É mais ou menos assim – deveria ser MAIS do que menos. O profissional que percorre o mercado editorial captando autor, mapeia o editor, considera o distribuidor, é também um observador do livreiro e conversador tal qual um leitor. Sempre conectado a todos os movimentos de procura de livros nas áreas que atua: seja ficção, seja ensaio etc. Conhece quem cria o quê e quem compra que tipo de livro. Sabe de projetos em gestação até de linhas editoriais futuras nos quatros cantos das salas editoriais.
Sua ação não pára no instante de fechar acordo entre editor e escritor – a desejada publicação do livro – prossegue pelo conhecimento das leis nacionais e internacionais de direitos autorais, isto é, onde começa o espaço do criador e termina o ato de produção da editora, formalizando o contrato.
E vai mais longe, quando tanto autor e editor recorrem aos recursos do agente literário como um parceiro que multiplica seus esforços criativos e empresariais para harmonizar o livro/autor certo na editora certa – a fórmula infalível de felicidade no trabalho de edição de livros. De comprador, vendedor e administrador do que será “livro de vitrine” de livrarias, o agente literário circula – cuidadosamente – respeitando a ética que lhe cabe praticar.
Mas faz tudo isto como? Ai já são outras histórias que virão.
Marisa Moura é agente literária e proprietária da Página da Cultura. Escreve quinzenalmente, às terças-feiras, no PublishNews.
