Desde abril, o mercado acompanha a saga da LeYa envolvendo a venda do seu braço de livros didáticos no Brasil. A novela parece ter recebido um ponto final. Em comunicado oficial, a editora portuguesa confirmou que o Grupo Escala foi a compradora. No País, a LeYa desenvolveu três núcleos de negócios: o de edições de interesse geral, edição escolares (com foco na Educação Básica e de Ensino Médio, com obras didáticas, plataformas digitais de ensino e Sistema de Ensino) e a UnYLeYa, referência no ensino universitário a distância. O negócio com a Escala envolve apenas o braço de educação. Os demais núcleos permanecem com a LeYa.

Retomo os temas dos textos dos últimos dias publicados pelo PublishNews a convite do Carlo Carrenho, apesar da preguiça e da falta de tempo, por um motivo só: adoro polêmicas. E especialmente certas polêmicas, que nasceram para fazer sucesso, não necessariamente para acrescentar algo substancial à discussão: é o caso das que recorrem a palavras um tanto vazias de conteúdo, como "sucesso" e "fracasso", mas que são, sempre, deliciosas. Então, em vez de partir da conclusão ("fracasso" ou "sucesso"), vou evitar essas palavras até o fim do texto para tentar pensar historicamente um pouco a coisa. [...] O PDF é um formato eletrônico fantástico. Cumpre com louvor exigências inimagináveis antes de sua existência. Comparado a ele, o ePub, que surgiu muito depois, é uma carroça. Mas as carroças eram ferramentas muito úteis depois da invenção da roda. Clique no Leia Mais para ler na íntegra o texto de opinião do ex-presidente da LIBRE

A Casa PublishNews Coworking em Paraty está fervendo. Além de ser o ponto de encontro dos profissionais do livro na Flip, o espaço também oferece neste ano uma programação cultural, com dois bate-papos por dia, sempre focados no mercado editorial e com a presença de profissionais atuantes da indústria do livro. Nesta sexta-feira (1º), às 16h15, está marcado o bate-papo O futuro do livro digital é real? – Como promover, distribuir e incentivar os livros digitais no Brasil, com Marcelo Gioia (Bookwire), Tiago Ferro (e-galáxia) e Elizabeth Saad (professora da ECA-USP), e mediação de Camila Cabete (Kobo). Já às 17h15, Jens Klingelhöfer (Bookwire), com mediação de Carlo Carrenho (PublishNews), discutirá a Distribuição Digital 2.0 – O presente e o futuro da distribuição digital global. Como ninguém é de ferro, das 18h30 às 20h30, está marcado o Happy Hour do Chambril, com cerveja Jeffrey e patrocínio da International Paper. A Casa funciona na Rua do Comércio, 149 e é resultado de uma parceria do PN com Bookwire, Frankfurt Book Fair / Books in Print, hoo editora, Edições Sesc e Ubook. Até sábado (02), a visitação vai das 10h às 20h30 e, no domingo (03), das 10h às 14h.

A programação da Casa PublishNews Coworking em Paraty tem muito bate-papo sobre o mercado editorial e Happy Hour para esfriar a cabeça no final do dia, mas também tem balada das boas. Será nesta sexta-feira (1º) a Bookwire und PublishNews Strandparty – ou em português, Festa do Alemão – que acontecerá no quiosque Pizzaria da Praia, na Praia do Pontal, que fica logo atrás da tenda dos autores. As pick-ups terão a participação especial internacional da dupla alemã Jens Klingelhöfer e Dirk Kosian, ambos da Bookwire, e de outros profissionais do livro como Mariana Rolier (Rocco), Pedro Almeida (Faro Editorial), Beatriz Alves (Oxford), André Palme (O Fiel Carteiro), Ismael Borges (Nielsen), Raphael Montes (Escritor) e Leonardo Neto (PublishNews). O agito começa às 20h30 e vai até às 24h, ou até a cerveja acabar! A festa tem o patrocínio da Bookwire.

Durante a Flip, que segue até o próximo domingo (3), o Instituto Pró-Livro (IPL) realiza um ciclo de debates sobre o perfil do leitor brasileiro e sobre os resultados da pesquisa Retratos da Leitura divulgados recentemente. Os encontros, que acontecerão entre esta quinta (30) e sexta (1º), vão reunir especialistas, pesquisadores, jornalistas e coordenadores da pesquisa Retratos da Leitura. Clique no Leia Mais e veja a programação completa.

A poeta carioca Ana Cristina Cesar (1952-1983) é a autora homenageada da 14ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começou ontem, 29/06, na cidade colonial fluminense. Em sua homenagem, o PublishNews publica três poemas seus durante o período do evento. A iniciativa faz parte da campanha Espalhe Poesia, da Companhia das Letras. Aqui está o segundo deles:

Esquece essa história do corpo.
Não foi você mesmo quem disse que pintar os cabelos não está com nada?
Sossega, coração.
Separa dela, rápido.
Esses 15 anos não valem ponto não!
Ouve este blues!
Irresponsabilidade existencial!
A Má Literatura!
Pulando definitivamente?
Desobedeci?
Te ligo interurbano, te digo:
separa,
separa já dessa mulher! [...]

Clique no Leia Mais para ler o poema na íntegra.

A Prêmio Nobel de Literatura em 2015, a jornalista ucraniana Svetlana Alexiévitch, é mais um importante nome da literatura mundial que integra a programação da Flip 2016. No sábado (2), às 17h15, ela participa da mesa Encontro com Svetlana Aleksiévitch. Na festa, a escritora lança A guerra não tem rosto de mulher (Companhia das Letras; 392 pp.; R$ 49,90; e-book R$ 30,90 – Trad.: Cecília Rosas), no qual traz a história da Segunda Guerra Mundial contada pelas mulheres. Quase um milhão de mulheres lutaram no Exército Vermelho durante esse período, mas a sua história nunca foi contada. Svetlana deixa que as vozes delas ressoem de forma angustiante e arrebatadora, em memórias que evocam frio, fome, violência sexual e a sombra onipresente da morte.

A Associação dos Amigos da Biblioteca Pública do Paraná está com inscrições abertas para um curso de preservação de obras gerais, livros de capa flexível e com brochura. Serão quatro aulas que acontecem sempre aos sábados, das 9h às 18h, de 9 de julho a 6 de agosto. A taxa de inscrição é de R$ 500 (associados) e R$ 600 (não associados), com material incluso e certificado emitido pela Associação. O treinamento é ministrado pela especialista em conservação de bens culturais móveis Bety de Luna. Os encontros acontecem na Divisão de Preservação da BPP (Rua Cândido Lopes, 133. Curitiba/PR). Clique aqui para mais informações.

Como as guerras influenciaram na formação da sociedade, do indivíduo e da literatura dos EUA? Essa é uma das perguntas que o ciclo Estados Unidos, Literatura e Guerra, organizado e moderado por Tiago Genoveze, educador e tradutor nascido nos EUA e formado pela Boston University, pretende responder. A atividade propõe seis encontros quinzenais, às segundas ou terças-feiras, de 4 ou 5 de julho a 12 ou 13 de setembro, das 19h30 às 21h30, na Casa Elefante (Rua Cesário Mota Junior, 277, Santa Cecília. São Paulo / SP), às segundas, e no Ideário (Rua Professor Rubião Meira, 59. Pinheiros. São Paulo/SP), às terças-feiras. As leituras e discussões serão feitas em inglês, por isso possuir inglês avançado ou fluente é requisito para participar. Através de trechos de seis romances de guerra, serão explorados a Guerra Civil Americana e a Guerra do Vietnã̃, passando antes pela Primeira e Segunda Guerra Mundial. O investimento é de R$ 300. Inscrições pelo e-mail tiago.genoveze@gmail.com.

Encerra no próximo dia 10 de julho a exposição sobre a produção do escritor, jornalista, poeta e pintor Gilberto Freyre. Entre suas obras, destacam-se Casa e Grande Senzala (1933), Sobrados e Mocambos (1936), e o título que dá nome à mostra, Vida, Forma e Cor (1962). A exposição aborda as relações entre sua produção textual e visual e, também, a parceria com diversos artistas brasileiros, como Cícero Dias. A mostra está em cartaz na Caixa Cultural São Paulo (Praça da Sé, 111, Centro, São Paulo / SP) e pode ser visitada de terça a domingo, das 9h às 19h, com entrada franca. Para mais informações, clique aqui.

Uma das obras literárias mais conhecidas, traduzidas e publicadas no Brasil, O Pequeno Príncipe, escrito por Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), é tema de uma exposição no Mosteiro de São Bento (Largo de São Bento s/n - São Paulo / SP). Com a entrada de todas as obras do escritor francês em no ano de 2015, o livro acabou movimentando todo o mercado editorial brasileiro com novas traduções e edições. A mostra traz raridades como a primeira edição francesa, e a primeira edição suíça em língua alemã. A coleção é composta também por edições em outras línguas estrangeiras como inglês, espanhol, japonês e mandarim. A exposição pode ser visitada até 31 de julho, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h; e sábado, das 9h às 12h, com entrada franca.

A Casa Guilherme de Almeida (Rua Cardoso de Almeida, 1943, Pacaembu. São Paulo / SP) realiza neste sábado (02) a primeira edição de seu Encontro de Museu-Casas Literários, visando à participação de instituições com perfil de museu-casa que podem ser distinguidos como espaços focados em literatura, em âmbito nacional. O evento, que deve ser realizado anualmente, tem como objetivo promover a troca de experiências entre instituições relacionadas a personalidades da literatura, por meio de profissionais a elas ligados, ou cujo campo de estudos se associe ao segmento. A programação acontece das 9h às 19h30. Para mais informações e inscrições, clique aqui.

O novo livro de J.P. Cuenca, Descobri que estava morto (Tusquets / Planeta, 240 pp..; R$ 39,90), marca a estreia do novo selo literário da Planeta, Tusquets. O romance é baseado na notícia real do registro do óbito do autor. Em 2011, Cuenca descobriu que um cadáver tinha sido identificado com sua certidão de nascimento em um edifício invadido no bairro carioca da Lapa. Assim, no canteiro de obras do Rio de Janeiro em anos pré-olímpicos, começa a investigação que deu origem ao livro. Uma devassa que logo ultrapassará o registro policial para tornar-se, também, um ajuste de contas com a cidade. O título será lançado durante a Flip 2016, onde Cuenca participa de duas mesas. A primeira, na sexta (1º), às 12h, com o tema História da minha morte, ao lado de Valeria Luiselli e no domingo (3), às 14h15, no encontro Livro de Cabeceira, onde autores da programação principal leem trechos de seus livros prediletos.

A autobiografia do Dr. Henry Marsh, Sem causar mal - Histórias de vida, morte e neurocirurgia (NVersos; 304 pp.; R$ 44,90 – Trad.: Ivar Panazzolo Junior), revela os bastidores de sua profissão, os triunfos, os desastres angustiantes, os arrependimentos e os momentos de humor ácido que caracterizam a vida de um neurocirurgião. O autor responde questionamentos sobre como é atuar nessa área, qual a sensação de ter a vida de outra pessoa em suas mãos, e como viver com as consequências de uma cirurgia malsucedida que poderia ter salvo uma vida. Logo mais, às 19h30, o autor participa, ao lado da cientista brasileira Suzana Herculano-Houzel da mesa Matéria Cinzenta na Flip 2016.

Na autobiografia F de falcão (Intrínseca; 288 pp.; R$ 44,90 e-book R$ 29,90 - Trad.: Maria Carmelita Dias), Helen Macdonald conta sua história a partir do momento em que viaja até a Escócia para comprar um falcão. A depressão que lhe acometera após a morte do pai criou um abismo entre ela e as outras pessoas e nada mais fazia sentido em sua vida. Porém, ao praticar a falcoaria com Mabel, sua nova ave de rapina, e ler os diários de T. H. White, clássico autor da literatura inglesa, Helen começou a entender que o luto é um estado que não pode ser evitado, mas que pode ser superado - inclusive com a ajuda de um inusitado açor. A escritora é convidada da mesa O falcão e a fênix da Flip 2016. O evento acontece no sábado (2), às 19h30, com a presença de Maria Esther Maciel.

Caravaggio e Quevedo se enfrentando numa partida de pallacorda é mesmo uma fantasia. Se a Europa seiscentista é como uma grande quadra onde se confrontam a Reforma Protestante e a Contrarreforma Católica, o pintor italiano e o poeta espanhol também encarnam o embate entre duas maneiras de viver e de fazer arte: Caravaggio, o artista apesar das circunstâncias, com sua sexualidade fluida, flertando com a marginália e o crime, reinventor da pintura para além de seus limites; Quevedo, o nobre cioso de sua honra, abraçado à mais reacionária e hipócrita moral católica que logo envolverá o mundo em censura e fogueiras, homofobia e antissemitismo. Tendo como eixo esse conflito, Álvaro Enrigue escreveu Morte súbita (Companhia das Letras; 256 pp.; R$ 44,90 – Trad.: Sérgio Molina), livro que ultrapassa o título de romance histórico. Ao lado de Marcílio França Castro, no dia 30 de junho, o autor participa da mesa Histórias naturais na Flip 2016, com início às 17h15.

Quando, em março de 2011, uma criança de Daraa, na Síria, escreveu no muro da escola "Abaixo o regime" e, sem saber, acabou deflagrando a guerra civil no país, Abud Said era um ferreiro que vivia na província de Alepo, em uma pequena casa, com a mãe e muitos irmãos. O Facebook era sua janela para o mundo, e foi ali que ele resolveu começar a sua "revolução pessoal", postando quase diariamente textos poéticos, críticos e provocativos, que chamaram a atenção de escritores e intelectuais no mundo inteiro e acabaram sendo publicados como e-book na Alemanha, onde ele vive atualmente como exilado político. Poesia de amor e guerra, O cara mais esperto do Facebook (Editora 34; 96 pp.; R$ 38 – Trad. Pedro Martins Criado) é, enfim, um daqueles casos raros em que, graças a um acúmulo de potências literárias, a expressão local e individual, ganha poder de fogo coletivo e universal. No dia 3 de julho o escritor participa da mesa Síria mon amour na Festa Literária Internacional de Paraty, às 10h, ao lado da jornalista Patrícia Campos de Mello.