Em janeiro de 2015, a Benetech, ONG que “desenvolve e usa a tecnologia para criar mudanças sociais positivas” ganhou do Google.Org Award um investimento de US$ 800 mil. Entre os programas da Benetech, que tem sede em Palo Alto, na Califórnia (EUA), está a Bookshare, uma biblioteca digital acessível desenvolvida para deficientes visuais, pessoas de baixa visão, disléxicos severos e pessoas com problemas motores que impeçam o manuseio de livros. No mundo todo, a plataforma já tem 400 mil usuários, a maioria deles nos EUA, e cerca de 400 mil títulos, a grande maioria em inglês. Em português, são apenas 57 títulos, quase todos de obras em domínio público. Com o empurrãozinho do Google, a plataforma quer ampliar esses números. Para tanto, contratou uma “evangelizadora” que começou a visitar editores brasileiros na tentativa de fazer crescer a participação de livros brasileiros no catálogo e, consequentemente, crescer o número de usuários brasileiros na plataforma. Clique no Leia Mais, conheça a plataforma e saiba o que a Bookshare quer dos editores brasileiros.

Um dos blogs que costumo seguir é o do catalão Bernat Ruiz, Verba Volant, Scripta Manent (nada a ver com a epístola do usurpador). O post desta semana, "Libros que nunca lo fueron", coincidentemente, saiu no mesmo dia em que o PublishNews publicou a coluna do Paulo Tedesco, "Um e-book de fracasso", no qual se dedica a desvalorizar os e-books (a polêmica prossegue com a resposta do André Palme e uma intensa discussão no Facebook). Na verdade, os dois artigos tangenciam o tema que marca este texto. O do Bernat Ruiz está muito mais focado na questão de se os livros de colorir para adultos podem ou não ser considerados livros. Mas vamos, lá, começando pelo Ruiz. Ele anuncia que a HMRC britânica, mais ou menos equivalente à nossa Receita Federal, enviou correspondência às editoras do Reino Unido exigindo o pagamento de IVA para “los cuadernos de colorear para adultos”. Nossos populares (no ano passado) livros de colorir. O Reino Unido não cobra IVA de livros, livros infantis de pinturas e gravuras, mapas e cartas geográficas, revistas, jornais, música impressa ou copiada (partituras) e publicações (alguns tipos de publicações, como livros de exercícios e cartazes, pagam a taxa padrão). Existe uma discussão pendente na União Europeia em conjunto e em cada país, e também por aqui, sobre os livros eletrônicos. E Sua Majestade anunciou que vai cobrar o imposto dos livros de colorir para adultos. Esse é o tema do post do Bernat Ruiz. Clique no Leia Mais para ler a íntegra da coluna, onde discuto o que afinal é um livro.

Trabalho diariamente com e-books na Árvore de Livros, uma plataforma de biblioteca digital voltada para escolas de ensino fundamental e médio, e foi com natural atenção que acompanhei a discussão em torno do artigo "Um e-book de fracasso", publicado terça-feira passada, 21/6, na coluna do escritor Paulo Tedesco, no PublishNews. Concluí a leitura da coluna com certo pesar, não porque o autor não acredita no potencial dos livros digitais, mas porque o discurso exposto por ele repete o que muitas e muitas vezes ouvi de pequenas e médias editoras, justificando o por quê de ainda não publicarem livros digitais. Mas diferente de Tedesco, eu acredito que o ebook está longe de ser “inútil” ou um “desserviço à cultura”. Dessa forma, eu gostaria de complementar a excelente resposta de André Palme publicada no mesmo dia. Para entender porque o e-book é importante, é necessário primeiro delinear qual o estado do mercado editorial e da leitura hoje no Brasil. Clique no Leia Mais para ler a íntegra deste texto de opinião sobre os livros digitais.

Nos últimos 12 meses, diferentes editoras que trabalham com literatura infantil e juvenil (LIJ) anunciaram o encerramento de suas atividades. Outras tantas, quando não fecharam o departamento de LIJ, diminuíram consideravelmente o número de lançamentos na área . Com a crise e os cortes dos programas de governo, o modelo de negócios operado por parte delas se tornou insustentável. De modo bastante resumido, e ignorando setores como o porta a porta, os modelos de negócios de LIJ seguiram na última década dois caminhos: o das pequenas e o das grandes empresas, com alto poder de investimento e uma máquina de divulgação escolar . Ambas atuam em três canais: escolas, livrarias e governo. Sem capacidade para investir em uma equipe de divulgação escolar com a capilaridade necessária para um país de dimensões continentais, as pequenas editoras chegam ao mercado escolar por meio de empresas parceiras que realizam distribuição e divulgação de seus títulos... e dos títulos de outras dezenas de pequenas casas editoriais. Ou seja: concorrem com as grandes, que possuem grandes equipes de divulgação. [...] Com a suspensão de programas como o PNBE, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e o Programa Estadual do Livro de SP, vivemos um momento difícil para a área. Clique no Leia Mais para ler o texto de opinião de Renata Nakano na íntegra.

Sou favorável e acredito em políticas públicas que protejam os meios de manutenção da bibliodiversidade, pois a dinâmica do mercado sempre vai no sentido puro e simples da lucratividade e precisamos mais que isso, é necessário ter à disposição do público opções variadas que em muitos casos não tem escala suficiente para dar lucro. Vejam bem, me refiro a políticas e ações públicas que protejam os meios, e não empresas específicas que não se sustentem por má gestão ou equívocos na seleção dos livros a publicar. Políticas públicas que além da pluralidade de conhecimento sejam ferramentas de desenvolvimento não só do negócio do livro, mas de uma nação. Essa questão já aventada em algumas ocasiões por profissionais de forma independente, e também por algumas empresas e entidades de classe, quero crer, visa muito além dos seus empregos ou sobrevivência de suas empresas. Clique no Leia Mais para acessa a íntegra deste texto de opinião.

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou que a empresa Tzar Logística precisa explicar o descarte de cerca de 1000 livros escolares que foram encontrados em um matagal às margens da Rodovia Fausto Santomauro (SP-127), que liga Piracicaba (SP) a Rio Claro (SP). Os exemplares foram achados na tarde da segunda-feira (20) por uma equipe de ronda escolar da 4ª Companhia da Polícia Militar, após uma denúncia anônima. A Secretaria de Educação informou que iniciou a apuração sobre o descarte irregular logo após tomar conhecimento do caso. De acordo com a PM, pelas etiquetas e embalagens foi possível identificar que os livros ainda estavam sem uso e deveriam ser entregues no segundo semestre em três escolas estaduais de Limeira (SP). Os materiais didáticos estavam jogados no chão no meio do mato. Logo após a localização, os cerca de livros foram recolhidos e levados para a Diretoria de Ensino de Piracicaba.

O Instituto Moreira Salles organiza pelo 6º ano consecutivo uma programação especial para a Flip 2016 na Casa do IMS (Rua do Comércio, 13, Centro Histórico, Paraty / RJ). Entre as atividades programadas, estão uma exposição com fotografias, desenhos, manuscritos e textos da poeta Ana Cristina Cesar, autora homenageada pela Festa neste ano, a exibição do curta-metragem Poesia é uma ou duas palavras e por trás uma imensa paisagem, de João Moreira Salles, dedicado a Ana Cristina, o lançamento do livro Inconfissões – Fotobiografia de Ana Cristina Cesar e da revista serrote #23 – além da distribuição gratuita de sua edição especial, a serrote #23½ –, e uma série de conversas com autores convidados. Confira a programação completa aqui.

Bráulio Tavares e André Vianco estarão no Centro Cultural Sesc Paraty (Rua Marechal Santos Dias, 20, Centro Histórico), durante a Flip, para debater sobre as origens e perspectivas para a literatura fantástica no Brasil. Os autores participam do Café Literário Fantasias à Brasileira, que será mediado pelo jornalista Rodrigo Casarin, no dia 30 de junho, às 11h. A Literatura Fantástica é conhecida pela narrativa elaborada pelo imaginário, por uma dimensão supostamente inexistente na realidade convencional, reunindo mitologia e filosofia.

A Amazon apresentou no últmo dia 22/6 a nova versão de seu Kindle, que é como se denomina o modelo de e-reader mais barato da gigante de Seattle (ainda que popularmente se utilize o nome Kindle para chamar qualquer dispositivo de leitura da empresa). Ele agora está mais fino, mais leve e com o dobro de memória da geração anterior. O novo e-reader poderá ser adquirido nas cores preta ou branca e será lançado em breve no Brasil, mas ainda não há data definida. Nos EUA, o novo modelo começará a ser despachado no próximo dia 7/7. Segundo a assessoria de imprensa da Amazon, a ideia é manter o preço do modelo antigo do Kindle, atualmente vendido por R$ 299 no Brasil, mas ainda não existe confirmação disso. Além de ser mais fino e mais leve, o novo Kindle conta com um design mais arredondado, o que, segundo a Amazon, torna mais fácil e confortável segurá-lo com uma mão, em qualquer ângulo, para momentos mais longos de leitura. A loja brasileira da Amazon, aproveitou o anúncio global para comunicar também que já está oferecendo uma versão branca do Kindle Paperwhite por R$ 479, com parcelamento em até 12 vezes sem juros.

O projeto da 62ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, que acontece de 28 de outubro a 15 de novembro no Centro Histórico da capital gaúcha, foi aprovado pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura – CNIC, pelo artigo 18 da Lei Nacional de Apoio à Cultura (Lei Rouanet). Assim, os patrocinadores poderão deduzir 100% de seu aporte do Imposto de Renda a ser recolhido. O valor aprovado foi de R$ 1.146.085,34. A organização fica a cargo da Câmara Rio-Grandense do Livro.

A Estação das Letras (Rua Marquês de Abrantes, 177, Flamengo, Rio de Janeiro / RJ) está com as inscrições abertas para a oficina de crônicas. Nos encontros serão lidos e debatidos escritores que foram grandes cronistas, como Rubem Braga, Nelson Rodrigues, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Antônio Maria, Lygia Fagundes Telles e Luís Fernando Veríssimo. Além de usar estes exemplos, a oficina também será o espaço para ler e debater crônicas escritas pelos alunos. As aulas acontecem dias 28, 29 e 30 de julho, quinta e sexta-feira, das 19h às 21h, e sábado, das 10h às 12h. A condução será do escritor e crítico literário José Castello. O investimento é de 2x de R$ 250, com taxa de matrícula de R$ 50. Para mais informações, clique aqui

Escrever é uma arte, mas tornar a escrita compreensível ao leitor é uma necessidade. A proposta do curso Os recursos linguísticos do texto é descomplicar a escrita. Advérbios mal empregados, vírgulas mal colocadas, repetições pronominais, falta de coerência entre as ideias e coesão comprometida são alguns problemas que prejudicam o texto. Através de uma oficina de produção escrita e da análise de situações textuais recorrentes nos textos literário e não literário, que a Escola do Escritor realiza neste sábado (25), será possível trabalhar diversas situações linguísticas e refletir comoelas impactam os leitores. O encontro acontece das 9h às 16h, no Espaço Scortecci (Rua Dep. Lacerda Franco, 96, Pinheiros, São Paulo / SP), e será ministrado pela professora e escritora, Ivani Rezende. O custo é de R$ 195. Inscrições aqui

O Grupo Segurados Banco do Brasil e Mapfre está apoiando o projeto Ler é Bom, Experimente!, realizado pelo Grupo Projetos de Leitura. Aprovado pelo Ministério da Cultura, o trabalho consiste na doação de livros e no desenvolvimento de atividades escolares destinadas a estudantes do 3º ano do ensino fundamental até o ensino médio. Além dos livros, outra oportunidade trazida pelo projeto é a possibilidade de publicação dos textos dos alunos no livro As Melhores Histórias dos Projetos de Leitura, uma coletânea editada anualmente que reúne os melhores textos entre todos os participantes. Neste ano, 28 mil alunos de 240 escolas serão beneficiados. Para participar do projeto, educadores de escolas públicas de todo o país podem fazer a inscrição aqui.

Depois de um acidente de carro que lhe causou um derrame cerebral, David Sarac, integrante da Divisão de Inteligência da Polícia de Estocolmo, acorda, gravemente ferido, em um hospital da cidade. Logo descobre que boa parte de sua memória está comprometida. O pouco que sabe sobre o dia do acidente só lhe traz mais indagações: para onde estava indo? Por que corria tanto? E o que causava aquela sensação de medo que carregava? Pressionado pelos colegas de trabalho, Sarac tenta se lembrar de dados ultrassecretos sobre investigações relacionadas ao crime organizado e, além disso, reestabelecer contato com Jano, seu principal informante. Seus segredos vão sendo revelados aos poucos, em meio ao clima de suspense de MemoRandom (Record; 448 pp.; R$ 49,90 - Trad. Sonia Lindblom), novo thriller do sueco Anders de la Motte.

Em O gosto do sangue (Pandorga; 280 pp.; R$ 34,90), o autor Anselmo Duarte aborda a violência contra a mulher, drogas e corrupção. O enredo gira em torno de Rosana, uma jovem recém-graduada em arquitetura e que acaba de ser contratada pela Rossi, uma empreiteira que é comandada por um primo distante, Leandro. É através dele que a moça conhece Humberto. Este por sua vez apaixona-se perdidamente por ela, e os dois engatam em um romance. Entretanto, pouco sabia Rosana que Humberto era usuário de cocaína e apresentava alterações de humor quando utilizava a droga, tornando-se muito violento e inconsistente. Com o passar do tempo, a arquiteta percebeu que havia se envolvido com um demônio e procurou a ajuda da polícia.

Há 62 anos, um livro de suspense psicológico faria com que milhões de leitores discutissem a origem da maldade. Menina má (Darkside; 272pp.; R$ 33,90 –Trad. Simone Campos), romance de William March, foi publicado originalmente em 1954. Na trama, Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado.

Um estranho aparece do nada e, com poucas palavras, destrói o mundo de Adam Price. Sua identidade é desconhecida. Suas motivações são obscuras. Mas suas revelações são incontestáveis. Na trama de Não fale com estranhos (Arqueiro; 304 pp.; R$ 34,90 – Trad.: Marcelo Mendes), Adam levava uma “vida dos sonhos” ao lado da esposa, Corinne, e dos dois filhos. Quando o estranho o aborda para contar um segredo sobre sua esposa, ele percebe a fragilidade do sonho que construiu. Assombrado pela dúvida, Adam decide confrontar Corinne, e a imagem de perfeição que criou em torno dela começa a ruir. Ao investigar a história por conta própria, acaba se envolvendo num universo sombrio repleto de mentiras, chantagens e assassinatos. O título é assinado por Harlan Coben, que já vendeu mais de um milhão de livros no Brasil.

Se você, por impaciência, já desativou o corretor ortográfico do WhatsApp, está na hora de reconsiderar a adoção do revisor robótico. Machado de Assis, o mais célebre autor da literatura brasileira, teria sido salvo pela ferramenta caso ela existisse por aqui. No prefácio de sua obra Poesias Completas, publicada em 1902, a palavra "cegara" foi substituída, na expressão “lhe cegara o juízo”, por um inusitado “cagara”.Poesias Completas era, como indica o nome, uma coletânea dos quatro livros de poemas lançados anteriormente pelo autor: Crisálidas, Falenas, Americanas e Ocidentais.