Outubro encerra com queda de 14,10% nas vendas de livrarias
PublishNews, Leonardo Neto, 03/11/2016
Período interrompe sequência de recuperação apresentada nos últimos dois meses

O Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e a Nielsen acabam de divulgar os resultados do décimo Painel das Vendas de Livros no Brasil de 2016, referente ao período de 12 de setembro a 9 de outubro. O resultado preocupa. Em volume, houve uma queda de 14,10% ou 3.143.265 exemplares vendidos em 2015 versus 2.700.057, em 2016. A queda nas vendas impactou também o faturamento apurado por livrarias e supermercados nas vendas de livros. Se no décimo período de 2015, o faturamento alcançou R$ 110.036.872,09, em 2016, bateu R$ 101.530.205,64, queda nominal (desconsiderando a inflação no período que foi de 8,47%) de 7,73%.

No acumulado do ano, 2016 apresenta uma queda nominal de 4,92% no faturamento em comparação às 40 primeiras semanas de 2015. Caiu de R$1.222.311.638,25, no ano passado, para R$1.162.224.150,39, nesse ano. Em volume, a queda é ainda mais alarmante. Se em 2015, nas 40 primeiras semanas do ano, foram vendidos 32.738.474 exemplares; em 2016, foram vendidos 28.300.930, queda de 13,55%. Para tentar recompor a queda no volume de vendas, o preço médio do livro ficou 7,42% mais caro, índice de reajuste abaixo da inflação, é importante que se note.

O décimo período interrompe também uma sequência de recuperação em relação aos períodos anteriores. Do sétimo para o oitavo período, por exemplo, houve um crescimento de 9,89% no faturamento e de 1,59% no volume. Do oitavo para o nono, o faturamento manteve-se estável, com discreta queda de 0,03%, e em volume, houve um crescimento de 1,61%. Com relação ao nono período, o décimo apresentou queda de 10,59% no faturamento e de 6,94% no volume.

O gênero Não Ficção Trade foi o que teve maior queda na sua participação no faturamento total do varejo de livros. Seu índice de importância caiu 18,32% em comparação ao mesmo período do ano passado. O segmento de Ficção teve queda de 2,36%. Já os segmentos de Infantil, Juvenil e Educacional (8,12%) e o de Não Ficção Especialista (14,73%) apresentaram crescimento.

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[03/11/2016 10:42:00]