Desde maio, a Saraiva enfrenta uma briga interna com um dos seus acionistas. No capítulo mais recente dessa novela, o coreano Mu Hak You, que comanda o fundo de investimentos GWI, diminuiu a sua participação acionária na varejista. Em comunicado enviado a investidores e acionistas, a Saraiva informou que a GWI reduziu a sua participação em ações preferenciais (PN) de 44,9% para 38,5%. No mesmo comunicado, a Saraiva informa que a decisão do coreano de vender parte de suas ações não altera a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia. No fim da manhã desta terça-feira, a Saraiva enviou um novo comunicado informando que o seu acionista Leblon Equities Gestão de Recursos Ltda adquiriu 468 mil ações, correspondentes a 2,74% das ações preferencias da Companhia. Ainda não se sabe o efeito das medidas sobre o preço das ações da companhia já que os anúncios foram feitos entre o fechamento e a abertura do pregão, mas o papel da Saraiva (SLED4) na Bovespa fechou o dia ontem valendo R$ 4,28, queda de 5,31% em comparação ao dia anterior. De maio para cá, no entanto, as ações sofreram uma valorização de 12,3%, saltando de R$ 3,81, no dia 2 de maio, para R$ 4,28, ontem. E por falar na Saraiva, está programado para o próximo dia 15, às 10h30, uma teleconferência para apresentação dos resultados do segundo trimestre de 2016. No primeiro semestre, refletindo os resultados apurados com a venda dos seus ativos editoriais à Somos Educação, a Saraiva apurou um lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) de R$ 20 milhões, 76% maior do que o averiguado no mesmo período do ano passado.

No mesmo dia em que 81 profissionais do Ministério da Cultural (MinC) foram exonerados em nome de uma gestão de valorização dos servidores públicos e do desaparelhamento da máquina, o site do MinC publicou uma nota falando em "desaparelhamento" do ministério e que, a partir da semana seguinte, começaria um "processo seletivo para cargos de confiança que deverão preferencialmente ser preenchidos por servidores de carreira". A nota revela que a gestão não tem um plano de valorização estruturado. Primeiramente executou as exonerações e depois pensará o processo seletivo que, provavelmente, avaliará se o Ministério tem servidores com os perfis e qualificações técnicas necessárias para ocupar os cargos que ficaram vagos. Além disso, precisamos saber é que até 2018, existe a previsão de que mais de 350 servidores entre o MinC e vinculadas venham a se aposentar. Com esses dados de redução no quadro funcional e sem previsão de concurso público, questiono: caso essa atual gestão se efetive, como entregará o Ministério para o “amanhã”? Em formato de Secretaria Nacional ou de uma Coordenação Nacional de Cultura? A Cultura se fundirá a Educação? Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra da coluna de Volnei Canônica.

Na última quinta-feira, a Turkish Publishers Association (TPA) publicou um documento no qual denuncia que o governo turco fechou 29 editoras no país sob a alegação de que são medidas necessárias ao estado de emergência. A medida obriga que as 29 editoras entreguem – sem qualquer compensação financeira – bens, espólios, documentos e papeis ao Tesouro. A TPA alega que essa decisão afeta autores e tradutores, que não poderão receber valores referentes a direitos autorais a que tinham direito e os antigos funcionários não poderão reaver quaisquer salários em atraso. A TPA disse ainda que o fechamento das 29 editoras viola os direitos humanos e a liberdade de expressão, além de trazer prejuízos financeiros e morais irreparáveis. Desde o mês passado, quando conseguiu intervir no golpe militar, o atual presidente, Recep Tayyip Erdogan já fechou três agências de notícias, 16 canais de televisão, 23 canais de rádio, 45 jornais e 15 revistas. Clique aqui para ter acesso ao documento da TPA traduzido para o inglês.

Depois de três anos de muito trabalho, o escritor iniciante já tem dois títulos nas livrarias e duas encomendas de novos trabalhos já contratadas. Agora, ele quer marcar um almoço com a agente literária, mas, quando ele liga, quem atende é a misteriosa funcionária da agência literária fictícia criada pela nossa colunista Marisa Moura. Será que ele vai conseguir? Clique no Leia Mais e ria lendo o oitavo episódio da série E toca o telefone.

Palestras, debates, seminários, lançamentos, espetáculos e shows compõem a programação da terceira edição da Bienal Brasil do Livro e da Leitura, que Brasília vai receber entre 21 e 30 de outubro, no Estádio Mané Garricha. O deslocamento de populações e a tragédia dos refugiados, intolerância, afetividade, gênero, meio ambiente, vida urbana, as tecnologias digitais e vários outros assuntos serão tema da programação, que contará com a participação de escritores nacionais e estrangeiros convidados. A Bienal promoverá atividades com cerca de 120 autores, 100 sessões de autógrafos e lançamentos de livros, 80 sessões de contação de histórias, 40 apresentações teatrais, além de 10 shows musicais de artistas nacionais e do Distrito Federal. A entrada é franca. A edição vai homenagear os escritores Boaventura de Sousa Santos e Adélia Prado.

Os Editais Setoriais 2016 do Fundo de Cultura do Estado da Bahia estão com inscrições abertas até o próximo dia 15. Quase R$ 40 milhões são distribuídos em 23 categorias, entre elas a do Livro e Cultura. Os editais ligados ao livro e à leitura, sob a gestão da Fundação Pedro Calmon, sofreram reestruturação nos seus objetos, passando a contemplar, além de publicação de livros de editoras baianas e apoio a bibliotecas comunitárias, propostas de incentivo à leitura. O edital e o formulário de inscrições podem ser acessados clicando aqui.

O grande número de lançamentos de livros exige das editoras foco nas estratégias de marketing. Pensando nisso, a Estação das Letras (Rua Marquês de Abrantes, 177, Flamengo - Rio de Janeiro / RJ) realiza no dia 13 de agosto o curso Marketing para o mercado editorial. Serão seis horas de aula, das 10h às 17h. A condução ficará a cargo de Bruno Zolotar (Record), Daniela Kfuri (HarperCollins Brasil e colunista do PublishNews) e Mariana Souza Lima (Sextante).

Está marcado para hoje (2) o lançamento de E se eu fosse puta (hoo, 216 pp, R$ 34,90), livro de estreia de Amara Moira na literatura. A autora, que é doutoranda em crítica literária pela Unicamp, travesti e prostituta, coloca-se na luta por melhores condições de trabalho, remuneração e o fim do estigma em torno da prostituição. Com tirinhas especiais da cartunista Laerte Coutinho, o livro também recebeu prefácio de Indianara Siqueira e posfácio de Monique Prada. O lançamento acontece na Livraria Cultura - Cine Vitória (Rua Senador Dantas, 45. Rio de Janeiro / RJ), a partir das 16h30. Haverá um bate-papo com a autora, Indianara Siqueira e Monique Prada no início do evento. Em São Paulo, o lançamento acontece no dia 9 de agosto, a partir das 18h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073. São Paulo / SP), com a participação de Clara Averbuck e Laerte Coutinho, além de Monique, Indianara e, claro, da autora.

Seguem até o dia 6 de agosto as inscrições para a Cooperativa da Invenção, laboratório de experimentação e criação poética promovido pela Casa das Rosas (Av. Paulista, 37. Bela Vista. São Paulo / SP). A proposta é que os participantes trabalhem de forma colaborativa em torno de projetos, orientados por professores / estimuladores. Os projetos explorarão novas possibilidades de criação poética a partir das artes e técnicas verbais e vocais. As atividades estarão voltadas para as potencialidades expressivas da palavra e do som, bem como de suas interações na performance poética. Os interessados em participar deverão apresentar três textos (poemas e/ou prosas poéticas de sua criação), descrição das razões de seu interesse em participar e currículo de dez linhas. A iniciativa será desenvolvida durante o período de três meses, entre setembro e novembro de 2016, em dois encontros semanais (às terças, das 19h30 às 21h30, e aos sábados, das 15h às 18h, gratuitamente.

O extraordinário, o macabro, a loucura e o horror cósmico estarão presentes na oficina Treze passos medonhos para ser um escritor de horror que será guiada pelo escritor Duda Falcão na Galeria Hipotética (Rua Visconde do Rio Branco, 431, Floresta. Porto Alegre / RS). Em quatro encontros entre os dias 10 e 31 de agosto, sempre às quartas-feiras, os participantes irão trilhar a estrada do medo literário, desde suas origens na literatura gótica até os dias atuais. As aulas acontecem das 19h às 22h.

Em O quarto dia (Arqueiro / Sextante; 352 pp; R$ 44,90 – Trad. Alves Calado), Sarah Lotz conduz o leitor por uma viagem de réveillon que tinha tudo para ser perfeita. O ano é janeiro de 2017. Após cinco dias desaparecido, o navio O Belo Sonhador é encontrado à deriva no golfo do México. Poderia ser só mais um caso de falha de comunicação e pane mecânica... se não fosse por um detalhe: não há uma pessoa viva sequer no cruzeiro. As autoridades acham indícios de uma epidemia de norovírus, mas apenas descobrem os corpos de duas passageiras. Para piorar, todos os registros e gravações de bordo sofreram danos irreparáveis. Como milhares de pessoas podem ter sumido sem deixar rastro?

A relação das irmãs, Claire e Lydia, após o desaparecimento da terceira irmã, Julia, é o ponto central do livro Flores partidas (HarperCollins; 464 pp.; R$ 49,90 – Trad. Carolina Caires Coelho), primeiro thriller psicológico da autora Karin Slaughter. Depois do sumiço sem rastros de Julia, as duas seguiram caminhos diferentes e não se falam há 20 anos. Claire tem uma vida glamorosa e é casada com um milionário de Atlanta. Lydia é mãe solteira, namora um ex-presidiário e luta para deixar para trás um passado de drogas. Com o assassinato do marido de Claire, elas se reaproximam e descobrem que essa morte pode estar ligada ao desaparecimento de Julia. A partir daí, as irmãs se unem para investigar o passado e buscar respostas para os acontecimentos que destruíram sua família.

Uma garota de muita sorte (Rocco; 336 pp.; R$ 39,50; e-book R$ 25,50 – Trad. Ana Rodrigues), romance de estreia de Jessica Knoll que está há mais de um ano na lista dos mais vendidos do The New York Times, flerta com o terror, usa ingredientes de crimes reais e faz uso de grandes viradas narrativas para narrar a trajetória de uma protagonista doentia. Ani FaNelli, a narradora, tem 28 anos, um ótimo emprego, um endereço impressionante, um corpo invejável, um noivo que é praticamente um príncipe encantado e, não podemos esquecer, uma faca na mão. Ela não consegue parar de imaginar como seria enfiar aquela lâmina forjada de níquel e aço na barriga do futuro marido, mas, para além de seus pensamentos, tudo o que faz é sorrir para o vendedor e concluir a compra em uma luxuosa loja de utensílios de cozinha nova-iorquina. No centro da trama está uma polêmica cena de estupro coletivo, que a autora revelou ter sido baseada em sua própria experiência

Amores perdidos, crianças desaparecidas, demônios predatórios e fantasmas vingativos são apenas alguns dos ingredientes que estão presentes na primeira coletânea de John Connolly. Noturnos (Bertrand Brasil; 294 pp.; R$ 34,90 - Trad. Ronaldo Passarinho) reúne 16 contos aterrorizantes que abordam o confronto entre o mundo infantil e o adulto em uma luta contra entidades do mal decididas a fazer o pior. O autor se inspira em mestres do horror como M.R. James, Ray Bradbury e Stephen King, mas sem abrir mão da voz única e inconfundível que o consagrou em O livro das coisas perdidas, também lançado pela Bertrand, em 2012.