No próximo dia 24, às 9h30, o SNEL (Rua da Ajuda, 35 – Centro – Rio de Janeiro / RJ) será palco de um evento que vai analisar a série histórica (2006 – 2016) da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, encomendada pelo SNEL e pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) à Fipe. Os dados coletados nesses dez anos serão deflacionados pelo IPCA e trazidos a valores de 2015 para que assim, a professora Leda Paulani e a economista Mariana Bueno – responsáveis pela pesquisa – façam uma análise da evolução e do desempenho real do mercado livreiro do Brasil nos últimos dez anos, a partir dos índices levantados pela instituição desde 2006.
Durante a Bienal de São Paulo (26/08 a 04/09), a apresentação da série histórica será repetida, no dia 28, às 10h30, no Espaço Ignácio de Loyola Brandão.
Para Marcos Pereira, presidente do SNEL, a importância dessa consolidação está na possibilidade da atualização dos valores pela moeda do último ano: "trazemos os valores nominais das pesquisas anteriores ao preço de 2015. Assim, podemos analisar o comportamento do mercado de forma real".
Os assinantes do PublishNews podem se preparar para o evento, relendo as Sete microanálises da Pesquisa Fipe feitas por Carlo Carrenho na ocasião da divulgação dos dados, em junho passado.
Analisando a série histórica, o fundador e CEO do PublishNews aponta que entre 2006 e 2013, o faturamento dos editores se apresentava basicamente estagnado, com algum crescimento entre 2010 e 2013. A situação, desde então, é de queda. "Em 2014, uma queda causada apenas pelas menores vendas governamentais, enquanto que em 2015 tanto o setor privado como o estatal contribuíram para o cenário negativo do setor editorial", conclui.
Carrenho relaciona ainda o desempenho do mercado de livros com a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), como se vê na imagem acima. "Em termos consolidados, na década entre 2006 e 2015, o PIB brasileiro cresceu 30,67%. Enquanto isso, o faturamento dos editores de livros no Brasil caiu 6,75%. É para se preocupar e a situação exige que o mercado reconheça sua estagnação de longo prazo tanto quanto sua queda de curto prazo, passando a buscar soluções que sem dúvida passam por aumento da produtividade e melhoria da eficiência", recomenda.
