Impressão por demanda no Brasil: um novo capítulo
PublishNews, Leonardo Neto, 16/01/2015
BookPartners fecha com Ingram e deve instalar gráfica de impressão por demanda ainda em 2015 no País

Os serviços de impressão por demanda no Brasil nunca chegaram a alçar grandes voos. Com a saída recente da Singular, esse lugar ficou completamente vazio. Mas há uma luz no fim do túnel. A BookPartners acaba de fechar um protocolo de intenções com a Ingram e promete para o primeiro semestre de 2015 uma planta industrial como funciona nos EUA. “Ano passado, nós da BookPartners, deixamos de faturar cerca de R$ 6 milhões com pedidos de livros que estavam esgotados. Com esse serviço, poderemos evitar perdas como essas”, comentou Eduardo Cunha, diretor comercial do grupo.

A planta será instalada em Alphaville, na Grande São Paulo e a BookPartners evita falar em investimentos por enquanto. Não é de hoje que a Ingram está de olho no Brasil. Em 2010, o diretor de Vendas Internacionais da companhia desembarcava no Brasil em busca de parceiros que pudessem concretizar o projeto de uma gráfica de impressão por demanda no País. O resultado foi uma parceria com a Singular, firmada em 2011 e findada agora, no final de 2014, com o fechamento da gráfica. Eduardo, no entanto, observa que há uma diferença fundamental entre a experiência com a Singular e a parceria com a BookPartners. “Não somos um grupo editorial. Nosso forte é a distribuição, temos canais abertos tanto com editoras quanto com varejistas”, argumenta.

Quando a gráfica de impressão por demanda estiver instalada, o pedido de um consumidor brasileiro feito em uma das livrarias parceiras da BookPartners percorrerá o seguinte caminho: o sistema fará uma busca nos estoques da varejista, da BookPartners e no da editora. Caso o livro esteja indisponível, o sistema entenderá que o livro está esgotado e enviará automaticamente um pedido à gráfica de impressão por demanda. Feita a impressão, o livro entra na cadeia novamente até chegar às mãos do consumidor. Outra vantagem importante para o consumidor brasileiro é que terá acesso a livros em inglês, que serão impressos no Brasil, evitando a importação do produto. E editores brasileiros poderão imprimir livros em português em plantas semelhantes instaladas nos EUA, Reino Unido, França e Austrália.

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[16/01/2015 01:00:00]