A morte e a vida do pai da computação
PublishNews, Redação, 10/01/2018
Em romance lançado pela Companhia das Letras, o detetive Leonard Corell investiga a morte de Turing e se intriga com os documentos secretos do matemático inglês

Em junho de 1954, Alan Turing, o brilhante matemático inglês considerado pai da computação moderna, foi encontrado morto em sua casa, na cidade de Wilmslow. A arma do crime: uma maçã envenenada. O detective Leonard Corell assume o caso e logo descobre que Turing foi condenado por ser homossexual, numa época em que isso era proibido. Apesar de estar convicto de se tratar de um suicídio, ele fica intrigado com os documentos secretos dos registros de guerra de Turing — um dos principais responsáveis por decifrar o código secreto dos alemães, algo decisivo para a vitória dos Aliados. Além disso, a sexualidade de Turing parece ter causado tumulto entre os serviços de inteligência, e é levantada a possibilidade de ele ter sido chantageado por espiões soviéticos. Em A morte e a vida de Alan Turing (Companhia das Letras, 408 pp, R$54,90 – Trad.: Rogério W. Galindo), David Lagercrantz recria a atmosfera paranoica e febril da Guerra Fria, em que gênios livres não eram tolerados. À medida que a curiosidade inocente do detetive Corell o leva a lugares mais sombrios, ele percebe que tem muito a aprender sobre os perigos do conhecimento proibido.

[10/01/2018 09:45:00]