Arnaud Nourry, CEO da Hachette, foi sabatinado nessa manhã (tarde em Frankfurt) dentro da programação do CEO Talk do Business Club, a área VIP da Feira do Livro de Frankfurt. Ao ser questionado sobre os seus planos para o Brasil, Nourry disse, em tom de brincadeira: “continuo amando o Brasil... para as férias”. Logo depois dos risos da plateia confessou que gostaria de voltar ao Brasil (a Hachette comprou, em 2007, 50% da Escala Educacional e desistiu do negócio) e que nos próximos cinco ou seis anos espera fincar os pés no País novamente. “É um dos mercados mais atrativos do mundo. Queremos muito estar lá”, disse. Clique no Leia Mais e veja como foi o CEO Talk com Arnaud Nourry.

A 67ª edição da Feira do Livro de Frankfurt foi aberta na noite desta terça-feira (13) com forte apelo político. Pela manhã, jornalistas foram obrigados a passar por um forte esquema de segurança para ter acesso à conferência de abertura para a imprensa com a presença do escritor Salman Rushdie. O convite para que Rushdie participasse do evento provocou o boicote do Irã à feira. Em sua participação relâmpago na feira, Rushdie defendeu que sem liberdade de expressão não há nenhum outro tipo de liberdade e que atentados a essa prerrogativa afetam a natureza humana. Rushdie se disse “chateado” por ter de tratar desse assunto. “A liberdade de expressão deveria ser como o ar que respiramos. Essa batalha já foi vencida há séculos e a retomada desse assunto é resultado de um fenômeno recente lamentável”, observou. Juergen Boos, diretor da Feira do Livro de Frankfurt, endossou a fala de Rushdie e declarou que “a liberdade de expressão não é negociável”. “Se há uma tarefa importante para a literatura e para a indústria do livro é provocar inquietação. Rushdie provoca isso com a sua literatura e editores também devem perturbar”, completou. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra dessa matéria.

A terça-feira em Frankfurt, além dos discursos políticos, foi também de discussões a respeito de sete territórios que conseguiram destaque no cenário global da indústria do livro. Ao todo, 69 editores e especialistas apresentaram ideias e projetos realizados na Alemanha, China, Coreia do Sul, EUA, México, Turquia e Indonésia, país convidado desta edição da feira. A programação do seminário The Markets – Global Publishing Summit antecedeu a abertura oficial da feira e reuniu mais de 300 participantes de 20 países nesta terça-feira. Clique no Leia Mais e tenha alguns destaques da programação do seminário.

O Man Booker Prize anunciou, nesta terça-feira, o vencedor de 2015. É o jamaicano Marlon James, por A brief history of seven killings , romance inspirado em um fato real e que descreve como Bob Marley e sua equipe foram atacados antes de um show em 1976. Aos 44 anos, James é o primeiro jamaicano a receber o prêmio, que é um dos mais importantes da literatura de língua inglesa. James concorreu com os britânicos Tom McCarthy ( Satin Island ) e Sunjeev Sahota (The year of the runaways ), o nigeriano Chigozie Obioma (The fishermen) e as norte-americanas Anne Tyler (A spool of blue thread) e Hanya Yanagihara ( A little life). Com o prêmio, James levará para casa US$ 77 mil. O autor permanece inédito no Brasil.

Na quinta-feira passada, dia 8, nosso editor do PublishNews publicou um artigo intitulado De onde vêm os 16 bi da Dilma, comentando o publicado no blog do Planalto, onde afirmava que o custo de uma das “pautas-bomba” vetadas pela Presidenta e em exame na Câmara dos Deputados custaria R$ 16 bilhões até 2019. O artigo vetado dizia respeito a uma proposta que modificava a legislação do Imposto de Renda cuja primeira formulação é de 1995, com valores reajustados todos os anos. A modificação deste ano é a tal Lei 13.149/2015, parcialmente vetada, e que isentava os professores de pagar Imposto de Renda se comprassem o valor em livros.A notícia chocou e provocou comentários irados de leitores, que diziam que “era assim a tal Pátria Educadora”, “como é possível negar dinheiro para os professores comprarem livros”, etc. Confesso que também levei o maior susto, quando li a notícia. A conta do Leonardo Neto estava certa, com os dados que usou. Só que houve um equívoco, quanto aos dados a serem comparados. Essa certeza adquiri depois de, eu mesmo, fuxicar dados e a própria legislação. CLique no Leia Mais e veja as conclusões de Felipe Lindoso.

Como noticiado ontem pelo PublishNews, a Feira de Frankfurt deste ano terá uma participação brasileira consideravelmente menor se comparada aos últimos anos. Com o apoio do MinC e da Biblioteca Nacional, André Sant’anna, Márcio Souza e Maurício Negro representarão o Brasil no evento. Contudo, graças ao projeto BrasiLesen do Centro Cultural Brasileiro em Frankfurt (CCBF), à própria feira e ao apoio financeiro do governo alemão, a programação oficial do evento contará com mais três escritores e dois tradutores brasileiros: Noemi Jaffe, Fernando Bonassi, Ricardo Lisias, Luis Krausz e Kristina Michahelles. O BrasiLesen realizou desde 2011 mais de 30 eventos com autores em Frankfurt e formou uma rede de difusão da literatura brasileira em outras cidades e países importantes, como Munique, Colônia, Berlim, Áustria e Suíça. O objetivo do projeto é apresentar aos falantes da língua alemã tanto autores já traduzidos para o alemão, quanto novas propostas e nomes a serem descobertos.As ações do BrasiLesen para 2016, contudo, permanecem incertas devido à falta de patrocínio necessário para o pagamento do hotel dos autores e cachês. Não é só patrocínio que o BrasiLesen busca, como também mais proximidade com editores brasileiros. Eles podem dar sua colaboração informando com antecedência sobre viagens internacionais de seus autores e articulando eventos com o projeto. Clique no Leia Mais e conheça o trabalho da equipe do CCBF e saiba como colaborar com o projeto.

Como você escolhe livros em uma livraria? A famosa compra de impulso? Chega a uma livraria, de preferência imensa, e fica ali garimpando títulos, namorando capas, puxando pela memória o que já leu, gostaria de ler, ou apenas sonhou ler? Afinal, não é a livraria a casa dos sonhos dos leitores? A casa onde você pode encontrar um livro que lhe dará respostas, ou abrirá uma nova porta, ou lhe entregará o bilhete para a próxima viagem? Não. A resposta é, lamentável e definitivamente, não. A livraria não é mais a casa da sabedoria, dos bons livros. Foi-se o tempo. Antes de ir a uma livraria, procure saber quais autores você quer ler. Qual assunto lhe agrada, qual romance te encanta. Por quê? Porque as livrarias se tornaram supermercados. Todos os livros que vocês veem nas gôndolas, bancadas, estantes ou vitrines estão ali porque as editoras pagaram para ali estarem. Cada centímetro da sua visão, ao entrar em uma livraria, tem um preço. É espaço vendido para as editoras, que se tornam reféns da estratégia.

A Editora Rideel está contratando editor de livros jurídicos com graduação em Direito. O contratado deverá pesquisar e atualizar normas; realizar as atualizações dos dispositivos que já foram publicados; analisar normas nos diários oficiais; realizar notas de atualização, correlatas e informativas para os códigos; programar atualizações que serão disponibilizadas no site; analisar e captar novos originais e contratar terceiros, como revisores e diagramadores. O contratado atuará próximo ao metrô Santana, em São Paulo, no regime CLT e receberá benefícios como seguro saúde, assistência odontológica, vale transporte, vale refeição, vale alimentação e convênio com farmácia. Os currículos devem ser encaminhados para rh@rideel.com.br.

O Grupo Editorial Nacional (GEN) está contratando Assistente de Pesquisa e Desenvolvimento Acadêmico, para atuar no Rio de Janeiro. Entre as atribuições do contratado está realizar pesquisas relacionadas a diversos conteúdos produzidos pelo curso e Editorial Jurídico, com o intuito de unifica-los em um único espaço iterativo, além de executar os serviços relacionados com as rotinas acadêmicas e administrativas do setor. Os interessados podem encaminhar o currículo até 23 de outubro para o e-mail eliane.gomes@grupogen.com.br ou paloma.zocchi@grupogen.com.br.

Como mais um esforço para consolidar o Projeto de Lei do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas - PMLLLB - de São Paulo, o Secretário Executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura - PNLL do Ministério da Cultura, José Castilho Marques Neto coordena na capital paulista o curso A leitura como política pública e direito de cidadania. A atividade inicia nesta quinta-feira (15) e segue até sábado (17), no auditório da Escola Superior de Gestão e Contas Públicas do TCMSP (Av. Prof. Ascendino Reis, 1130, Vila Clementino, São Paulo/SP). O objetivo é discutir o agendamento, formulação e implementação de políticas públicas do livro, da leitura, da literatura e da biblioteca no Brasil, apresentando um panorama crítico do processo de formulação e aprovação do PNLL e do PMLLB/SP, em diálogo com experiências de outros municípios do País. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui.

Nesta quinta-feira (15), às 12h, o jornalista Paulo Markun irá “entrevistar” o abolicionista, poeta e diplomata pernambucano Joaquim Nabuco (1849/1910). Trata-se da última gravação dos episódios da segunda temporada de Retrovisor. O programa, que irá ao ar pelo Canal Brasil, possui formato talk-show, e nele Paulo Markun conversa com personagens históricos brasileiros interpretados por atores. Na ocasião, o personagem responde a perguntas feitas pelo jornalista, e em seguida, da plateia do teatro Erva Herz, da Livraria Cultura (Avenida Paulista, 2.073, São Paulo/SP). O ator Celso Frateschi interpretará Nabuco, que será questionado sobre fatos ocorridos em 1879, quando fundou a Sociedade Anti-escravidão Brasileira. A entrada é franca.

Vinte e um anos após a morte de Mario Quintana, a Semana Literária do Grêmio Náutico União, de Porto Alegre, homenageia o poeta gaúcho. A abertura oficial do evento acontece hoje (14), às 19h, na Praça dos Fundadores da sede Alto Petrópolis (Rua João Obino, 300, Petrópolis, Porto Alegre/RS), e reúne os escritores Armindo Trevisan, Dulce Helfer, Tabajara Ruas, Felipe Daiello, Mario Cavalheiro Lisbôa e Edson Pereira Neves para a sessão de autógrafos. Todos esses escritores publicaram livros em homenagem ao poeta. A exposição de quadros, fotos e livros do autor, na Galeria de Artes do Clube, vai até o dia 3 de novembro. A entrada é franca. Mais informações, clique aqui.

A poeta baiana Lívia Natália e a autora norte-americana do livro Preciosa, Sapphire, participam da mesa literária Em Trânsito, às 17h do próximo sábado (17), na Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica. O evento inicia hoje (14) na cidade baiana. Transitando pela linguagem, estendida pelo talento literário, Lívia e Sapphire tratarão sobre as múltiplas identidades. A programação da Flica segue até domingo (18), confira aqui. Sapphire vem ao Brasil para lançar o seu romance O garoto (Record). O livro é a continuação de Preciosa e tem como protagonista Abdul Jones, o filho de Precious, protagonista do primeiro romance da autora.

O mais recente quadrinho de Asterix e Obelix se aventura na era da informação. Por conta disso, até mesmo o jornalista Julian Assange, fundador e porta-voz do site WikiLeaks, foi escolhido para dar inspiração a um dos novos personagens. O 36º volume da franquia, O papiro de César, vai chegar às livrarias de todo o mundo no próximo dia 22 de outubro pelas mãos do roteirista Jean-Yves Ferri e do ilustrador Didier Conrad. Essa é a segunda obra em que Albert Uderzo, criador ao lado de René Goscinny da dupla de heróis gauleses, não participa da produção do roteiro. Uderzo decidiu se aposentar em 2011, aos 84 anos. As novidades sobre O papiro de César foram comunicadas em evento nesta segunda-feira que teve a Torre Eiffel como pano de fundo.

O sociólogo Zygmunt Bauman desconstrói em A riqueza de poucos beneficia todos nós? (Zahar, 104 pp; R$ 39,90 e-book 32 - Trad.: Renato Aguiar) a convicção de que a melhor maneira de ajudar os pobres a sair da miséria é permitir que os ricos fiquem cada vez mais ricos. Bauman analisa, uma a uma, as premissas que sustentam a ideia de que a riqueza de poucos beneficia todos nós, desvendando as falácias que se ocultam por trás dela. Ao mesmo tempo, ele mostra como o individualismo do mundo de consumo é a ideologia que justifica o enriquecimento sem freios dos já muito ricos, apresentando como estratégia de vida o modelo das celebridades. Professor emérito das universidades de Varsóvia e Leeds, o polonês tem mais de 30 livros publicados no Brasil pela Zahar.

André Lara Resende se intitula como um escritor que pensa muito antes de escrever. Por isso, todos os 13 artigos reunidos em Devagar e simples (Companhia das Letras, 216 pp., R$ 44,90 e-book 30,90) têm alguns eixos comuns. Alguns são propícios para o debate público do momento no Brasil, como O mal-estar contemporâneo e os artigos da seção Para repensar o Estado. Outros, para entender o atual debate no mundo e seu significado para o Brasil, como os da primeira seção, As fortunas do crescimento. Há ainda um texto inédito, Em busca do heroísmo genuíno, e dois artigos que fundamentam a posição do autor sobre o indispensável repensar sobre o Estado e a necessidade de revalorização da vida pública.

Chega ao Brasil a edição estendida de A estratégia do oceano azul: como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante (Elsevier, 312 pp, R$ 89,90), assinado pelos professores de estratégia e gestão W. Chan Kim e Renée Mauborgne. Best-seller com mais de 3,5 milhões de exemplares vendidos em 43 idiomas, o livro busca permitir que qualquer organização – grande ou pequena, iniciante ou veterana – assuma o desafio de criar oceanos azuis para maximizar oportunidades e minimizar riscos. Para auxiliar as empresas a responder aos novos questionamentos sobre a aplicação dos conceitos, os autores apresentam um método simples e ao mesmo tempo abrangente para garantir que os componentes-chave de um negócio, desde valores a lucros e pessoas, estejam alinhados a ponto de suportar as mudanças estratégicas exigidas pela estratégia. O livro traz casos de sucesso e de fracasso em alinhamento para mostrar não só como atingi-lo em ação, mas também como ele pode dar errado.

Em um momento de crise, muitos paralisam, vários desistem, os menos preparados e resilientes se retiram do mercado. Mas quem tem um projeto forte e se prepara para colocá-lo em prática da forma correta, terá ainda muito mais chances de alcançar o sucesso. Há quatro anos o professor Marcos Silvestre vem se dedicando a construir A virada na carreira – Ganhe dinheiro por conta própria (Faro Editorial, 224 pp., R$ 34,90), um guia para qualquer pessoa que tenha um talento, certa experiência, uma habilidade em qualquer área profissional, possa se lançar como empreendedor de sucesso. O autor lista os prós e os contras de cada posição (empregado/empreendedor) e ajuda o leitor a identificar o seu principal potencial empreendedor, de modo que ele possa transformar seu talento no seu investimento.

O universo dos multimilionários é coberto por mistérios. Em Os muito, muito ricos e como eles conseguiram chegar lá (Best Business, 400 pp.; R$ 45 – Trad. Jorge Ritter) o escritor Max Gunther desvenda o comportamento e as investidas de 15 americanos que fizeram fortuna na década de 1960 e 70. Publicado originalmente em 1972, o clássico chega ao Brasil contando a história de homens que, em sua maioria, nasceram pobres e ascenderam à riqueza de forma assustadoramente rápida. A semelhança entre eles: uma incrível capacidade de arriscar. Entre os magnatas retratados no livro, estão Conrad Hilton, fundador da rede de hotéis Hilton, Howard Hugues, aviador e proprietário da TWA, e J. Paul Getty, criador da Getty Oil Company, adquirida posteriormente pela Texaco. O livro traz ainda uma série de entrevistas feitas por um jornalista do Chicago Tribune que presumia o retorno dos anos dourados após a crise dos anos 70. Ele reuniu depoimentos de super ricos com conselhos de investimentos para jovens da época.