Seis meses depois, UFRJ constata que sofreu maior roubo de livros do Brasil
PublishNews, Redação, 02/05/2017
Ao todo, foram furtadas 303 obras, entre elas 27 obras raras que valem de R$ 380 mil a R$ 500 mil

Há seis meses, a Biblioteca Pedro Calmon, antiga Biblioteca Central da Universidade do Rio de Janeiro, foi furtada, e somente agora saiu o resultado do levantamento sobre o que sumiu das prateleiras. Para surpresa geral, constatou-se que o espaço sofreu o maior furto de livros raros já registrado no país. Não há um valor exato correspondente ao que foi levado, mas para se ter uma ideia, somente os 27 livros considerados os mais raros valem entre R$ 380 mil e R$ 500 mil. Ao todo, desapareceram 303 obras, entre elas os 16 volumes da primeira edição dos Sermões de padre Antônio Vieira (1610), que entraram para a lista de livros obrigatórios do vestibular 2019 da Unicamp e vários outros livros da coleção Brasiliana do acervo, composta por livros de viajantes europeus que registraram flora, fauna e costumes do País dos séculos 17 ao 19. O principal alvo, no entanto, foram obras com gravuras, que costumam ser cortadas a navalha e vendidas separadas. A suspeita é que o roubo tenha acontecido aos poucos, durante os meses de reforma do prédio no ano passado. A Biblioteca, por sua vez, irá instalar novas câmeras e fará ainda um novo pente-fino para ver se mais obras sumiram.

[02/05/2017 09:06:00]