As memórias de Piglia
PublishNews, Redação, 05/01/2018
A partir de centenas de diários preenchidos ao longo da vida, o escritor argentino reconstrói seus anos de juventude

Em 1957, o adolescente Ricardo Emilio Renzi Piglia, morador de uma cidade nas cercanias de Buenos Aires, começou a escrever um diário. A princípio não parecia haver muita coisa para contar. Pequenas anedotas de família, a descoberta do amor, o cotidiano tedioso da Argentina do seu tempo, as primeiras grandes amizades, o entusiasmo pelos livros. Nos dez anos cobertos pelo volume, tempo decisivo entre o ingresso na universidade e a publicação de seu primeiro livro, A invasão, Piglia abraçou o anarquismo, se viu às voltas com algumas namoradas (que o despedaçaram emocionalmente) e, sobretudo, fez da leitura um ato criativo e da escrita uma forma de leitura mais potente. Estes diários foram reunidos na obra Anos de formação (Todavia, 384 pp, R$ 74,90 – Trad.: Sergio Molina), cuja capa é assinada por Emilio Renzi, alter ego que Ricardo Piglia elegeu em diversos livros para dar voz às suas obsessões. É a história de um artista quando jovem tentando encontrar o seu lugar no mundo, entre erros e acertos.

Tags: ficção, Todavia
[05/01/2018 07:00:00]