Em primeiro lugar, vou juntar competências técnicas e contextuais em uma só e tratarei delas na próxima coluna. Por hoje vamos ficar apenas na competência comportamental.

Tudo que leio sobre gerenciamento faz questão de apresentar pelo menos duas grandes áreas de competências em que os gerentes devem buscar desenvolver-se: técnica e comportamental. Essa parte comportamental normalmente é vista como “pessoal”, no sentido de que só interessaria ao indivíduo. Mas quem trabalha em equipes sabe que NÃO é assim. Com o tempo, um problema individual pode se transformar em um problema para o grupo e, consequentemente, para a empresa. Não me faltam exemplos disso e tenho certeza de que também não faltam a vocês... Há características “individuais” ruins que podem fazer um ambiente de trabalho se transformar em um inferno para muitos, e quando chamo de “inferno” penso principalmente em “foco de doenças relacionadas ao estresse” (exemplos aqui e aqui.

Essa é uma conversa antiga, mas não custa colocar um link para aprofundar um pouco mais a relação entre os problemas “individuais” e as doenças de uma equipe. Vejam, por exemplo, o artigo Gerenciando emoções nas organizações, de Hamilton Chelegon.

Na minha doce ideia de trabalho (ou de mundo), sinceramente, todos deveriam fazer algum tratamento psicológico (ainda que esporádico) e ter ao menos uma consulta ao ano com um psiquiatra. Mas quem chefia uma equipe acho que tem obrigação de fazer análise e buscar mais de um curso anual de gestão de pessoas. É o mínimo para alguém que tem poder sobre a vida de outros seres humanos por pelo menos 1/3 das horas de vida deles. É responsabilidade demais. E não é nada incomum vermos pessoas receberem uma equipe para gerenciar apenas porque era a única promoção viável, e assim vamos acompanhando chefes e mais chefes fazendo mal a seus funcionários (que muitas vezes fazem os mesmo com seus funcionários no futuro) simplesmente porque as empresas “não sabem” como promover bons técnicos, mesmo que estes não tenham qualquer capacidade gerencial.

Como competências técnicas, vou misturar tanto as de gerência (que é um campo de estudo à parte) como as do negócio (no caso, produção de livros), mesmo porque acho que seria interessante misturar pessoas de departamentos diferentes dentro de um mesmo espaço físico. Dessa forma, na próxima coluna vamos falar um pouquinho de cada um desses:

• Custos

• Tempo

• Recursos

• Contratos

• Escopo

• Qualidade

• Comunicações

• Riscos

• Integração

• Biblioteconomia

• Direitos autorais

• Assessoria de imprensa

• RH

• Marketing

• Marketing direto

• Comercial

• Contas a pagar

• T.I.

• Núcleo de revisores (técnicos ou não) e tradutores

• Design

• Produção gráfica

Até lá!