'Podemos projetar que os números permanecerão positivos até o final do ano', diz presidente do SNEL
PublishNews, Leonardo Neto, 04/10/2017
Nas 36 primeiras semanas de 2017, o crescimento no faturamento com a venda de livros em livrarias e supermercados brasileiros foi de 6,65% em comparação ao mesmo período de 2016

Os panetones conquistam, a cada semana, mais e mais espaço nas prateleiras dos supermercados. É sinal de que o fim do ano já está aí. Com um olho no réveillon e outro no dia das crianças, o cara que trabalha no varejo – seja de qual produto for – já está se perguntando: e o ano que já está indo para os seus meses finais valeu? Quem trabalha com livros ganhou, há quase três anos, um termômetro que ajuda a responder essa pergunta. É que desde de abril de 2015, a Nielsen realiza, em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores (SNEL), o Painel das Vendas de Livros no Brasil, relatório mensal que mede a evolução das vendas de livros em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento Brasil afora.

Na nona edição de 2017, o Painel trouxe um alento para o varejista de livros que atua no País. É que, na avaliação do instituto de pesquisa, há boas expectativas para o fechamento do ano. Pelo menos quando se compara os números de 2017 com os de 2016, que, como se sabe, foram bem ruins para a economia do livro.

Importante ressaltar que desde fevereiro, o Painel aponta números positivos, nas comparações com as cifras apuradas em iguais períodos de 2016. Sendo que de junho para cá, há crescimento real, acima da inflação.

No nono período, que corresponde ao intervalo de 14 de agosto a 10 de setembro, o varejo de livros apresentou crescimento de 10,73% no seu faturamento. Esse índice é bem acima da inflação acumulada nos 12 meses que, segundo o IPCA, foi de 2,56%. Em números absolutos, o faturamento com vendas de livros somou R$ 125.734.447,32, em 2017, ante os R$ 113.554.145,98 apurados em 2016. Em volume, o salto foi de 2.901.475 exemplares vendidos em 2016 para 3.331.185, em 2017. Crescimento de 14,81%.

Para Marcos da Veiga Pereira, varejo de livros fecha 2017 no azul | Mariana Vianna
Para Marcos da Veiga Pereira, varejo de livros fecha 2017 no azul | Mariana Vianna

Importante ressaltar que no nono período estão os dias da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. “Certamente os lançamentos importantes que ganharam visibilidade durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro influenciaram o bom desempenho deste período. Com este resultado, somado às perspectivas de crescimento da economia brasileira, podemos projetar que os números permanecerão positivos até o final do ano”, declarou Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL.

Outro ponto importante de se notar no nono período foi o aumento do desconto médio em 6 pontos percentuais. “A análise dos números sugere que o mercado continua atuando com estratégias agressivas de promoções. Percebemos claramente que as vendas em volume se descolaram do faturamento, o que é confirmado pelo menor preço médio de vendas no período e o aumento do desconto”, analisa Ismael Borges, gestor de Nielsen Bookscan Brasil.

Nas 36 primeiras semanas de 2017, o varejo de livros já apurou R$ 1.174.409.872,00. Essa cifra é 6,65% maior do que o apurado em igual período de 2016. Em volume, o crescimento acumulado no ano é de 6,25%, ou 28.349.323 exemplares vendidos ante os 26.280.512 vendidos no ano passado.

Clique aqui para baixar a íntegra do Painel.

[04/10/2017 11:05:00]