Sei que já escrevi sobre isso, mas, como minha perspectiva vive mudando, acho que posso voltar ao mesmo tema sem ser infernalmente repetitiva. Já falei indisciplinadamente de dois modelos de gerenciar projetos: a maneira ágil e a tradicional. Ok, quando falei da tradicional usei apenas a visão do Project Management Institute (PMI), que é a que mais conheço, mas na verdade a metodologia a ser usada importa pouco quando ela não evolui.

Aí, surge um novo tema em gerenciamento de projetos: a maturidade desse gerenciamento. Se por acaso quiser apenas saber qual o grau de maturidade de sua empresa ou de seu departamento em tocar seus projetos, uma dica é o site www.maturityresearch.com, de Russell Archibald e Darci Prado. Lá você pode utilizar o questionário on-line, verificar o nível de maturidade e comparar com a média nacional ou com a de setores econômicos específicos.

Mas isso não terá grande utilidade, já que a única forma de evoluir é, como em praticamente tudo na vida, avaliando profunda e honestamente sua situação atual e traçando um plano para onde você quer chegar. O site é muito rico, tem estudos acadêmicos sobre o tema, pesquisas atualizadas, mas o livro Maturidade em Gerenciamento de Projetos, do Prado (Editora INDG), é mais completo e te ajuda a montar um quadro detalhado da situação atual e dos planos de curto e longo prazos para aumentar gradativamente a maturidade.

Para quem não quer ler o livro todo sem saber um pouco melhor do que ele trata, aconselho começar pela revista Mundo Project Management deste mês, que traz um artigo do Prado intitulado “Por que é importante evoluir em gerenciamento de projetos?”, que não só resume como também atualiza um pouco o livro. Mas, saiba, o livro é apenas R$ 10 mais caro que a revista e, editorialmente, os dois têm MUITO a amadurecer...

Nesse artigo é reforçada a ideia de que quanto maior for a maturidade, maior será o índice de sucesso (sucesso é uma coisa difícil de medir, mas aqui vou resumir como “aproximação do planejado ao realizado” e satisfação do cliente). O que incomoda é saber que, ao analisar a eficiência do gerenciamento de projetos de software nos EUA desde 1994, o Standish Group avalia que o percentual de sucesso ainda é muito baixo: 35%.

Considerando cada livro um projeto, qual seria o índice de sucesso (ao menos em relação à “santíssima trindade” – prazo, custo e qualidade – e à satisfação do cliente) de sua editora do primeiro planejamento até o lançamento?