A palavra fora do lugar
PublishNews, Redação, 08/06/2018
Ciclo de debates do Centro Cultural Banco do Brasil discute literatura contemporânea, em suas articulações com política, cultura e língua, no contexto de perseguições políticas, étnicas e religiosas

Nas últimas décadas, conflitos políticos, étnicos e religiosos têm afetado populações inteiras. Artistas são levados ao exílio por risco de vida e prisão, e a língua, instrumento de trabalho de escritores, é diretamente afetada pela nova condição. O ciclo A palavra fora do lugar: escritores refugiados e em risco, patrocinado pelo Banco do Brasil, discutirá nas próximas semanas, temas como: efeito do bilinguismo na escrita de autores levados ao afastamento compulsório do país natal; confronto, no processo criativo, entre territórios físicos, culturais e linguísticos; conexão com a condição humana, em sua solidão, entre outros temas. O projeto reúne um leque representativo de escritores refugiados da Ásia, África, Europa e América Latina. Do exterior participam: Atiq Rahimi, afegão radicado na França; Terézia Mora, húngara radicada na Alemanha; e Feliz Kaputu, congolês (RDC) que inaugurou a adesão do Brasil (e da América Latina) à ICORN (International Citizens of Refugee Network). Do Brasil, falam Julián Fuks e Carola Saavedra (foto ao lado), que migram para o Brasil na infância, devido à ditadura em seus países natais. Os professores Marcos Gleizer e Claudio de Oliveira, do Grupo de Pesquisa Psicanálise, Discurso e Laço Social discutem, da perspectiva da filosofia, o desemparo e a força de indivíduos diante de situações extremas. Os eventos acontecem no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Primeiro de Março, 66 – Rio de Janeiro / RJ). Para conferir a programação completa clique aqui.

[08/06/2018 06:00:00]