A internacionalização da literatura brasileira passa pelas mãos dos agentes literários. Nos últimos dias, 16 obras de autores como Oswald de Andrade, Paulo Lins e Cristovão Tezza tiveram seus direitos vendidos para editoras da Alemanha, Finlândia, Itália, Noruega, Portugal e Turquia. Os negócios foram intermediados pela Agência Riff, Villas-Boas & Moss e Vikings of Brazil. No entanto, atrasos nos pagamentos de bolsas de tradução do Programa de Apoio à Tradução da Biblioteca Nacional preocupa, sobretudo com a proximidade da Feira do Livro de Frankfurt (14 a 18/10), maior palco de negociações de direitos do mundo. “Temos ouvido relatos de atrasos nos repasses de bolsas já aprovadas. O enfraquecimento do programa as vésperas da feira de Frankfurt tem um efeito negativo enorme e dificulta a divulgação da literatura brasileira no exterior”, disse João Paulo Riff ao PublishNews. A Fundação Biblioteca Nacional rebate dizendo que atrasos em pagamentos são casos isolados. “Eles existem, mas são exceções. Fazemos o possível para adequar os trâmites da administração pública à dinâmica do mercado editorial e dos projetos apresentados”, disse Fabio Lima, coordenador do programa. Fábio lembra ainda que as inscrições para o programa estão continuamente abertas e que a primeira reunião de avaliação dos projetos alistados em 2015 aconteceu no último dia 12. A previsão da divulgação do resultado desta primeira reunião deve sair até o fim dessa semana. Clique no Leia Mais e saiba quais livros foram negociados por essas agências.

A crise econômica nacional e as consequentes oscilações do mercado interno em todas as áreas de atividade reforçam a importância das vendas ao exterior. Tal cenário enfatiza o significado da internacionalização da produção editorial brasileira, promovida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), através do Projeto Brazilian Publishers, uma bem-sucedida parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O impulso dos últimos anos e as homenagens ao Brasil nas principais feiras internacionais de livros não encerram um ciclo. Ao contrário, devem ser entendidos com um processo contínuo de conquista dos mercados editoriais em todo o planeta. Cabe-nos, portanto, multiplicar os esforços pela internacionalização de nossa produção editorial, na mesma proporção em que nos dedicamos à ampliação do hábito de leitura no mercado interno. Com empenho redobrado neste momento de crise, estamos fomentando as exportações. Clique no Leia Mais e veja a íntegra do artigo do presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL).

As inscrições de trechos de traduções de autores brasileiros para publicação no número 7 da Machado de Assis Magazine – Revista Brasileira de Tradução, foram prorrogadas até o dia 14 de setembro. As informações e formulários para a inscrição estão no site da revista. O sétimo número da revista será divulgado por ocasião da Feira do Livro de Guadalajara, que acontece entre os dias 28 de novembro e 6 de dezembro na cidade mexicana. A prorrogação foi decidida para permitir que o Conselho Editorial tenha um espectro mais amplo de textos para escolher os 20 selecionados, em traduções para o inglês ou espanhol, que serão publicados na revista. Clique no Leia Mais e entenda por que a revista pode ser uma ferramenta importante na internacionalização da literatura brasileira.

A menina Anne Frank, dona do diário que comoveu o mundo e vendeu milhões de exemplares mundo afora, morreu em data desconhecida em 1945. Pela Convenção de Berna, tratado internacional para proteção de obras literárias e artísticas assinado pelo Brasil, o seu diário cairia em domínio público no dia 1º de janeiro de 2016, quando se completam 70 anos da morte da heroína judia vitimada aos 15 anos no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha. Mas não é assim que pensa a Fundação Anne Frank, detentora dos direitos da obra, que afirma categoricamente que os direitos pertenciam ao pai de Anne, Oto Frank morto em 1980. Clique no Leia Mais e entenda o caso.

Algumas casas editoriais brasileiras já lançaram suas versões de O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, desde que o livro caiu em domínio público. Além da Agir, que detinha os direitos de publicação do livro no Brasil, Autêntica, Geração, LP&M, Edipro e Zahar já tinham colocado nas livrarias brasileiras novas versões do clássico infantil. Agora é a vez da Companhia das Letras. A nova edição (176 pp, R$ 34,90), que sai pelo selo Companhia das Letrinhas, tem tradução de Mônica Cristina Corrêa, capa verde idealizada por Yara Kono e traz, no final, uma minibiografia do autor e um posfácio recheado de fotos inéditas e informações sobre o autor. O livro chega às livrarias junto com a estreia do filme nos cinemas. A direção da animação é de Mark Osborne e tem no seu elenco de dubladores Jeff Bridges, James Franco e Benicio del Toro.

Fãs das séries Harry Potter, Jogos Vorazes, Divergente, Legend e Eragon já podem preparar os bolsos. É que a Rocco coloca nas livrarias, a partir do próximo dia 1º, boxes especiais contendo todos os livros de cada uma dessas sagas. O do Harry Potter (R$ 249,50), por exemplo, reúne os sete livros que totalizam mais de três mil páginas e ganhou projeto gráfico de Kazu Kibuishi, em que as lombadas alinhadas formam o grandioso castelo de Hogwarts, ilustrações de abertura de capítulo por Mary GrandPré e miolo em papel pólen. Os boxes já estão disponíveis para pré-venda. Para saber preços e detalhes das outras sagas, clique no Leia Mais.

Na Amazon, os funcionários são estimulados a destruir as ideias dos colegas nas reuniões, a trabalhar até tarde e a obedecer padrões que a própria companhia gaba por serem “irracionalmente elevados”. Enquanto estuda grandes avanços tecnológicos para o ambiente de trabalho, a companhia realiza experimentos pouco divulgados para saber até onde pode pressionar os trabalhadores da área administrativa, e reformular as fronteiras do aceitável. Segundo alguns funcionários, Jeff Bezos rejeita o palavrório usado nas outras companhias e criou uma intricada máquina a ser usada pelos empregados para alcançar as metas cada vez mais ambiciosas. A Amazon declarou que não iria tolerar as “práticas chocantemente insensíveis” descritas pela reportagem do The New York Times. Jeff Bezos, enfatizou que não reconhece o local “distópico e sem alma” retratado no artigo. O executivo pediu que se empregados soubessem de casos como os da matéria deveriam entrar em contato com ele diretamente.

A FTD Educação foi mais uma vez a empresa escolhida para receber o Prêmio Top Educação, no ramo da literatura juvenil. O prêmio, promovido pela Editora Segmento em parceria com a Revista Educação, é resultado de uma pesquisa quantitativa de participação espontânea e aponta as marcas mais lembradas pelo público no segmento educacional. “O reconhecimento indica que os jovens leitores consideram nossas obras de literatura como sendo de alta qualidade autoral, editorial e gráfica”, comenta a Gerente Editorial de Projetos Especiais, Literatura e Paradidáticos da FTD Educação, Ceciliany Alves Feitosa.

A Know-how Editorial, prestadora de serviços editoriais e gráficos desde 1987, está contratando revisor de texto jr. e assistente de produção editorial. A empresa exige disponibilidade para início imediato para a região central de São Paulo e oferece contratação no regime CLT, com benefícios de vales alimentação, refeição e transporte. O salário é a combinar. Interessados devem encaminhar o currículo para o e-mail adm@knowhoweditorial.com.br. Já o Grupo Editorial Pensamento contrata supervisor de logística. O selecionado será responsável por todas as áreas de logística da empresa (recebimento, expedição, controle de estoque, frete, elaboração de relatórios, conferência de notas fiscais e supervisão de equipe). É desejável que o candidato tenha graduação na área de logística e facilidade na coordenação de equipes. Interessados podem encaminhar currículo para rh@grupopensamento.com.br.

O terceiro encontro da série Jabuti entre Autores e Leitores de 2015, idealizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), promove um bate-papo com o ilustrador Fernando Vilela. O ilustrador ganhou três vezes o Prêmio Jabuti. Com Lampião & Lancelote (Cosac), levou duas estatuetas em 2007, nas categorias Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil e Infantil, e com Simbá, o marujo (Cosac Naify) levou o segundo lugar na categoria Ilustração de Livro Infantil e Juvenil, em 2013. O evento, que acontece no próximo sábado (22), faz parte do Projeto Festa da Literatura Infantil, da Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915, Pinheiros, São Paulo/SP). Vilela fará ilustrações ao vivo e vai detalhar seu processo de criação das obras vencedoras do Jabuti. O encontro inicia às 16h.

As comemorações do segundo aniversário da Biblioteca Pública Mário Lobo (BPML), a primeira sucursal da Biblioteca Pública do Paraná localizada em Paranaguá, encerram hoje (19). O dia será dedicado a musica. A partir das 15h, o coral infantil da Secretaria Municipal de Educação Integral se apresenta. Às 18h, o cantor lírico Wanderlem Silva e a pianista Marília Cavalari realizam o recital Série amazônica: as lendas brasileiras. Na sequência, às 19h, os professores de música da Casa Brasílio Itiberê fazem uma performance.

A edição de agosto do jornal Cândido, da Biblioteca Pública do Paraná, traz um especial sobre a chamada Geração Mimeógrafo, movimento de poetas da década de 1970 que, ao publicar e distribuir artesanalmente seus livros, sacudiu a literatura brasileira. Esse grupo de autores, também conhecido como Geração Marginal, revelou nomes que se tornaram conhecidos em âmbito nacional, como Ana Cristina Cesar, Waly Salomão, Nicolas Behr, Francisco Alvim e Paulo Leminski. A reportagem do jornal entrevistou Chacal, um dos autores mais representativos da Geração Marginal, além de estudiosos do assunto. Os poetas Claufe Rodrigues e Antonio Thadeu Wojciechowski escreveram depoimentos sobre como foi vivenciar aqueles anos de poesia e liberdade. A publicação tem tiragem mensal de 10 mil exemplares e é distribuído gratuitamente. A versão online pode ser acessada clicando aqui.

Flink Sampa – Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra chega à terceira edição e recebe, nos dias 13 e 14 de novembro, no Memorial da América Latina, debates sobre a contribuição dos negros em diversos segmentos da cultura. No dia 15, o 13.º Troféu Raça Negra será concedido ao cantor, compositor e autor de 13 livros Martinho da Vila, em cerimônia na Sala São Paulo. O tema deste ano será Eu quero respirar e entre os escritores já confirmados estão os angolanos Pepetela e Lopito Feijo, a cubana Teresa Cárdenas e os brasileiros Manto Costa, Salgado Maranhão, José Jorge Siqueira, Paulo Pereira, Paulo Lins, Cristiane Sobral, Éle Semog, Emílio Júlio Braz, Nei Lopes e Conceição Evaristo. A curadoria é de Uelington Alves e de Guiomar de Grammont, e eles garantem que outros autores ainda serão confirmados.

No Dia Mundial da Fotografia, a SP-Arte/Foto abre suas portas para convidados nesta quarta-feira (19), no terceiro piso do Shopping JK Iguatemi (Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, 3º piso, V. Olímpia – São Paulo/SP), revelando em sua nona edição uma tendência do mercado editorial: a publicação de fotolivros, que fogem ao padrão gráfico tradicional e são concebidos como obras de arte, objetos autorais. São nada menos que 11 títulos de fotógrafos lançados na feira, entre eles Serra do Amolar, com imagens registradas por Sebastião Salgado por ocasião de seu projeto Gênesis, e A grande seca, de Ronald Ansbach. Com oito volumes em seu catálogo, a editora Madalena estreia na SP-Arte/Foto sua série Pequenos Formatos, livros com 16 páginas e lâminas soltas (para serem emolduradas), de tiragem limitada (200 exemplares). A SP Arte/Foto vai até o próximo domingo (23). De quinta a sexta, funciona das 15h às 21; no sábado, das 14h às 21h e, no domingo, das 14h às 20h. A entrada é franca.

Fazia dez anos que Kazuo Ishiguro, um dos principais escritores da atualidade, não publicava um romance, até surgir O gigante enterrado, lançado agora pela Companhia das Letras. O lançamento surpreendeu os leitores, pois o autor de best-sellers como Os resíduos do dia e Não me abandone jamais enveredava agora por uma arruinada Inglaterra medieval, onde a população desnorteada sofre com diversas ameaças, de invasão de ogros a uma misteriosa névoa que estimula o esquecimento. Engana-se quem acredita que Ishiguro, japonês de 60 anos e que, desde os 5, vive na Inglaterra, segue a mesma trilha de sucesso de produtos como Game of Thrones – seu universo de fantasia é o ponto de partida para Ishiguro discutir temas como morte e guerra. Mais que isso: mostrar como preservar a memória pode tanto trazer benefícios como malefícios a partir da história do casal de idosos Axl e Beatrice que, ao decidir partir em busca do filho, não se lembra de suas feições tampouco de seu paradeiro.

O craque Raí acaba de completar 50 anos de idade e no livro Raí auto_fotobio (Olhares, 160 pp., R$ 48) conta da infância, da família e da descoberta da vocação e início de carreira, aos 17 anos, no Botafogo de Ribeirão, com a responsabilidade de ser irmão do Dr. Sócrates, grande – e o mais controvertido – jogador da época. Em seguida, repassa a carreira e sua vida pessoal em paralelo, avaliando os privilégios e restrições que essa vida dupla oferece. E chega ao pós-carreira, em que também tem colecionado realizações, como a Fundação Gol de Letra, a ONG Atletas pelo Brasil e a empresa Raí+Velasco. Cada relato é acompanhado de um conjunto de imagens, somando cerca de 100 fotos e reportagens. O livro será lançado hoje (19) na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073, São Paulo/SP), às 18h30.

Na primeira metade do século XX, mulheres belas e sensuais arriscaram suas vidas em performances escandalosas Brasil afora. Praticavam jejum por semanas, e até meses, trancadas junto com cobras em caixas de vidro, deitadas sobre pregos, expostas à curiosidade popular. Isso em uma época em que bastava uma mulher optar por carreiras como as de atriz e cantora para enfrentar o preconceito e o moralismo. Vedetes e transgressoras, as faquiresas brasileiras têm agora suas histórias contadas no livro Cravo na carne - Fama e fome – O faquirismo feminino no Brasil (Veneta, 296 pp., R$ 49,90), assinado por Alberto Camarero e Alberto Oliveira, que será lançado hoje (19), na Livraria Zaccara (Rua Cardoso de Almeida, 1356, Perdizes, São Paulo/SP), a partir das 18h30. A pesquisa, que durou mais de três anos, teve como principal fonte de informações os jornais e revistas da época, que tratavam as faquiresas como verdadeiras celebridades.

Um século após sua aparição, ainda é difícil definir o cubismo com precisão. Afetando as artes e a literatura, o cubismo foi inicialmente um fenômeno parisiense, embora com muitos protagonistas internacionais, antes de se difundir por outros países. Na obra O cubismo – Uma revolução estética (Estação Liberdade; 256 pp; R$ 138 – Trad. Marcela Vieira e Julia Vidile), ilustrada por mais de duzentas reproduções coloridas, Serge Fauchereau propõe uma leitura abrangente, ao mesmo tempo que explora as variações originais injustamente negligenciadas ou desconhecidas do movimento. Desde 2014, a editora vem investindo em grandes obras ilustradas de história e história da arte. O cubismo — Uma revolução estética chega em edição de capa dura, com mais de duas centenas de ilustrações a cores, radiografando esse importante gênero das artes plásticas.

A arte do dramaturgo Dario Fo é conhecida como irreverente. O mestre da sátira política é mundialmente reconhecido pelo Prêmio Nobel de Literatura, em 1997. Mistero Buffo (SESI-SP; 120 pp.; R$ 34,90), escrito em 1969, é baseado nos evangelhos apócrifos e em contos medievais, na mais pura tradição da commedia dell’arte. No livro, o autor retrata a relação do homem com a religião e suas contradições. O título integra a Coleção Teatro Popular do SESI, que pretende registrar e levar ao público leitor os textos teatrais que fazem parte das ações nesse segmento da Divisão de Desenvolvimento Cultural do SESI-SP.

Ilusão especular - Uma teoria da fotografia (GGilli; 184 pp; R$ 49), assinado pelo professor do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Universidade de São Paulo e do Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP, Arlindo Machado, apresenta os diversos meandros da fotografia em sua tentativa de se manter como fiel representação da realidade. Segundo o autor, “a fotografia é um ‘texto’ como outro qualquer, que se constrói através de uma articulação simples ou sofisticada de seus elementos expressivos. Não há nem mais nem menos ‘manipulação’ numa foto do que num texto jornalístico, numa pesquisa de sociologia ou num tratado de filosofia. Isso não quer dizer que não exista uma ‘verdade’, um ‘fato’ do qual buscamos nos aproximar, seja fotografando, seja verbalizando".