“Ganhar o prêmio é colocar tudo em perspectiva. Todos os perrengues que passei na carreira parecem ter acontecido para que esse momento acontecesse”, disse Daniel Lameira ao PublishNews logo depois de ser reconhecido como o primeiro colocado do Prêmio Jovens Talentos da Indústria do Livro. "Que esse prêmio seja simbólico para uma mudança necessária no mercado. O editor não pode mais ser um profissional arrogante ou desconectado dos leitores, autores e outros profissionais do livro. Precisa sim entender que é parte de tudo isso e respeitar, ouvir e equilibrar todas essas demandas. O editor precisa urgentemente sair da torre de marfim antes que ela rua por dentro", defendeu. O anúncio do ganhador foi feito no início da noite desta quinta-feira (3), dentro do InterLivro, programação profissional da Bienal do Rio 2015. Lameira ganhou uma viagem para a Feira do Livro de Frankfurt (147 a 18/10), com despesas de passagens, hospedagem pagas pelo prêmio, além de ajuda de custo no valor de 500 euros e acesso ao Business Club, a área VIP da feira.

Nesta quinta-feira (3), logo depois de aberta a Bienal do Rio, cerca de 400 profissionais do livro se reuniram para participarem do InterLivro 2015, a programação profissional da Bienal. Ao todo, nove convidados de países como Alemanha, Áustria e Itália, além de brasileiros, falaram sobre as perspectivas do mercado global, as oportunidades para editores brasileiros em outros países, livros digitais, produção gráfica e de construção de linhas editoriais. Clique no Leia Mais e saiba como foi o InterLivro 2015.

Na última semana, o reinado trocou de mãos em muitas categorias. Para ser exato, apenas a lista infantojuvenil repetiu a primeira colocação, com O pequeno príncipe (Agir) que vendeu 4.421 exemplares. Na lista de ficção, o primeiro lugar ficou com o lançamento A garota na teia de aranha (Companhia das Letras), quarto volume da série Milennium. Foram 2.318 vendidos na semana de estreia. Já o topo da lista de não ficção foi ocupado pelo livro Morri para viver (Planeta), a de autoajuda por Philia (Principium/Globo), que também ficou com o primeiro lugar na lista geral, e a de autoajuda por O catador de sonhos (Gente). Clique no Leia Mais e veja alguns destaques da lista.

Foi-se o tempo em que a Bienal do Livro era o paraíso apenas dos ratos de livraria em busca dos últimos lançamentos, dos saldões e de crianças à espera de um autógrafo do Ziraldo ou do Mauricio de Sousa. De alguns anos para cá, quando o mercado editorial descobriu que os jovens leitores (e também os chamados young adults) eram bons consumidores, houve um boom na produção de livros voltados a este público e, claro, esforços em trazer os grandes best-sellers para encontros no País. E as feiras se tornaram palco de histeria. Nesta quinta-feira, 3, começou a Bienal do Livro do Rio e, a julgar pela lista de convidados, até o encerramento, dia 13, serão momentos de fortes emoções. Estarão todos lá: Ziraldo, Mauricio de Sousa, Pedro Bandeira, Thalita Rebouças, Paula Pimenta, Isabela Freitas, Eduardo Spohr, Jeff Kinney (Diário de Um Banana), David Nicholls (Um Dia), Julia Quinn (Os Bridgertons), Colleen Hoover (Sem Esperança) e Sophie Kinsella (Becky Bloom). E muitos outros.

Num ano de crise e estagnação no mercado, entre eles o editorial, a Bienal do Livro do Rio é uma espécie de sopro jovial. Literalmente jovial. Crianças sempre tiveram presença forte nas bienais, e, ao longo da última década, só vem aumentando a presença do público jovem, com idades entre 12 e 20 e poucos anos. Apostando nesses leitores, editoras sonham com faturamento gordo, mesmo num período de retração das vendas. Quem provoca frenesi nas bienais são autores que tratam dos temas e gêneros mais consumidos pela garotada: terror, suspense, aventura, o primeiro amor. São autores que não aparecem nos cadernos literários, não são indicados a prêmios e, muitas vezes, não são conhecidos pelo público adulto, mas conquistaram nos últimos anos uma legião de leitores – talvez seja mais correto dizer fãs ardorosos. Isabela Freitas, mineira de 24 anos, é um exemplo desse novo perfil de escritor que movimenta as bienais. Não se iluda, não, seu segundo título, foi o mais vendido no Brasil em agosto, segundo lista do portal PublishNews. "Já fiquei oito horas autografando. Nesta Bienal vamos criar senhas para controlar melhor o tempo", diz ela.

Adolf Hitler Volume 1: Os anos de ascensão; Pedro, o Grande, Bismarck – Uma vida e Cartas de Freud a sua filha serão algumas das biografias que a Amarilys Editora apresenta na Bienal do Livro do Rio. Os lançamentos da editora sobre grandes líderes que marcaram a história da humanidade começaram em 2013 com Alexandre, o Grande, passando por Napoleão – Uma vida e Karl Marx – Uma vida do século XIX. Até o final do ano, a Amarilys trará para o Brasil a biografia de Beethoven, escrita por Jan Swafford e o livro de memórias afetivas do estadista alemão Mikhail Gorbachev. Na Bienal, a editora pode ser encontrada no Pavilhão 3 Azul - E10.

A editora Paulus homenageia os 450 anos do Rio de Janeiro na Bienal do Livro. Entre os destaques, estão lançamentos e as festivas apresentações do teatro de bonecos, realizadas em quatro sessões diárias. Além disso, estão previstas promoções, lançamentos e descontos, assim como a oferta de obras de autores do Estado do Rio de Janeiro, como Alexandre Carvalho, Lúcia Fidalgo, Julio Emílio Braz, Sandra Ronca, Vilmar Berna, entre outros. Outra novidade que a editora leva para a Bienal é o Dicionário do Concílio Vaticano II, resultado de anos de pesquisa de 74 autores. A obra possui mais de 1.100 páginas, 281 verbetes históricos e interpretativos das principais personagens, documentos, temas e orientações conciliares, com foco voltado para a Igreja latino-americana. O estande da Paulus no evento fica na rua M08/N07, localizada no Pavilhão Verde da Bienal.

A Ubiqui, plataforma de gestão editorial, está participando das rodadas de negócios promovidas durante a Bienal do Rio entre agentes literários, profissionais livreiros e executivos de negócios do setor de todo o mundo com profissionais do Reino Unido, Índia, França e Itália. Durante a ação, o CEO da Ubiqui, Rafael Schaffer, lançará o quinto módulo de gestão da empresa, Backup na Nuvem, criado com foco na acessibilidade e segurança para as editoras. O módulo possui espaço para até 1 GB por produto, onde os clientes podem armazenam em um só lugar todas as informações referentes à obra.

O Grupo Editorial Novo Século se prepara para lançar o selo Estante de Medicina, que publicará livros para o público geral com curiosidades sobre diversos aspectos e abordagens da nossa saúde, trazendo referências seguras e efetivas para a orientação do leitor. O primeiro lançamento será Ouvidos, nariz e garganta (208 pp.; R$ 29,90), assinado pelo especialista em otorrinolaringologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP há mais de 30 anos, Jammal Azzam.

Encerram neste sábado (5) as inscrições para o Prêmio CNNP 2015, realizado pela Vivara Editora Nacional. Cada participante pode inscrever-se com até dois poemas, que devem ser inéditos, ou seja, poesias que ainda não foram publicadas em livro. Serão 250 poemas classificados, a serem publicados em livro com edição de 5 mil exemplares. Os três primeiros classificados ainda receberão Medalhas de Ouro, Prata e Bronze. Para obter mais informações sobre as inscrições, clique aqui.

Está programada para a próxima quinta-feira (10) a terceira edição do Clube de Leitura do Sesc Belenzinho (Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho, São Paulo/SP), que terá como curadora e mediadora a escritora Andrea del Fuego. Na oportunidade, o debate é sobre o romance Papel manteiga para embrulhar segredos (Memória Visual), de Cristiane Lisboa, publicado em 2006. A programação tem entrada franca e acontece das 20h às 21h30.

O Centro de Estudos de Tradução Literária da Casa Guilherme de Almeida (Rua Cardoso de Almeida, 1943, São Paulo/SP) promove na próxima semana, de 10 a 12 de setembro, a quinta edição do Transfusão – Encontro de tradutores. Dedicado à reflexão sobre tradução literária e ao diálogo entre tradutores, pesquisadores, teóricos e interessados no assunto, o evento traz, este ano, o tema Tradução e antropologia, e será composto por palestras e mesas-redondas. A proposta é discutir a possibilidade de tradução de tradições indígenas e afro-brasileiras, o papel da tradução na antropologia e o processo de assimilação intercultural ou de marcação da diferença no fazer literário e no tradutório. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas por meio de formulário online no site da Casa.

Inicia neste mês, e vai até o fim de outubro, uma iniciativa social do Grupo RIC Paraná, conduzida pelo Instituto RIC de Responsabilidade Social, que visa arrecadar livros novos ou usados. As doações serão destinadas ao projeto Vagão da Cultura, e podem ser feitas nas lojas da Livrarias Curitiba da capital paranaense e de São José dos Pinhais, parceira da atividade. O Vagão da Cultura, que funciona no Centro de Curitiba, é uma iniciativa da Serra Verde Express em prol da leitura e do conhecimento em um espaço lúdico e informativo. O vagão é uma biblioteca que disponibiliza livros gratuitamente para públicos de todas as idades e recebe visita de escolas, com agendamento prévio.

A Manole contrata estagiário na área de Marketing de Serviços. O candidato deve cursar, preferencialmente, até o 6º semestre das faculdades de Comunicação Social, Administração ou áreas afins, residir na Grande São Paulo, já que a empresa localiza-se em Alphaville, ter conhecimentos em Pacote Office, ter boa comunicação oral e escrita, organização, administração do tempo, capacidade de trabalhar sob pressão, e facilidade em trabalhar em equipe e de apoiar dois ou mais projetos concomitantemente. Não é necessário ter experiência profissional. A carga horária é de 6h. Além de bolsa auxílio, o contratado receberá Vale Transporte, Vale Refeição, além da possibilidade de comprar livros da editora com desconto. Interessados devem enviar currículo para Mábili Souza no endereço mabili@manole.com.br, indicando no assunto: Vaga - Estágio MKT Serviços.

O escritor argentino Mempo Giardinelli, de 68 anos, tem uma forte ligação com a literatura brasileira menino, adorava as histórias de Monteiro Lobato. Adulto, aproximou-se da obra de Machado de Assis, Guimarães Rosa, Thiago de Mello, que se tornou um grande amigo, Moacyr Scliar, Lygia Fagundes Telles, Clarice Lispector, Luís Fernando Veríssimo. Um dos principais nomes da delegação de seu país presentes na Bienal do Livro, Giardinelli é conhecido aqui pela novela Luna Caliente, lançada em 1985 pela L&PM e que narra o perverso envolvimento de um homem maduro com uma adolescente, filha de amigos, e que tem um final trágico. Em entrevista ao O Estado de S. Paulo, ele disse que a escrita está acima de qualquer realidade.

Conhecido por sua trilogia sobre a história do Brasil, Laurentino Gomes está de volta às livrarias com uma nova obra inspirada em sua própria jornada espiritual. Escrito em parceria com o conselheiro espiritual, Osmar Ludovico, O caminho do peregrino (Principium/Globo, 198 pp.; R$ 29,90) reúne reflexões pessoais, relatos históricos e meditações sobre trechos das Escrituras. As ilustrações são de Cláudio Pastro. “Este é um livro diferente de tudo que escrevi até agora”, explica Laurentino. “Nasceu de uma busca de natureza espiritual, que teve entre seus momentos marcantes uma viagem que fiz a Israel em 2014 na companhia de um grupo de peregrinos brasileiros, orientados por Ludovico. O resultado desse encontro é esta obra, que trata do significado da experiência cristã no mundo de hoje”.

O mais recente livro de Sonia Rodrigues, Fronteiras (Nova Fronteira, 336 pp; R$ 39,90), constrói um thriller onde violência, sexo, drogas, perdas e desencontros levam os personagens aos seus limites. Nas páginas do romance, a filha de Nelson Rodrigues conta a história de dois irmãos que fogem com a mãe para o Rio de Janeiro, depois de sofrerem, por muito tempo, abusos do padrasto. A mãe dos adolescentes deixa os filhos sozinhos em um apartamento no Catete e parte para os Estados Unidos para tentar ganhar a vida e juntar dinheiro para buscá-los. Desamparados e pressionados pela realidade que vivem, eles são forçados a tomar decisões extremas e precisam lidar com as consequências dessas escolhas.

Será que a Mônica enxerga as cores de um jeito diferente e escondeu isso de todo mundo? Ou esse é só mais um plano infalível dos meninos contra a garota mais forte do bairro? Quem conhece essa turma pelo menos um pouquinho já deve ter imaginado a resposta. Nesta história, Mônica é Daltônica? (Companhia das Letrinhas; 48 pp; R$ 34,90), a primeira publicada na revista Mônica, em 1970, o Zé Luís - e não o Cebolinha, acredite se quiser -, inaugura a tradição dos planos mirabolantes para tentar acabar com as coelhadas da dona da rua. E o Titi, o Cascão, o Cebolinha, junto com o líder do grupo, executam passo a passo o combinado, até que... Na história de Mauricio de Sousa, além de descobrir o fim da aventura, o leitor vai conhecer curiosidades sobre a turma e as ilustrações de Odilon Moraes, que reinterpreta um clássico de Mauricio de Sousa.

O caderno de perguntas era a rede social antes do Facebook. Milhares de pessoas compartilharam seus segredos e seus sonhos em folhas de papel que circulavam entre os amigos, os colegas de classe, aquela pessoa especial. Agora, Meu caderno de perguntas - Respondido por Clara Gomes #Aletradaspessoas (Aquário Editorial, R$ 20), de Ana Cristina Rodrigues e Estevão Ribeiro, resgata esse espírito, além de criar uma divertida brincadeira com as respostas.

A versão brasileira, em HQ e capa dura, do livro The witcher: a casa de vidro (Pixel Media; 144 pp; R$ 34,90), do escritor Paul Tobin e do desenhista Joe Querio, lançado em março de 2014 nos EUA pela Dark Horse, marca licenciada pela Pixel, será lançada durante a Bienal do Rio, no estande do Grupo Ediouro, localizado no Pavilhão Azul – J 10/K 07. O livro conta com 144 páginas, 16 a mais do que a versão estrangeira, e é composto de cinco revistas, cujas histórias se inserem no ambiente fantasioso dos contos de título homônimo do escritor polonês Andrzej Sapkowski. As histórias são repletas de cenas de lutas, com intrigas políticas, envolvendo diversas raças e espécies de animais.