Sempre imaginei conhecer o Pelé, ainda mais por morar em Santos e estar acostumado a cumprimentar todo o tipo de gente bem de perto, na praia ou nas ruas. Mas com o Pelé nunca esbarrei. Até o dia em que surgiu uma oportunidade, a de se fazer um livro sobre ele. Com a ajuda da equipe que o assessora pude propor uma idéia editorial que foi muito bem aceita, o Pelé 70. O que mais me impressionou ao conhecer o Sr. Edson foi a estranha sensação de que não era ele, e sim uma cópia bem parecida daquela que me acostumei a ver e ouvir por meios eletrônicos. Sua voz é mais grave e... não sei, era ele mesmo?
Outro dia assisti a um comercial em que Pelé (aí era ela mesmo) proseava com um amigo lá no São Cristóvão, na Vila Madalena. O São Cristóvão é um botequim temático, para os amantes da bola e do chope, nem sempre nessa ordem. Até aí tudo bem.
Quem assistiu viu um rapaz dar de cara com o Pelé e correr para comprar uma camisa da seleção num vizinho e a ação segue até o Edson virar a última figurinha do álbum do pai do rapaz, resolvendo uma coleção que estava incompleta há décadas: ele pede para o Pelé posar com a camisa recém comprada. Bem, isso a gente viu, o que eu não sabia é que o pessoal que filmou o comercial aproveitou um intervalo das filmagens para correr até a Livraria da Vila, que fica bem pertinho do bar, para comprar livros sobre o Pelé, que foram devidamente autografados. A vida imita a arte publicitária.
Ps. Vai um agradecimento ao Dedé Laurentino, que foi a faísca deste causo.