Dois mil e dezoito começou bem para o varejo de livros, segundo apontou o primeiro Painel das Vendas de Livros no Brasil em 2018. O relatório, realizado pela Nielsen em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), aponta que o faturamento com a venda de livros cresceu 14,05% na comparação com igual período de 2017. Em volume, o crescimento foi de 4,19%. Em números absolutos, quer dizer que nas quatro primeiras semanas de 2018, as livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento venderam 4.073.868 exemplares o que redundou em faturamento de R$ 216.151.601,33.

Isso é, obviamente, reflexo do período de volta às aulas que normalmente aquece o mercado, mas não é só isso, como explica Ismael Borges, gestor do Bookscan, a ferramenta da Nielsen que monitora o mercado livreiro no país: “no início do ano é sempre importante lembrar do efeito da campanha de volta às aulas, mas é notável que começamos 2018 com uma base de crescimento melhor do que a verificada no ano anterior”. Segundo ele, isso é resultado também da melhoria no cenário macroeconômico.

O relatório mostra ainda que o período foi marcado pela combinação de produtos com preços médios mais altos (aumento de 9,47%) e menos “promocionados”. Isso resultou em uma queda do desconto médio em 2,8 pontos percentuais.

Nunca é demais lembrar que, entre 2016 e 2017, o Painel apontou crescimento de 6,15% no faturamento apurado com a venda de livros. Desde que começou a ser divulgado, em 2015, essa foi a primeira vez que o varejo de livros cresceu acima da inflação. É importante apontar também que, nesta quarta-feira (21), a Boa Vista SPC divulgou índice de crescimento do comércio em janeiro de 2018. Pela metodologia deles, em janeiro, o comércio, no geral (não especificamente o de livros), apresentou crescimento de 9,7% na comparação com janeiro do ano passado.

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