A atividade de um editor é bastante variada e ainda hoje imensa parte do que se realiza é aprendido na prática. Até encontramos cursos de notório saber para que profissionais da área narrem o que ocorre no dia a dia, mas isso é algo muito recente.

Em minha experiência como editor, muitas vezes tive de realizar tarefas sem mesmo saber como elas deveriam ser programadas e como poderiam funcionar na prática e sei que há bastante curiosidade sobre o assunto porque editar livros é sim algo fascinante.

Exemplos? Como é o trabalho de um ghost writer? Como se contrata e como é realizado? O que funciona? É melhor iniciar o trabalho baseado num texto do autor e completar com entrevistas? O que se deve evitar? Como agir numa negociação de um contrato? Qual é a medida da participação do ghost e do autor? Como mediar essa relação para que se tenha o que se deseja e evitar conflitos? Enfim, apenas sobre este tema há um sem número de questões mais do que pus aqui, e eu venho recolhendo exemplos úteis no cinema que podem ajudar quem gostaria de conhecer um pouco mais a área, os filmes ou, como foi o meu caso, ter com “quem” dividir isolamento - um dos estigmas dos editores de livros.

Na coluna “Veja antes de ler”, comentarei quinzenalmente um filme que escolhi apenas por mostrar algum detalhe da vida editorial, independente de ser um grande filme ou objeto de arte. Mas é verdade que sempre gosto de algumas coisas neles.

Farei os comentários dentro dos filmes que assisti, e claro, será ótimo receber indicações de filmes que tratam do tema. Se conseguir assistir em tempo, comentarei, mas certamente irei ampliar minha cinematografia editorial. Para começar, amanhã, escreverei sobre “Os últimos dias da disco” ( The last days of disco)” e a contratação de um original ainda na proposta e suas reviravoltas.