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Arno Wheling toma posse na Academia Brasileira de Letras

Historiador carioca ocupa a cadeira número 37 da ABL
Posse do historiador Arno Welling na ABL; na foto, Ana Maria Machado, Arno Welling, Domício Proença Filho e Alberto Venancio Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo
Posse do historiador Arno Welling na ABL; na foto, Ana Maria Machado, Arno Welling, Domício Proença Filho e Alberto Venancio Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo

RIO - O historiador carioca Arno Wehling tomou posse, na noite desta sexta-feira, na cadeira número 37 da Academia Brasileira de Letras (ABL), vaga desde a morte do poeta Ferreira Gullar. No seu discurso de posse, Wehling seguiu a tradição de saudar os seus antecessores na cadeira, desde o fundador Silva Ramos, que escolheu como patrono o poeta Tomás Antônio Gonzaga, até Gullar, passando por Alcântara Machado, Getúlio Vargas, Assis Chateaubriand, João Cabral de Melo Neto e Ivan Junqueira.

Após a fala do mais novo imortal, o acadêmico, diplomata e africanista Alberto da Costa e Silva fez o discurso de recepção, em que repassou em detalhes a trajetória do colega. Costa e Silva destacou os trabalhos de Wehling sobre Teoria da História — como "Os níveis da objetividade histórica" e "A invenção da história: estudos sobre o historicismo" —, assunto do qual o historiador foi professor titular na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O africanista comentou ainda os trabalhos de Wehling sobre o historiador do século XIX Varnhagen e a história colonial brasileira. Costa e Silva ressaltou ainda a atuação de Wheling à frente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) desde 1996 e exaltou sua chegada à ABL.

— Não falta a muito de seus textos o bondoso e calmo sorriso com que acompanha o que ouve e diz. Por isso, ao trazê-lo para o nosso convívio, ganhamos, além de um grande historiador e homem de pensamento, alguém que nos transmite o gosto de ser feliz — discursou Costa e Silva.