bilíngue (português e inglês), que levou mais de dois anos para ser concluído. Junto a Josely se uniram artistas e profissionais de competências diversas, todos ligados a essas raízes de alguma forma, para comporem um caleidoscópio criativo sobre a região, com textos, imagens, mapas, falas e narrativas.

O psicoterapeuta, Flávio Gikovate, lança nesta terça-feira (13), na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073 – São Paulo / SP), o livro Para ser feliz no amor (MG Editores, 168 pp, R$ 48,90). Em seu 35º livro, ele ensina a amar sem medo e a construir elos sólidos e prazerosos e analisa os diversos aspectos que prejudicam os relacionamentos. Antes da sessão de autógrafos, das 18h às 19h, Gikovate dá palestra no Teatro Eva Herz. As senhas serão distribuídas uma hora antes do evento, em frente ao teatro.

Para comemorar seus 17 anos no Brasil, a Fnac preparou descontos especiais para livros, CDs e DVDs em todas as suas lojas. Na promoção que vai até o dia 2 de outubro, a rede disponibilizará vários títulos, entre eles obras de Fernando Pessoa, William Shakespeare, Platão e outros grandes autores e pensadores. A promoção vale tanto para as lojas físicas quanto para o site.

Há quem diga que o feiticeiro mais poderoso de todos os tempos é um homem chamado Gavião. O feiticeiro de Terramar (Arqueiro, 176 pp, R$ 29,90), da consagrada autora Ursula K. Le Guin, é o primeiro livro da saga Ciclo Terramar e narra as aventuras de Ged, o menino prodígio que um dia se tornará essa lenda. Ainda pequeno, o pastor órfão de mãe descobriu seus poderes e foi para uma escola de magos. Porém, deslumbrado com tudo o que a magia podia lhe proporcionar, Ged foi logo dominado pelo orgulho e a impaciência e, sem querer, libertou um grande mal, um monstro assustador que o levou a uma cruzada mortal pelos mares solitários. Publicado originalmente em 1968, O feiticeiro de Terramar se tornou um clássico da literatura de fantasia. Ged é um predecessor em magia e rebeldia de Harry Potter. E Ursula K. Le Guin é uma referência para escritores do gênero como Patrick Rothfuss, Joe Abercrombie e Neil Gaiman.

Achados e perdidos (Suma de Letras, 352 pp, R$ 44,90) é o segundo livro da trilogia Bill Hodges, criada pelo mestre do suspense Stephen King. Neste livro, King conta a história do personagem Morris Bellamy, maior fã e crítico do consagrado autor John Rothstein. Inconformado com o fim que o autor deu a seu personagem favorito, ele invade a casa de Rothstein e rouba os cadernos com produções inéditas do escritor, antes de matá-lo. Morris esconde os cadernos pouco antes de ser preso por outro crime. Décadas depois, é Peter Saubers, um garoto de 13 anos, quem encontra o tesouro enterrado. Quando Morris é solto da prisão, depois de 35 anos, toda a família Saubers fica em perigo. Cabe ao ex-detetive Bill Hodges e a seus ajudantes, Holly e Jerome, protegê-los de um assassino agora ainda mais perigoso e vingativo.

Palmeirim de Inglaterra (Ateliê, 744 pp, R$ 182), uma novela portuguesa sobre a cavalaria escrita por Francisco de Moraes em 1544, faz parte de um ciclo, o que por si só explica a importância da obra. Nesta edição, os pesquisadores Lênia Márcia Mongelli, Raúl Cesar Gouveia Fernandes e Fernando Maués realizaram um minucioso e primoroso trabalho, transcrevendo a partir de várias fontes para poder chegar a um resultado fidedigno, que interferisse minimamente no estilo original – um dos pontos altos da obra. O enredo está dividido em duas partes: a primeira trata do nascimento e as primeiras aventuras dos irmãos gêmeos, Palmeirim e Floriano, filhos de D. Duardos e Flérida. A segunda mostra os dois irmãos que saem pelo mundo, realizando façanhas ao lado de companheiros e damas, até culminar na grande batalha final entre “turcos” e “cristãos”, na qual sucumbem muitos dos heróis cuja trajetória acompanhamos nas páginas iniciais. Feitos de guerra e feitos de amor dão um colorido especial ao objetivo maior: a defesa da cristandade.

Inspirado em uma história real, As memórias do livro (Globo Livros, 376 pp, R$ 44,90), da autora australiana Geraldine Brooks, é um romance composto por duas tramas paralelas: uma recriação histórica que vai desde o século XV até a segunda Guerra Mundial, e uma trama contemporânea, que combina as artimanhas e a ambição dos bastidores do mundo acadêmico com uma história emocionante sobre família, afeto e a eterna busca pelo amor. Anna Heath, uma australiana especialista em livros raros, acaba de ser convocada para a missão de sua vida: restaurar e analisar a história por trás da famosa Hagadá de Sarajevo, resgatada após um bombardeio sérvio durante a Guerra da Bósnia. Uma obra de beleza e valor imensuráveis, o livro é um dos primeiros volumes judaicos a conter ilustrações. Quando Hanna descobre uma série de minúsculos elementos no interior do livro, começa a desvendar os mistérios por trás daquelas páginas desde sua criação até os dias atuais, revelando um passado de exílio, coragem, sofrimento e redenção. Ao mesmo tempo em que Hanna desvenda as histórias por trás da Hagadá, ela reúne a coragem que tanto necessitava para revisitar os fantasmas de seu passado e perceber que suas paixões também podem estar muito além das páginas dos velhos e fascinantes volumes aos quais dedicou toda sua vida até então.

No quarto livro da saga Roda do tempo, o autor Robert Jordan se aprofunda ainda mais em seu universo criativo. Em As chamas do paraíso (Intrínseca, 912 pp, R$89,90), antigas instituições caem por terra e novas alianças se formam. Depois de uma perigosa jornada ao Deserto Aiel, Rand se consagrou como "Aquele Que Vem Com a Aurora", conforme profetizado por seu novo povo. Ter um exército de homens e mulheres extremamente hábeis na batalha deveria ser uma vantagem, mas, conforme se apega aos novos aliados, o Car'a'carn, chefe dos chefes, se sente cada vez mais vulnerável às tramas de seus inimigos. Enquanto isso, Nynaeve e Elayne perdem aliadas importantes e ganham uma poderosa inimiga. Após a expulsão de Siuan Sanche da Torre Branca, as duas Aceitas devem tentar encontrar as poucas Aes Sedais que continuam fiéis à sua causa. Porém, Moghedien está à espreita, determinada a capturar Nynaeve em sua teia.