Raquel Cozer, que nos quatro últimos anos, foi titular da coluna Painel das Letras, na Folha de S. Paulo, é a mais nova editora executiva de ficção da Planeta. Ela começa a trabalhar na sua nova casa na próxima segunda-feira. O convite para mudar de lado do balcão veio de um ex-colega de Raquel na Folha. Cassiano Elek Machado, atual diretor editorial da Planeta, foi até novembro do ano passado, editor do caderno Ilustríssima encartado aos domingos no diário. O novo titular da coluna não foi definido pela Folha. Desde o final de julho, quando Raquel saiu de férias, a coluna vinha sendo assinada interinamente por Marco Rodrigo Almeida, que também saiu de férias.

O júri do Man Booker Prize anunciou, nesta terça-feira, os finalistas ao prêmio dedicado a escritores que publicam originalmente em língua inglesa. Estão na lista o jamaicano Marlon James (A brief history of seven killings), os ingleses Tom McCarthy (Satin Island) e Sunjeev Sahota (The year of the runaways), o nigeriano Chigozie Obioma (The fishermen) e as norte-americanas Anne Tyler (A spool of blue thread) e Hanya Yanagihara (A little life). Nenhum dos livros é editado no Brasil. O vencedor será conhecido no dia 13 de outubro. No ano passado, o vencedor foi Richard Flanagan, com O caminho estreito para os confins do Norte (Globo).

Na noite desta terça-feira (15), o Brasil parou em frente à TV (com o celular na mão – a hashtag #MasterChefBR alcançou o topo dos trending topics mundial) para acompanhar a finalíssima do MasterChef Brasil. Na edição passada, a vencedora Elisa Fernandes ganhou -- além do “mundialmente conhecido troféu MasterChef”, um carro e R$ 150 mil -- a edição de um livro. Nesta edição, a vencedora Izabel Alvares saiu do estúdio sem a promessa do livro. A Planeta, editora pela qual o livro da vencedora da primeira temporada foi editado, confirma que por enquanto não tem nada fechado para fazer o livro. Procurada, a TV Bandeirantes, que exibe o programa, não se manifestou até o fechamento desta edição. Desde o seu lançamento, em maio desse ano, o livro de Elisa vendeu 2.419 exemplares, segundo apuração da Nielsen. Nada mal.

O Brazilian Publishers (BP) vai aproveitar a Feira do Livro de Frankfurt (14 a 18/10) par lançar a nova campanha que vai representar o Brasil em feiras e eventos literários mundo afora. “O Brasil lê o mundo. O mundo lê o Brasil” foi o slogan escolhido pelo projeto resultado da parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). “’O Brasil lê o mundo. O mundo lê o Brasil’ é a nossa maneira de dizer ao mercado editorial internacional, de maneira simples e objetiva, que a nossa diversidade cultural aliada ao profissionalismo e ao talento da indústria do livro brasileiro nos tornaram uma nação exportadora de livros e de direitos autorais para qualquer lugar do mundo. O Brasil é um país que merece ser lido”, explica Luiz Alvaro Salles Aguiar Menezes, gerente de relações internacionais da CBL e quem está à frente do BP. A nova comunicação visual estará presente em todos os estandes de feiras, catálogos e demais peças promocionais usadas pelo BP.

Às vésperas da Feira do Livro de Frankfurt, agentes se mexem para apresentar soluções que possam facilitar a compra e venda de direitos nos mercados internacionais. Na edição de ontem, o PublishNews trouxe a notícia da Books can Travel. A plataforma idealizada pela agente Patricia Seibel quer ser um elo entre livros escritos em português e editores internacionais. Indo mais ou menos pelo mesmo caminho, duas espanholas Anna Ascolies e Martina Torrades, acabam de lançar a The Spanish Bookstage, que pretende ser a ponte entre os livros escritos em língua espanhola e o mercado global. Estima-se que o mercado de livros em língua espanhola seja de 6,8 bilhões de euros e que, no mundo, 500 milhões de pessoas falem o idioma. De olho nisso, as agentes entenderam que o mercado precisava de uma plataforma que ajudasse a agilizar as pesquisas de direitos e facilitar o fechamento de negócios, em especial para falantes de língua inglesa. “A Spanish Bookstage é a primeira plataforma on line que dá informações em tempo real acerca do mercado de livros escritos em espanhol, oferecendo aos seus assinantes um relato abrangente de toda a atividade profissional do setor e ainda um acesso à base de dados importante do mundo editorial em língua espanhola”, diz o comunicado enviado pela a empresa. O acesso à plataforma é baseado em um modelo freemium. Para os recursos premium são cobradas taxas.

O Goethe-Institut no Brasil está divulgando sua biblioteca digital, a Onleihe, onde é possível baixar documentos digitais como e-books, arquivos de áudio e de vídeo, jornais e revistas eletrônicas diretamente para um computador ou e-reader pessoal, por um tempo limitado. Passado o prazo de empréstimo, os materiais são devolvidos automaticamente. Todos os interessados com residência fixa no Brasil e que tenham se registrado através da plataforma digital podem utilizar a biblioteca. Para isso, basta preencher o formulário de inscrição. A inscrição é gratuita.

Até 6 de novembro, o Itaú Cultural recebe inscrições para a nova edição do programa Rumos. São aceitos projetos referentes a qualquer área de expressão artística e/ou intelectual, que tratem da arte e da cultura brasileiras. Podem, por exemplo, incluir pesquisadores e artistas nascidos fora do Brasil. O processo de inscrição é todo online e também simplificado. Para obter todas as informações e se inscrever, visite o site do programa Rumos Itaú Cultural.

No ano em que o mundo parece ter descoberto Clarice Lispector, a coletânea The complete stories foi capa dos principais suplementos literários da Europa e dos EUA, feito inédito entre autores brasileiros. A escritora será tema de um documentário da cineasta pernambucana Taciana Oliveira. O filme se chamará A descoberta do mundo e terá roteiro de Teresa Montero, biógrafa de Clarice. Taciana vem ao Rio na semana que vem para as últimas gravações do documentário, que reúne depoimentos de amigos de Clarice como Affonso Romano de Sant’Anna, Alberto Dines, Ferreira Gullar, Marina Colasanti, Maria Bonomi e o filho de Clarice, Paulo Gurgel Valente. As informações são da coluna Gente Boa.

O Centro Universitário Maria Antonia USP (Rua Maria Antonia, 294, Vila Buarque, São Paulo/SP) promove hoje (16), às 20h, o encontro Escrito em voz alta, com Antonio Cicero e Eucanaã Ferraz e mediação de João Bandeira. A proposta é reunir a experiência da literatura em conversas entre escritores de diferentes gerações a respeito de seus modos e meios de criação, com a leitura em voz alta de seus escritos publicados ou inéditos. A entrada é franca e as senhas para acesso ao evento começam a ser distribuídas 30 minutos antes do evento iniciar. Mais informações, clique aqui.

Com o objetivo de refletir sobre a biblioteca escolar e sua contribuição para o ensinoaprendizagem, acontece em outubro o Congresso Ibero-Americano de Bibliotecas Escolares (CIBES). O evento será realizado em duas sedes, no Brasil, de 21 a 23, na Faculdade de Filosofia e Ciências – FFC (Campus da Unesp de Marília - Av. Hygino Muzzi Filho, 737, Mirante), e na Espanha, dias 26, 27 e 28, na Universidad Carlos III de Madrid. A iniciativa é organizada em conjunto pelas universidades Carlos III de Madrid (Espanha), a Unesp (Brasil) e pela organização Ayuntamiento de Getafe (Espanha). O Cibes Brasil vai contar com palestras, apresentação de trabalhos e oficinas, além da vinda de pesquisadores nacionais e internacionais. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até dia 21 de outubro, no site do Cibes.

De acordo com Ancelmo Gois, a Zahar é outra que comemora o excelente resultado da Bienal do Rio. As vendas cresceram 35% comparadas às de 2013. Entre os mais vendidos, estão os títulos da coleção Clássicos Zahar, como o eterno O pequeno príncipe.

A Martins Fontes - selo Martins celebra o seu maior sucesso em vendas durante uma Bienal do Livro do Rio de Janeiro, nesta edição de 2015. Com mais de 500 títulos do catálogo vendidos e com um total de 7 mil exemplares comercializados em dez dias de evento, os três livros mais vendidos no estande foram: Toda mafalda, Azul é a cor mais quente e Onde está Wally? - Vol. 1.

Apesar de ter trabalhado por anos no Banco do Brasil, era à literatura que ele queria se dedicar integralmente. Com 19 obras publicadas, entre romances, coletâneas de contos e ensaios, Esdras do Nascimento morreu na última sexta-feira no hospital Copa D'Or, onde estava internado há vinte dias para se tratar de uma infecção pulmonar. Ele sofria de enfisema pulmonar há um ano. Seu corpo foi cremado no Memorial do Carmo, no Caju, no sábado. Nascido em 1934, em Teresina, no Piauí, e radicado por muitos anos no Rio de Janeiro, o escritor atuou também como crítico literário e professor de escrita e literatura. Recentemente ele concluiu o livro Rerom Novarum — Opus 18, que contava um pouco de sua própria história. A obra ainda está em processo de publicação.

Robert A. Heinlen acaba de chegar para reforçar o time de autores clássicos publicados pela Aleph. O primeiro livro do autor publicado pela editora é Tropas estelares (Aleph, 368 pp.; $39,90 – Trad. Carlos Angelo), vencedor do prêmio Hugo, considerado um dos mais polêmicos livros da história do gênero. A obra, inclusive, foi adaptada para os cinemas em 1997 em um filme que também se tornou um clássico, com direção de Paul Verhoeven. O romance apresenta a Terra em um futuro não muito distante, vivendo sob uma federação na qual apenas soldados têm direito a voto. Em meio ao treinamento militar do jovem idealista Johhny Rico, tem início uma guerra contra aracnídeos alienígenas, e os soldados são levados à maior batalha de suas vidas, salvando a humanidade e expandindo a exploração do espaço.

Em 1996, um grupo de alpinistas empenhava-se em escalar o Everest até que uma tempestade atingiu a montanha, separando-os. Quando uma tentativa de resgate foi possível, Beck Weathers foi considerado sem chances de sobreviver e se viu abandonado na neve. Doze horas mais tarde, ele surgiu descendo a montanha na direção do acampamento, cego, sem luvas, com gelo até dentro do macacão térmico. Um dos relatos que inspiraram o filme Evereste, com Jake Gyllenhaal, Keira Knightley e Josh Brolin, Deixado para morrer (Intrínseca, 256 pp; R$ 39,90 - Trad. Catharina Pinheiro), de Stephen G. Michaud, mostra a luta pela vida em uma das montanhas mais perigosas do mundo. Além disso, aborda questões práticas sobre alpinismo, preparação e sobrevivência. Nas telonas, o longo será lançado, nos EUA, no dia 18 deste mês e no Brasil, dia 24 de setembro.

dos maiores sucessos da Microsoft, com mais de 60 milhões de jogos vendidos em todo o mundo, Halo ganha mais uma versão em livro. Criado a partir do universo expandido do game, o romance Halo: broken circle (Fábrica 231; 304 pp.; R$ 34,50 e-book R$ 22,50 - Trad. Guilherme Kroll) é um mergulho nas origens desse universo fantástico e de um de seus mais improváveis heróis. O livro foi escrito por John Shirley, autor de premiados livros de fantasia e corroteirista de longas como O corvo. Na trama, em um universo influenciado pela herança de uma raça superpoderosa que desapareceu misteriosamente, os Forerunners, duas grandes raças alienígenas – os San ‘Shyuum (Profetas) e Sangheili (Elites) – travam uma batalha pelo controle dos míticos artefatos deixados por esses “semideuses”. Enquanto o líder Profeta tenta garantir o futuro de sua espécie por meio da dominação de outras civilizações, o rebelde sangheili Ussa Xellus vê nessa aliança uma forma de rendição, o que é totalmente inaceitável em sua cultura. Cada um deles fará o que for preciso para garantir que suas raças alcancem seus objetivos mesmo que, para isso, tenham que destruir a outra. A Planeta também tem uma série de livros inspirados no game.

Em Assassin’s Creed Unity: Abstergo Entertainment dossiê do funcionário (Galera/Record; 177 pp; R$ 140 – Trad. Ryta Vinagre), de Christie Golden, os leitores vão conhecer a Abstergo, megacorporação que, no universo de Assassin’s Creed, dá início à história sequestrando o protagonista Desmond e obrigando-o a utilizar o Animus, um programa que o permite acessar as memórias de seus ancestrais. Nesta edição de luxo, o foco é em Arno Dorian, o protagonista de Assassin’s Creed – Unity, livro anterior da série ambientado na Revolução Francesa e no qual Dorian, um francês nascido em Versalhes e criado por Templários, busca redenção e vingança ao lado da irmã de criação, Élise. Fotos, mapas e esquemas de armas sobre a Revolução Francesa – e a participação de Arno, interna ou superficialmente – estão reunidos nesta nova obra. Já está em curso a produção de um filme inspirado no game.

Coliseu – Arena de sangue (Benvirá; 320 pp; R$ 39,90 - Trad. Emanuel Brito), de Simone Sarasso, que também escreve roteiros para cinema e televisão, conta a história de um jovem ferreiro que vê seu futuro queimar sob a ira do exército romano, e, arrastado contra sua vontade, é deportado de sua terra, a Britânia, para servir ao Império de Roma. Um homem livre que morreu para renascer, agora, como escravo. Sem fé, sem destino e sem nome, ele decide enterrar seu passado para sempre, passando a se apresentar como Vero. Levado até a capital para trabalhar no Anfiteatro Flávio, ele se torna testemunha do sonho de pedra e glória do imperador Vespasiano, que está prestes a ser inaugurado por Tito, seu filho. A cidade aguarda ansiosamente pelos prometidos cem dias de jogos, entretenimento de sangue e morte na arena. Extasiado pela glória dos gladiadores romanos, Vero alimenta em si o sonho de deixar de ser escravo para também ser aclamado pelas multidões, até que um dia vê essa possibilidade surgir em seu caminho.